E ai, meu amigo leitor, você irá me perguntar: mas o disco é ruim? Não. Mas também não é um item que irá se destacar em sua coleção, variando entre momentos horíveis e outros no máximo bons.
O disco abre com a pesada “Ashes”, com riffs bem legais, e vocalizações mais melódicas, lembrando bastante TRIVIUM (numa mistura entre os álbuns “Shogun” e “In Waves”), mas sem o mesmo brilho desta banda. Mas o refrão é cheio de “ooooh” e gritos estranhos, com forte apelo comercial, e há até umas pequenas incursões de vocais guturais. Enfim, é um faixa bem mediana. A faixa conta ainda com a participação de Matt Tuck do BULLET FOR MY VALENTINE
Na sequência, temos “Bury Me”, que apesar de ter um refrão mais pop, é uma boa composição, com riffs e solos bem legais, e uma melodia cativante e repleta de vocais limpos e guturais alternados. Já “Let it Out” é uma das piores do disco, sendo uma semi balada que quer ser progressiva, mas que na verdade apenas apresenta melodias muito simples e “manjadas”, repleta de gritinhos terríveis, e um refrão infantil. A única parte que salva mesmo é o solo, que apesar de curto, é bem construído e executado.
“Honest Eyes” já é uma faixa mais empolgante, com coros legais, riffs pesados e repletos de harmônicos, vocais mais agressivos e um refrão bem legal e grudento. Sem dúvida, a que mais lembra o trabalho anterior dos caras. “That Fire”, apesar de moderninha, é bem legal, com guitarras eletrizantes, linha de vozes interessante, e uma cozinha bem trabalhada, com destaque para o baterista Steven Spence. “Fight Til the Bitter End” é outra música horrível, com um timbre de bateria muito ruim, e melodias muito comerciais, sendo a mais pop do disco. Péssima.
“Take it Easy” segue a linha do AVENGED SEVENFOLD, mas sem a mesma competência, com riffs e batidas na linha “pula-pula”, e que não merece mais audições. “Lost in the Sound", com uma letra bem positiva, também não engrena, e literalmente faz você se sentir meio “perdido no som”, apesar de ter alguns riffs e solos bem interessantes.
Em “Walk Dead Man”, a banda quer mostrar que ainda é agressiva e “malvada”, com riffs pesados e vocais bastante agressivos. Mas ai chega o refrão e lá voltamos nós para as melodias fáceis e até ingênuas, com forte apelo comercial. Ou seja, de que adiantou o todo o peso e a quebradeira nos versos?
Encerrando o disco, temos a balada acústica “Into the Sky”, que até seria legal se estivéssemos resenhando um álbum do Bon Jovi ou do Bryan Adams. No final há uma tentativa (fracassada, diga-se) de tornar a faixa épica.
A produção do disco é toda excelente, com o som bastante limpo e cristalino. Já a arte gráfica é bem simples, com uma capa bizarra e sem criatividade.
Não sei qual foi o objetivo da banda com este lançamento: se foi apenas adequar-se ao que tem feito sucesso no mercado americano e ganhar um pouco de grana, ou se será esta a tendência a ser por eles seguida (o que espero que não!).
Segue o clipe de “Walking Dead Man”:
Post-Mortem – Black Tide
(2011 – DGC/Interscope Records - Importado)
(2011 – DGC/Interscope Records - Importado)
Formação:
Gabriel "Weeman" Garcia - Vocals, Guitar
Austin Diaz - Guitar
Zachary "Zakk" Sandler - Bass
Steven Spence - Drums
Austin Diaz - Guitar
Zachary "Zakk" Sandler - Bass
Steven Spence - Drums
Track List:
1. Ashes
2. Bury Me
3. Let It Out
4. Honest Eyes
5. That Fire
6. Fight Til the Bitter End
7. Take It Easy
8. Lost in the Sound
9. Walking Dead Man
10. Into the Sky
2. Bury Me
3. Let It Out
4. Honest Eyes
5. That Fire
6. Fight Til the Bitter End
7. Take It Easy
8. Lost in the Sound
9. Walking Dead Man
10. Into the Sky
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