26 de setembro de 2011

Juggernaut of Justice - Anvil

Mas a verdade é uma só: embora a banda tenha surgido com muito potencial, lançando grandes discos no começo da carreira, não consegui manter o nível, e acabou sendo esquecida pelo grande público, ao contrário de outras que surgiram na mesma época, como METALLICA e IRON MAIDEN. Não se trata, portanto, de uma injustiça por parte do público, mas sim por falta de regularidade nos lançamentos da banda.

Post Mortem - Black Tide

Três anos se passaram, e agora a banda chega a seu segundo lançamento, e logo de cara podemos perceber mudanças em sua sonoridade. Não que a banda tenha abandonado de vez as características supra mencionadas, mas fica evidente que procuraram modernizar um pouco mais seu som, trazendo diversos experimentalismos e elementos de metalcore para este novo trabalho, certamente influenciados pelo sucessofácil que o estilo conseguiu, principalmente nos EUA.

Ciclo da Traição - Social Chaos

O legal dessa banda é que eles fazem a coisa acontecer e dão tudo de si para registrarem sua ira em CD. E o sentimento não fica só no estúdio não. Já tive a oportunidade de assistir Borella com sua então citada ex-banda, e achei incrível o quanto o cara dá o sangue ao vivo. E o som do conjunto é extremamente raivoso, feito com raça e ódio, soando verdadeiramente caótico. Esse efeito aumenta devido à gravação suja e pesada do disco.

March of the Norse - Demonaz

Tanto é que o conjunto não segue a mesma linha da Immortal. É claro que algumas características em relação a esse grupo se fazem presentes, como a melodia e o peso nas medidas certas, mas no geral, a Demonaz executa algo mais puxado para o viking metal. Nesse ponto, aproximam-se mais da sonoridade do saudoso Bathory.

Pleasures of The Flesh - Exodus

Após o espetacular “Bounded by Blood”, a banda lançou esse “Pleasures of The Flesh”, que na época provocou certas dúvidas nosfãs devido à saída do vocalista Paul Baloff, que fora substituído por Steve “Zetro” Souza.
Mas um conjunto como a Exodus, com sua admirável qualidade, não deixou a peteca cair e caprichou nesse play. Thrash metal de primeira é o que se encontra no CD, da melhor fase do estilo, e do melhor berço do mundo, a Bay Area. E é bom reforçar que aqui que a preocupação em fazer sons mais elaborados é algo que domina o trabalho.

Pressure and Time - Rival Sons

Neste lançamento dos americanos podemos sentir não só a já citada referência à Led Zeppelin em seu som - principalmente nos vocais de Jay Buchanan -, um blues rock inspiradíssimo, mas também pitadas de country, soul, e claro, muito classic rock, com uma pegada bem sincera e emdeterminados momentos com um punch até meio punk rock em sua atitude.

With Bare Hands - MindFlow

O quinto full-length da banda mostra que os caras atingiram certa maturidade, tanto nas composições quanto na execução das faixas, mostrando grande qualidade em tudo que compõe o material.
Em primeiro lugar, mesmo contendo 14 faixas, o disco não soa cansativo em momento algum. Em segundo lugar a banda, mesmo possuindo técnica apuradíssima, não exagera nas firulas, tanto que a maior faixa tem pouco mais de seis minutos, ou seja, seria a menos longa de uma banda convencional de Prog Metal.

Worshiped by the Evil Legion - Malthrom

A produção visual é extremamente simples, com capa e contracapa trabalhados em preto, branco e cinza, o que já mostra a proposta da banda de forma extremamente explicita. Ao ouvir a produção sonora, é claro que a qualidade não é nenhuma maravilha, mas ao prestar a atenção ao trabalho da banda, fica claro que a qualidade apresentada é consensual com sua proposta, logo, é válido.

Fleshout - Fleshout

Assim como fica explícito pela sua arte de capa, “Fleshout” é um disco bastante modesto em sua concepção. A proposta pode ser encarada como um Heavy Metal de arranjos bem simples e cadenciados, mas a bandapasseia  por subgêneros como Hard Rock, Metal Tradicional e ainda faz uso de vocalizações que se aproximam do lado extremo da coisa, e toda essa junção de elementos acaba por ofuscar uma identidade realmente definitiva para sua música.

Shadows - Clown

E com certeza o pessoal sabe como elaborar uma imagem de capa que tenha impacto; esse palhaço aí já diz muito sobre sua música... Eficiente e sem frescuras, pode vir a ser uma tarefa difícil tentar rotular a proposta de “Shadows”, mas existe paixão em seu Rock´n´Roll pesadão e dá para traçar inúmeros paralelos a nomes consagrados como Alice In Chains, Pearl Jam e até mesmo o Black Label Society.

Sin - Agony Voices

E é sempre interessante observar até onde as influências sofridas pelas chamadas ‘bandas tributo’ transparecem nas músicas de sua própria autoria... Neste sentido, “The Sin” ainda mostra uma fortíssima e compreensível influência do mencionado Katatonia, mas também fica evidente todo o esforço em se explorar ao longo das sete faixas uma bem-vinda veia mais voltada ao Heavy Metal extremo, e os músicos não deixam nada a desejar.

Rock in Rio - Terceira Noite (Cidade do Rock, RJ, 26/09/11)

É engraçado que a terceira noite do Rock in Rio tenha começado com vaias. A banda que abriu o show foi a brasileira GLORIA, que faz um som com influências de heavy/new/thrash metal e letras em português e que acho deveras muito bom. Digo que acho engraçado ter começado com vaias, pois o Gloria é a única banda de uma geração de RESTARTS e REPLACES que toca músicas realmente pesadas e sem papas na língua, estando perfeitamente colocada no contexto dos shows do dia. Infelizmente havia um mar de fãs "truu", como se auto-denominam, que não têm respeito pelo que não gostam ou não entendem, o que em minha opinião é uma lástima. Sorte que o Gloria tocou algumas músicas do PANTERA, e assim evitou maiores problemas. Checkpoint.

Red Hot Chili Peppers (Arena Anhembi, São Paulo, 21/09/11)

A abertura da noite ficou por conta da banda inglesa FOALS. O quinteto da cidade de Oxford tocou durante 45 minutos e teve boa recepção do público. Entre as músicas apresentadas estavam "Blue Blood", "Cassius" e "Miami". Destaque para o bom baterista, Jack Bevan, que soube dosar o peso das baquetas aoestilo cadenciado e, em certos momentos, psicodélicos da banda.

MS Metal Fest (Manifesto, SP, 18/09/2011)

Por Durr Campos/ Fotos: Pierre Cortes
Com o Manifesto não muito cheio, por volta das 19h entra em cena o ACLLA, um dos mais aguardados. A banda executa um heavy metal moderno, mas com referência direta aos expoentes do estilo, em especial das décadas de 70 e 80. O quinteto, formado por Tato Deluca (vocais), Bruno Ladislau (baixo), Denison Fernandes (guitarra), Chrystian Dozza (guitarra) e Eloy Casagrande (bateria), lançou no final do ano passado seu debut Landscape Revolution, o qual vem rendendo diversos reviews positivos, inclusive no Whiplash!, onde levou nota 9 do nosso redator Ben Ami Scopinho. Leia suas impressões sobre a bolachinha no link abaixo:

Rock em Análise: período de "vacas magras" no rock baiano

Há quem ainda diga que, na chamada "Terra do Axé", não se faz rock 'n' roll. Sim, é fato que Salvador não é exatamente uma potência do rock nacional, mas qualquer pessoa com o mínimo de conhecimentomusical sabe que algumas das melhores bandas de rock nacional - Raul Seixas, Camisa de Vênus e, mais recentemente, Cascadura e Retrofoguetes - nasceram nesta singular cidade.

Metal: como o mito do True levou tantas bandas a serem fake

Antes de começar, gostaria de fazer uma breve introdução sobre o texto por vir. Não se trata de um texto que quer defender bandas "true", "metal verdadeiro", nem de qualquer coisa do tipo. Trata-se da minha visão do que está acontecendo na cena, do por que de ela estar enfraquecida, estagnada e em uma espiral descendente cada vez maior.

Festival: Rock In Rio? Agora no Rio. Mas Rock?

Eis que chegou 22 de setembro, e finalmente começou o Rock In Rio, ironicamente, voltando a ter uma edição no Rio de Janeiro depois de 10 anos e que por isso, causou empolgação assim que seus ingressos começaram a serem vendidos. Empolgação que naturalmente foi indo embora a medida que as atrações iam sendo anunciadas.