Dez nomes que mudaram o rock
O primeiro grande compositor do rock criou riffs copiados até hoje (“Roll Over Beethoven”, “Maybellene”) Compôs rocks, blues e baladas, foi também o primeiro grande “fora-da-lei” do rock, tendo sido preso várias vezes quando adolescente (e outras várias vezes depois).
Lançaram, entre 1965 e 1967, três álbuns (Rubber Soul, Revolver e Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band) que elevaram o rock a um nível artístico nunca visto. Daí experimentaram de tudo: música indiana, fitas rodadas de trás para a frente, sons de pássaros, LSD... E o rock nunca mais foi o mesmo.
O primeiro grande letrista do rock. Cantor folk, chocou a platéia ao subir no palco numa banda de rock, em 1965. Muitos previam um fracasso quando lançou “Like a Rolling Stone”: a música tinha seis minutos de duração, o tripo da média das canções do rádio. Foi seu primeiro grande sucesso.
Mesmo surdo de um ouvido e abalado para sempre por causa dos socos que levava do pai, o líder dos Beach Boys compôs alguns dos momentos mais sublimes da música pop. Queria superar o Beatles, que considerava os únicos capazes de rivalizar com seu talento.
Era o contraponto mal comportado à simpatia dos Beatles. Foram os primeiros a subir no palco com as roupas que usavam no dia-a-dia, sem os “uniformes” usados pelas bandas (um choque na época). Resgataram o blues de Muddy Walters e Willie Dixon e exploraram a psicodelia e a música soul.
O mais influente produtor musical dos EUA nos anos 60. Aos 18 anos já tinha uma música no Top 10. Revolucionou as gravações com sua técnica de gravar vários instrumentos numa mesma faixa, para criar uma sonoridade densa e poderosa.
Revolucionou a guitarra e tornou-se o músico mais influente e inovador de sua geração. Seu estilo único unia o blues, a distorção e microfonia. Quão bom ele era? Eric Clapton responde: “Uma vez, Jimi subiu no palco e tocou Killing Floor, de Howlin’Wolf, que nunca consegui tocar direito. Todo mundo ficou de boca aberta”.
O “camaleão” do rock fez de tudo: foi menestrel hippie (anos 60), inventou o glam rock, influenciou o punk e a new have e embrenhou-se por sons eletrônicos (anos 70). Fez dance music e trilhas para o cinema (anos 80). Sua capacidade de se reinventar não tem paralelo no pop.
Em 1976, o rock vivia uma fase tediosa, com artistas milionários tocando em estádios. Em oposição a eles, grupos como Sex Pistols, Ramones e The Clash criaram o punk, uma música crua e direta. Estouraram na Inglaterra e provaram que não era preciso ser bonito e comportado para chegar ao topo das paradas.
Conseguiu, como ninguém, capturar em música o espírito da geração MTV, marcada pelo tédio e pela paralisia em face do domínio corporativo. O Nirvana foi um caso raro de banda alternativa que fez imenso sucesso comercial e abriu caminho para dezenas de outras.
Fonte: Revista Super Interessante (Outubro 2004).