A banda é caracterizada pelo uso de melodias simples e rápidas, canções com durações mínimas, em média pouco maiores que um minuto, e letras
irônicas e bem-humoradas, muitas vezes tratando da sexualidade de forma explícita e debochada (a começar pelo nome da banda, que, literalmente, significa "
círculo de punheteiros", expressão dada à competição de
masturbaçãoentre garotos).
Hardcore selvagem pelas ruas
Em 1979, o vocalista Keith Morris forma o Circle Jerks, após sua saída do Black Flag, motivada segundo ele "por não aguentar mais ouvir ordens". Completavam a formação Greg Hetson na guitarra, Roger Rogerson no baixo e Lucky Lehrer na bateria.
O primeiro álbum, Group Sex (sexo grupal), lançado em 1980, contém a extraordinária proporção de 14 músicas em apenas 16 minutos. O disco aborda temas como sexo,política e assuntos ligados à adolescência, sendo lançado pela gravadora Frontier Records.
No mesmo ano, a banda participou do imortal documentário
The Decline of Western Civilization, de
Penelope Spheeris, com cinco músicas do primeiro álbum tocadas ao vivo ("Red Tape", "Back Against The Wall", "I Just Want Some Skank", "Beverly Hills" e "Wasted").
Em 1981, a banda assinou um contrato com IRS Records, subsidiado pela Faulty Products, lançando o segundo álbum da banda, Wild in the Streets. A Faulty Recods encerrou as operações com as bandas meses depois do lançamento do álbum, o que forçou o Circle Jerks a lançar o próximo álbum anos depois. Eles perderam as gravações do álbum, então eles fizeram um remix de multi-track em fitas junto com o álbum Group Sex, lançando em CD em 1988.
já com John Ingram (baterista substituto de Lucky Leher), assinaram um contrato com o produtor e gerente da Far Out Productions, Jerry Goldstein, e lançaram o terceiro álbum em 1983,
Golden Shower Of Hits, sendo lançado na Goldstein's LAX. O álbum possui alguns covers de artistas como
The Association,
The Carpenters, e
Tammy Wynette, que compõe a história de duas pessoas que se apaixonam, têm uma gravidez não programada, se casam e acabam se divorciando. Outra música,
"Coup D'Etat", fez parte da trilha sonora do filme de
Alex Cox,
Repo Man, onde há uma participação da banda fazendo um acústico da música
"When The Shit Hits The Fan".
Logo após o lançamento do filme "Repo Man", Lehrer e, pouco depois, Rogerson, saíram da banda. Foram substituídos por Earl Liberty (ex-Saccharine Trust) e Chuck Biscuits (ex-Black Flag e, mais tarde, Danzig), respectivamente. Essa formação permaneceu por cerca de 2 anos.
Em 1985, novas mudanças. Assumiram o baixista Zander Schloss (que fez uma participação no filme Repo Man) e o baterista Keith Clark. Também mudaram para a Relativity Records, criando o sublogo Combat Records, que se tornou um logo punk. Com essa formação, a banda gravou o álbum Wonderful, em 1985.
Já em 1987, foi gravado o álbum
VI, que inclui um cover do
Creedence Clearwater Revival (
"Fortunate Son") e a música
"Love Kills", que saiu no álbum da trilha sonora do filme
Sid and Nancy do diretor Alex Cox. Embora a música não esteja no filme, ela foi lançada no álbum da trilha sonora. O álbum
VI foi o único lançado no
Brasil, no formato LP pela gravadora Eldorado em 1988.
A banda terminou em 1990, mas sua última turnê foi gravada ao vivo no álbum
Gig, lançado em 1991. Hetson continuou na guitarra do
Bad Religion, banda paralela desde 1984; Schloss tocou guitarra em diversas bandas; Keith Clark inicialmente deu um tempo da vida musical, e Keith Morris teve alguns problemas de trabalho e de saúde, o que levou a manerar no álcool e nas drogas por um bom tempo.
Retorno
O Circle Jerks só voltou em 1995, do mesmo jeito que estavam no álbum Wonderful, assinando um contrado com a gravadora Mercury Records. Como não gostavam da nova era do Nirvana, a banda passou por algumas complicações. Hetson ainda tocava no Bad Religion, que tinha assinado um contrato com a Atlantic Records, enquanto Zander Schloss estava participando de uma parte de um contrato com Interscope.
A banda gravou o álbum
Oddities, Abnormalities and Curiosities que foi lançando no verão de 1995. Uma das músicas do álbum era um cover do
The Soft Boys, tocando a música
"I Wanna Destroy You" com backing vocal da cantora e compositora pop,
Deborah Gibson, que tinha recém gravado um álbum solo com o mesmo produtor do Circle Jerks. Ela também apareceu de surpresa em uma apresentação da banda no CBGB's em Nova York com a música "I Wanna Destroy You", despertando bastante atenção pelas suas performances. Pagaram para ela participar de uma turnê de 3 semanas. Logo após isso a banda separou-se novamente, voltando apenas mais tarde, porém sem Keith Clark, que deixou a banda e a música de vez. Em 1996, Roger Rogerson (baixista da primeira formação) morre vítima de overdose.
A banda deu um tempo em 2000, quando Morris descobriu que tinha diabetes. Fizeram a turnê The Core com Morris, Hetson e Schloss, junto com um novo baterista, Kevin Fitzgerald, que entrou na banda em 2000.
Em 2004, o Circle Jerks lançou um DVD ao vivo pela Kung-Fu Records, The Show Must Go Off!, onde tocam grande parte das músicas clássicas dos álbuns deles de estúdio, além do mais tocam covers de The Weirdos ("Solitary Confinement") e Black Flag ("Nervous Breakdown").
Anunciaram o lançamento de novo material, mas ainda não se sabe quando. Recentemente, participaram de um comercial de televisão para XM Satellite Radio. Foram a primeira banda a fazer isso, tocando a música
"Operation" do álbum
Group Sex. Em 2007, a companhia de skate
Vans, pôs em circulação o tênis Circle Jerks e, em 7 de março de 2009, a banda tocou no
Brasil.
Atualmente continuam tocando, Hetson ainda toca no Bad Religion, Schloss toca baixo em uma nova formação da banda de Los Angeles
The Weirdos, uma das pioneiras do hardcore dos anos 80. Morris é um diretor na V2 Records e Lucky Lehrer se tornou um advogado bem sucedido e ainda mora no sul da Califórnia.