O Týr desembarca pela primeira vez no Brasil nesse mês de Julho, para realizar três shows pelo país, na divulgação de seu novo álbum “The Lay Of Thrym”. A banda passará por Belo Horizonte (29/07 - Music Hall BHZ), São Paulo (30/07 - Estúdio M) e Curitiba (31/07 - Music Hall).
O Metal Revolution conversou com o vocalista e guitarrista Heri Joensen, que falou sobre a vinda da banda ao país, o novo álbum e mais algumas curiosidades.
O Týr é formado por Heri Joensen (vocal/guitarra). Terji Skibenæs (guitarra), Gunnar H. Thomsen (baixo) e Kári Streymoy (bateria). E é atualmente um dos principais nomes do Folk/Viking Metal Mundial.
Metal Revolution - Mesmo sabendo que no início vocês não tinham a intenção de se tornarem uma banda atualmente classificada como Folk/Metal, como você acha que isso se deu?
Heri Joensen - Unimos música escandinava tradicional com metal, e isso é provavelmente uma ótima idéia para nos chamarem de Folk Metal. Quando nós começamos, não estávamos cientes dessas subdivisões do metal tais como Viking ou Folk, e não sabíamos que seriamos colocados na mesma caixa como bandas que nós musicalmente não tínhamos nada em comum.
MR - O nome Týr por ser um nome vindo da mitologia nórdica, será que o mesmo não contribuiu para que a banda fosse ligada ao viking/folk/metal? Como foi essa escolha?
HJ - Sim, definitivamente. Não estávamos cientes da cena Viking Metal quando escolhemos o nome da nossa banda, mas imediatamente nos ligaram a outras bandas que eram chamadas bandas Viking Metal, mesmo se não soávamos como elas.
MR - Vocês já participaram de grandes festivais, em especial um que considero bem inovador o 70,000 Tons of Metal, junto com outras bandas dos mais variados estilos de metal num cruzeiro. Como foi a experiência de tocar em alto mar? E ainda falando em turnês, qual a expectativa de vocês para a turnê brasileira já que está é a primeira vez que vocês vêm ao país?
HJ - É difícil saber o que esperar, mas nós certamente esperamos ver muitas pessoas nos shows. Temos ouvido que o povo brasileiro é muito entusiasmado, e isso é bom quando estamos tocando. Nenhum de nós nunca esteve na América do Sul antes, então não sabemos como é lá.
MR - Você acredita que a mudança de gravadora da Tutl das Ilhas Faroe para Napalm foi essencial, não para torná-los mundialmente conhecidos, o que vocês já eram, mas para fazer com que alcançassem um público ainda mais distante até mesmo aqui na América do Sul de forma mais eficaz?
HJ - Sim. A Napalm tem muito mais promoção do que a Tutl, e é uma organização maior, então isso certamente ajudou nosso desenvolvimento e o aumento da popularidade.
MR - O último álbum do Týr de estúdio é “The Lay Of Thrym”. Como tem sido a receptividade do mesmo por parte da crítica e dos fãs?
HJ - Muito boa. Na verdade, a melhor de longe. Eu tenho ouvido mais pessoas do nunca, elas dizem que não gostavam do Týr antes de ouvir esse álbum.
MR - Conte-nos um pouco como foi à composição e produção de “The Lay Of Thrym”.
HJ - Nós escrevemos as músicas à distância. Vivemos muito longe e ensaios freqüentes não são possíveis. Escrevemos a música principalmente no GuitarPro e enviamos os arquivos entre nós. Eu também gravo algumas demos baseadas nisso.
MR - Quem normalmente é o responsável pelas artes de capa do Týr e em relacionar a temática do álbum com a ilustração?
HJ - Para esse álbum o húngaro Guyla Havancsák na Hjules Design and Illustration fez a arte da capa. Ele também fez a arte para o nosso último álbum. Para o álbum Lande Ingo Römling da Alemanha fez a arte, e o Finnish Jan Yrlund da Darkgrove fez a arte para todos os nossos lançamentos na Napalm antes disso.
MR - Além do Týr vocês mantêm alguns projetos paralelos. Como fazem para conciliá-los com a banda? Como se dá o projeto de composição para os mesmos? Vocês compõem para cada um em específico ou de acordo como ficam as músicas vocês as destinam para onde mais a mesma se enquadra?
HJ - Não é difícil conciliar dois projetos. Há tempo de sobra para escrever e outras coisas. Quando tenho uma idéia, eu normalmente sei imediatamente se isso é Týr ou Heljareyga. É muito diferente a forma de compor. Mas o trabalho é feito da mesma forma. A longa distância e com GuitarPro.
MR - A mitologia nórdica vem sendo utilizada como tema central pelas bandas de Folk Metal, que se utilizam não só de letras escritas em inglês como em idiomas nórdicos. Você acredita que a utilização não somente do inglês nas letras é algo que contribui para o reforço dessa temática?
HJ - Quando nós tocamos músicas tradicionais isso é apenas natural usar a linguagem como elas são originalmente em norueguês, dinamarquês, das Ilhas Faroé e islandês, e acho que isso dá algo a mais para o clima da música. Mas isso não é feito para trazer mais um tema mitológico. Isso é feito porque é a linguagem original das tradições e assuntos.
MR - O Metal Revolution agradece pela entrevista. E eu gostaria que vocês deixassem um recado para os fãs brasileiros.
HJ - Por favor, venham aos nossos shows e comprem nossos cds. Vejo vocês em breve e vamos nos divertir :-)
Entrevista realizada por Juliana Lorencini para o Portal Metal Revolution. Confira imagens no link abaixo.