Mike Oldfield - Tubular Bells (1973)
Origem: Inglaterra
Produtor: Mike Oldfield
Formação Principal no Disco: Mike Oldfield
Estilo: Progressive rock
Relacionados: The Whole World/Soft Machine/Kevin Ayers
Destaque: Tubular Bells
Melhor Posição na Billboard: 10o
Multi-instrumentista e expediiconário musical, Mike Oldfield já dava mostras de sua genialidade quando de sua colaboração breve porém significativa com o ex-Soft Machine Kavin Ayers, tanto no conjunto ' imaginário ' The whole world quando nos discos solo de Ayers, como Whatevershebringswesing, cuja faixa (uma baladona a la Leonard Cohen) que dá título ao disco traz, além do baixo de Mike, um solo de guitarra memorável, também de sua inspiração. Foi nessa época, no começo dos 70, que Oldfield começou a esboçar o que seria o seu primeiro álbum que nasceu antológico, Tubular Bells. Mike chegou a gravar uma esquete do seu projeto — uma suíte instrumental em duas partes. Contudo, sempre que ele tentava vender a idéia para algum selo, todos lhe batiam a porta na cara, alegando que "aquilo" era impossível de ser registrado. Foi quando um produtor da nascente Virgin Records, Richard Branson, topou o desafio. Com o auxílio de dois engenheiros de som, Oldfield assim pôde dar asas à imaginação. O peculiar é, graças ao approach da dupla, ele resolveu dispensar qualquer uso de músicos de estúdio e gravar tudo sozinho: guitarra clássica e elétrica, Hammond, farfisa, celesta, piano, mandolim, tímpanos, violino, vocais e, é claro, sinos. Ainda que fruto de uma época, Tubular Bells teria tudo para ser anti-comercial, mas o elepê, suas seções diversas que preenchem respectivamente cada um dos lados do disco, virou coqueluche e chegou ao topo das paradas britânicas, em agosto de 1973 — principalmente por conta de uma verao reduzida da primeira parte, que saiu em compacto simples. Complexo e multifacetado, Tubular Bells é um carossel de melodias, harmonias, sessões rítimicas que se sucedem em forma rapsódica, amalgamando estilos diversos e instrumentos idem cujo final é um crescendo onde vários instrumentos desenvolvem, cada um ao seu tempo um tema comum, mais ou menos como no Bolero, de Maurice Ravel. A última suíte, que certamente influenciou o movimemtno new age, começa com uma linha de baixo e um tema pastoral em guitara clássica que se liga a um trecho fantástico nos sintetizadores, marcado pelo tímpano, lembrando a sinfonia em Lá Maior, de Beethoven, que se interliga a um pop grotesco, onde Mike fica latindo e uivando, até desaguar num tema pinkfloydianamente onírico, um plangente concerto entre órgão e guitarras, a a viagem muda de sentido tudo terminando de forma divertidíssima e surpreenddente na música do Popeye (cantiga do marinheiro). A idéia ligeiramente remete às suítes barrocas do Bach, que terminam sempre com um tema pitoresco e alegre. Tubular Bells foi relançado em edição de luxo no começo de 2009.foi utilizado por William Friedkin para trilha sonora do filme "O Exorcista", também de 1973, baseado em livro homônimo de William Peter Blatty.
O álbum é composto por duas faixas, com instrumentos que vão desde o piano de cauda até sinos tubulares (daí o título), todos tocados pelo próprio Oldfield e posteriormente mixados.
Faixas
* Lado A: "Tubular Bells" (part 1) - 25:29
* Lado B: "Tubular Bells" (part 2) - 23:20