26 de setembro de 2011

MS Metal Fest (Manifesto, SP, 18/09/2011)



Por Durr Campos/ Fotos: Pierre Cortes
Com o Manifesto não muito cheio, por volta das 19h entra em cena o ACLLA, um dos mais aguardados. A banda executa um heavy metal moderno, mas com referência direta aos expoentes do estilo, em especial das décadas de 70 e 80. O quinteto, formado por Tato Deluca (vocais), Bruno Ladislau (baixo), Denison Fernandes (guitarra), Chrystian Dozza (guitarra) e Eloy Casagrande (bateria), lançou no final do ano passado seu debut Landscape Revolution, o qual vem rendendo diversos reviews positivos, inclusive no Whiplash!, onde levou nota 9 do nosso redator Ben Ami Scopinho. Leia suas impressões sobre a bolachinha no link abaixo:
Destaques para as vigorosas “The Totem” (que já ganhou um vídeo bem bacana), “The Hidden Dawn”, o cover “Bark at the Moon” (Ozzy Osbourne) “Living For a Dream”, minha predileta, e “Trace”. Impossível não mencionar a ótima voz do Tato e a técnica apurada do prodígio nos tambores Eloy, que também empresta seu talento à banda solo do Andre Matos.
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Não demorou muito e o AYGAN já iniciava sua apresentação. Gostei da forma despojada com que se portaram em cena, principalmente pelo vocalista/guitarrista Marcelo Lane, dono de um belo timbre, e o exímio baixista Bruno Vellutini. A banda já possui uma longa trajetória, incluindo abertura para o Dr. Sin, um show para a rádio Kiss Fm transmitido ao vivo e sucesso total no Jamlegend, jogo online na linha Guitar Hero e Rock Band. Para se ter uma ideia do impacto, as músicas da banda foram jogadas mais de 500.000 vezes por usuários do mundo todo, superando até mesmo o Stratovarius. A consequência disso? Elogios constantes de fãs da Europa, Japão e Austrália. Do seu álbum de estreia, Plastic City, lançado ano passado, levaram, dentre outras, “Bloody Meanings”, “From the Fire”, a cativante “Shadows” e um medley pra lá de interessante unindo “Shout” (Tears For Fears) e “One” (Metallica).
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O KAMALA já passou da fase de promessa e é hoje, sem sombra de dúvidas, um dos nomes mais fortes para representar o país. O quarteto de Campinas estava inspirado e sua performance transbordava energia, paixão e fúria! A experiência gerada pelos constantes shows é evidente, em especial quando observamos as atuações do Rafael Olmos (guitarra/vocal) e Andreas Dehn (guitarra). A dupla domina como poucos o palco e não há quem fique indiferente aos seus chamados. O peso absurdo das guitarras, somados ao groove dos tambores de Nicolas Andrade e a pegada do experiente André Rudge (Soulriver), que entrou recentemente no lugar do Ricardo Piccoli (Shadowside), me fizeram pensar sobre o porquê de um grupo desta qualidade não ser ainda tão grande quanto merece. Muito bem ensaiados, emendaram um set-list devastador com “Purify”, “The Fall”, “Determination”, “Genocide”e a ousada “Brainwash”, dentre outras canções, passeando por seus dois álbuns lançados até agora: Kamala (2007) e Fractal (2009). Nunca é demais lembrar que o pessoal encontra-se em estúdio finalizando o seu terceiro registro.
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Já passava das 22h – de um domingo – quando o BLÜE BARREL chegou detonando seu som calcado emPanteraBlack Label Society e pitadas de Lynyrd Skynyrd. O estilão de norte-americano sulista estava, inclusive, impresso no visual do vocalista Vitor M., que trajava camisa quadriculada, chapéu característico e barba bem cultivada. Anunciaram para breve o lançamento de seu disco de estreia, já batizado de The Oversize Load, do qual basearam todo seu repertório, que incluiu as fortes “Awake the Tempest”, “A Lethal Dose of Meaning” e “Mud”, todas misturando com maestria doses de stoner e southern metal. Pessoalmente gostei da pegada do Rafael “Bazza” em sua guitarra tocada com slide. Aliás, seus solos também são muito bem encaixados, o que mostra personalidade e conhecimento de causa, para ficarmos apenas nisso. O já citado Vitor M. possui uma presença marcante que nos remete a uma mistura entre Phil Anselmo (Down,Pantera, Superjoint Ritual, Necrophagia, etc.) e Rob Dukes (Exodus). Confesso que não os conhecia, mas depois do que vi estarei mais atento de agora em diante.
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Por fim, mas definitivamente não menos importante, o EXHORTATION. Eu os conheci recentemente, apesar de seus seis anos de estrada, e posso afirmar sem medo de errar que se trata de uma incrível banda de metal extremo. Eu os relaciono a nomes como Behemoth, Bloodbath, Hate, Nevermore e Nile, além da referência óbvia ao Arch Enemy, por conta da presença da notável vocalista Aline Lodi. Os urros emitidos por esta dileta pessoa contrasta diretamente ao seu jeito tímido e delicado quando está fora do palco. Mas em cena, meus amigos, ela transforma-se em um demônio! Foi até engraçado perceber o espanto do staff do Manifesto quando iniciaram seu set. Poucos permaneceram para prestigiar o quarteto, completado pelo excelente Renato de Lucca (guitarra), Rodrigo Dalla Piazza (baixo) e o trator humano – no melhor sentido da palavra - chamado Billy Dark Machine (bateria), mas quem ficou não se decepcionou. O debut saiu do forno há alguns dias sob o nome "The Essence of Apocalypse" e a resposta às novas composições não poderia ser melhor. Por conta do horário avançado se viram obrigados a cortar algumas músicas, mas hinos como “Final Theory”, “Famine”, “Degradation of Spirit” e a faixa-título mantiveram o público boquiaberto do início ao fim. Certamente irão colher ótimos frutos do imenso trabalho que vem desenvolvendo. Guardem este nome, senhoras e senhores!
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