Agora falando da música, posso afirmar que oDESTRUCTION fez um dos melhores shows em terra brasilis. Parece pouco, mas os alemães já estiveram seis vezes em turnê por aqui, o que dá ao concerto do último sábado o status de memorável. Segundo informações que obtive pouco antes da abertura do Carioca Clube, o vocalista/baixista Schmier esteve meio irritado durante a passagem de som e não foi diferente durante algumas músicas já no show: o homem não se entendeu direito com o um dos microfones e atirou o pedestal longe por duas vezes. Em contrapartida, o guitarrista Mike Sifringer era só sorriso e riffs. Muitos riffs! Nem preciso comentar, mas o que este músico faz com as seis cordas faz corar de inveja muito marmanjo de nariz empinado, tipo bem comum na cena, diga-se.
Um show que começa com “Curse The Gods” não pode dar errado, pode? Mesmo após 25 anos, este clássico ainda soa contemporâneo e necessário. Os primeiros versos “Allah, Buddha, Jesus Christ/ Whatever Your God May Be...” são de arrepiar! Quase me esqueci de fotografar tamanho o impacto. Como se não bastasse a sequencia foi com a não menos essencial “Mad Butcher”, do clássico EP Setence of Death (1984) e regravada em outro EP (autointitulado) três anos após. As novas “Armaggedonizer” e “Hate Is My Fuel”, ambas do aclamado álbum Day of Reckoning (2011) só confirmaram o sucesso que a bolachinha tem feito no país. Inclusive esta última foi super bem recebida desde que começou a circular pelos programas de rádio especializados no início do ano.
“Devolution”, do disco de mesmo nome lançado em 2008, manteve o público nas mãos, bem como a poderosíssima trinca “Days of Confusion”, “Thrash Till Death” e “Nailed To The Cross”, que nos levaram direto ao absurdamente veloz e pesado The Antichrist (2001). “Metal Discharge” soou bem melhor que a versão de estúdio editada em 2003 (nota do redator: o álbum foi bastante criticado pela produção que, segundo os fãs, pareceu um tanto descuidada). A deixa foi perfeita para o solo de bateria do recém-chegado Vaaver, polonês que segura as baquetas doDESTRUCTION desde o ano passado. Vale lembrar ainda que, de acordo o próprio Schmier, um dos finalistas para tal posto foi do brasileiro Marcelo Moreira (Almah e Burning In Hell). Sem pausa, viajamos no tempo direto ao indefectível Infernal Overkill (1985) com “Tormentor” e “Invincible Force”. O impacto causado não pode ser descrito em palavras, quem esteve lá sabe do que estou falando e podem compartilhar suas impressões no fórum logo abaixo. “The Butcher Strikes Back” encerrou o set regular da noite e provocou os berros dos fãs chamando pelo nome da banda assim que puseram os pés fora do palco.
Antes do DESTRUCTION, o pessoal do Red Front aqueceu de forma bastante convincente com seu Thrash Core. A banda foi a vencedora da etapa paulista do Metal Battle, concurso promovido pela revista Roadie Crew no intuito de selecionar um nome do cenário metálico brasileiro para nos representar na eliminatória, que acontece sempre durante o famoso festival alemão Wacken Open Air. Apesar de não concordar com alguns pontos de vista dos caras nos inflamados discursos durante sua apresentação, é inegável o talento do quinteto.
Set-list do Destruction:
1. Curse the Gods
2. Mad Butcher
3. Armaggedonizer
4. Hate Is My Fuel
5. Eternal Ban
6. Life Without Sense
7. Devolution
8. Days of Confusion
9. Thrash Till Death
10. Nailed to the Cross
11. Metal Discharge
12. Drum Solo
13. Tormentor
14. Invincible Force
15. The Butcher Strikes Back
2. Mad Butcher
3. Armaggedonizer
4. Hate Is My Fuel
5. Eternal Ban
6. Life Without Sense
7. Devolution
8. Days of Confusion
9. Thrash Till Death
10. Nailed to the Cross
11. Metal Discharge
12. Drum Solo
13. Tormentor
14. Invincible Force
15. The Butcher Strikes Back
Encore
16. Total Desaster
17. Bestial Invasion
16. Total Desaster
17. Bestial Invasion
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