Estamos na última semana de gravação do CONTOS DE ÁGUA E FOGO.
Até sexta devemos terminar as mixagens e gravação de algum detalhe ou ideia mirabolante. Vão ser 13 músicas. Temos uma ideia de capa e da primeira e última canção para colocar em ordem.
O processo todo transcorreu com muita tranqüilidade - ao contrário do que eu previa aqui mesmo. Não que os nervos estivessem alterados ou em pré-ebulição. Apenas existe um estresse inerente ao estado de espírito do grupo. Claro que algumas arestas tiveram que ser aparadas e o trem teve que parar em alguma estação para socorrer o maquinista… Não sei bem o que isso significa…hehehe
O nosso norte foi o consenso. Todo mundo opinava e a democracia vencia. Ainda bem que não existia o quociente eleitoral no processo. Algumas músicas chegaram prontas e envolveram pouco trabalho de “reinvenção”. Outra chegaram prontas e nos exigiram muito trabalho de desconstrução. Sempre tem alguma música que entra aos 45 minutos do segundo tempo. Nesse disco foi quase isso. Era pra ser só voz&violão, daí banda meteu a mão e ficou tudo mais bonito. Isso dá uma alegria imensa. Até letras “prontíssimas” acabaram deixando versos pelo caminho.
O Duca Leindecker - dono do estúdio Submarino Amarelo, onde gravamos - deu um toque de calor na canção “Água e Fogo”. Cantou muito!
O Fábio Cascadura fez uns vocais g-e-n-i-a-i-s na canção “Pequena” (que ele foi compositor&parceiro). Mandou lá da Bahia direto. Santa internet, Batman!
O Socio (Federico Lima) veio direto de Montevidéu para produzir, cantar e abençoar o trabalho. Foi um dos grandes momentos do disco - a passagem meteórica do cara. Deixou uma marca personalíssima no disco. Aliás, a contribuição de muitos foi a principal característica do trabalho. Muita gente de bom coração envolvida e emanando “good vibrations”!
Acho que no encarte do disco devemos falar sobre todas essas pessoas. A ideia é que seja muito mais do que apenas uma ficha técnica do disco. Que seja um testemunho de quem atravessou 24 anos para chegar nesse que é o nosso melhor disco.
Só é pior que o próximo! Alôha!".