8 de outubro de 2011

War is Not Over - Mortage

O trabalho foi lançado pela Kill Again Records (www.killagainrec.com), que só tem acertado a mão em seus investimentos. E muito legal constatar que não é só o death metal brasileiro, por exemplo, que está bem representado. Pois esse pessoal, oriundo de Campinas/SP, prova que o país tem uma força impressionante também no thrash metal.

Obey - No Sense

O negócio aqui, cuja duração mal passa dos 15 minutos, é realmente um trabalho típico do gênero, mas bem feito, coisa de quem já é veterano no underground.
As músicas não trazem nenhuma novidade, e nem precisa, já que a proposta da banda é ser a mais infernal possível. Para quem não sabe, nessa gravação, a banda conta, além de Paulo (bateria), Morto (guitarra) e Angelo (baixo), com os vocais poderosos de Marly, uma mulher que consegue fazer Angela Gossow (Arch Enemy) ficar sem graça diante de seus berreiros.

Apocaliptic Terror - Corpse Grinder

Com mais de duas décadas de estrada, o mais impressionante é notar o verdadeiro amor que a banda tem pelo underground. Sim, o grupo é um dos mais fiéis ao death metal de que tenho conhecimento, e “Apocaliptic Terror” reforça isso de maneira definitiva.

Dead Again - Suicidal Angels

E no final de 2010, e de gravadora nova, a banda retorna com outro grande registro, este excelente “Dead Again”, que tem tudo para fincar de vez o nome da banda dentre as grandes promessas do thrash metal mundial.

Process of Elimination - Leng Tch’e

A Leng Tch’e faz uma ótima mistura de estilosmusicais bem violentos: temos lá thrash, hardcore, crust e death metal basicamente, o que deu ao trabalho não exatamente originalidade, mas um destaque em relação a bandas underground em geral.

Age of Hell - Chimaira

Contudo, a banda sempre manteve o alto nível em seus lançamentos, inclusive tendo na sua discografia o magistral “Resurrection”, de 2007. E como é constante nacarreira da banda, mais uma vez diversas mudanças ocorreram em sua formação: saíram o baterista Andols Herrick, o baixista Jim Lamarca e o tecladista Chris Spicuzza, criando grandes dificuldades e atrasos no processo de criação deste seu novo disco, “The Age of Hell”, fruto do trabalho de composição dos integrantes remanescentes, Mark Hunter (voz) e Rob Arnold (guitarras), juntamente com o produtor Bem Schigel (que também tocou bateria no álbum), além do guitarrista Matt Drevies.

Only Safe Place - Abattoir

Apesar da boa recepção da estreia, ocorreram algumas mudanças na sonoridade de “The Only Safe Place”. Contando então com o versátil vocalista Mike Towers (Heretic), o Abattoir preparou um registro mais diversificado, explorando arranjos com mais cuidado e optando por uma produção relativamente polida no Westlake Áudio de Los Angeles. O resultado foi um disco bastante pesado, porém com melodias que foram interpretadas como ‘apelo comercial’ – ô exagero! – e gerou repercussões mistas que duram até hoje.

Hornsup Attack Vol. 2 - Various Artists

Todas as bandas são muito legais, e possuem estilos diversificados, sendo que predomina a vertente mais extrema do metal. Além disso, em alguns casos, o profissionalismo e a qualidade das gravações saltam aos olhos, parecendo que estamos ouvindo bandas já velhas de estrada.

Live Dead - Grateful Dead

Ao vivo a banda era eletrizante. Contando com um repertorio muito limitado, o grupo estendia as músicas em longuíssimas improvisações psicodélicas, sempre comandadas pela guitarra de seu genial líder Jerry Garcia que parecia nutrida de um fluxo criativo incessante e inesgotável. Reza a lenda que em certos shows a orgia sonora promovida pelo Grateful Dead era tamanha que se levava mais de uma hora para decidir qual a próxima música a ser tocada. Por conta de seus lendários concertos o grupo arrebatava uma legião de fãs fidelíssima pelos locais onde se apresentava (na realidade, uns hippies doidões de pedra vidrados em maconha e LSD que atendiam pelo nome de Deadheads).

Acoustic, But Plugged In! - Hangar

É verdade que em alguns casos algumas musicas são realmente “assassinadas” nas versões acústicas, mas este não é o que acontece aqui, muito pelo contrário: tudo foi muito bem idealizado, programado e executado, sendo que a beleza das composições e a criatividade (e, porque não, sensibilidade) dos novos arranjos, são dignas de aplausos.

Unto The Locust - Machine Head

Mas em 2007 a banda lançou o excelente “The Blackening”, cuja excelência foi reconhecida por quase a totalidade dos fãs da música pesada, tamanha a qualidade daquele registro, com músicas pesadas e vigorosas, exalando agressividade e bom gosto musical. E desde então estamos esperando por um novo disco deles, e eis que esta espera termina agora, com o lançamento deste “Unto the Locust”. E para ser sincero, não esperava me surpreender novamente com um disco do MACHINE HEAD, mas estava enganado.

Originators Of The Nothern Darkness - A Tribute to Mayhem

Não querendo me alongar, melhor já partir para a ignorância. Abrindo o play, a melhor cover do trabalho – “From the Dark Past”, executada de maneira magistral pela grandiosa Immortal, e que ficou pau a pau com a versão original, podem acreditar.

Dystopia - Beneath the Massacre

Brutalidade, diversidade de riffs (muitos melódicos) e mudanças de ritmo repentinas com prevalência da alta velocidade trazem boas surpresas na audição do álbum.
O vocal, para dizer a verdade, não assusta tanto, mas convence. Falta uma variação, por exemplo, entre berros guturais, rasgados (não existem), e até mesmo dobrados.

Excrements of Torture - Antropofagia

A demo mal começa, e você já sente um clima de desespero e fúria invadindo o corpo. Impressionante! A primeira música é “Gonorréia”, seguida da faixa-título, “I’m Single” (com um começo meio estranho, cheio de batucadas) e a bônus “Matar ou Morrer”. Bom, pelos títulos, já sacaram que a coisa aqui é pesada, né? Humor negro até não poder mais.

Demo - Before Christ

O conjunto é formado pelo Holocausto (vocal), Abyssus (guitarra), Blasphemer (baixo – engraçado, acho que já conheço alguém com mesmo pseudônimo e mesma função numa tal de Mayhem) e Necrolord (bateria).
É um black metal cru, direto, sujo, feito com garra e honestidade. A sonoridade se aproxima de bandas européias do início dos anos 90, embora sem o mesmo brilho que marca o movimento daqueles países. Bem, mas levando em consideração que é uma banda bem nova, isso se releva.

Zero - Ashes

A Ashes expele um deathcore muito bem acabado, abusando da criatividade e das boas estruturas musicais. Tem um pouco de tudo lá, dentro do som extremo, evidentemente: bons riffs, mesclando coisas mais potentes com melodias, solos inspirados e bateria com momentos mais brutais (blast beats não tãããão velozes assim) e outros mais cadenciados. Tudo completo.

Road Warrior - Final Scream

O Final Scream não apresenta absolutamente nada de novo. Heavy Metal Tradicional é uma das vertentes que mais gera frutos por aí, mas são poucos os grupos que soltam uma primeira demo com a garra de “Road Warrior”. Com sutis pinceladas de Thrash e contando com um vocalista insano e muito competente, o pessoal trabalha suas composições de forma que cada instrumentista tenha o devido espaço para enriquecer as canções – o baixo na faixa-título arregaçou! – e obtém resultados que convencerão quaisquer headbanger.