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10 de maio de 2011
Red - King Crimson
“Red” é um experimento em forma de CD. Ele não tem músicas longas, como fizeram a maioria das bandas de rock progressivo dos anos 70, mas ele requer de quem ouve um conhecimento de jazz, além de um amor por improvisação. São apenas três músicos os responsáveis por seu conteúdo, mas eles fizeram um grande trabalho na edição dos sons de cada melodia.
O trio que compunha o King Crimson em 1974 - o guitarrista Robert Fripp, o baixista John Wetton e o baterista Bill Bruford - são as estrelas do material. Mas há convidados especiais que marcam sua presença com instrumentos de sopro, além de elementos da música erudita.
"Providence" é um jogo de improvisação, com o convidado David Cross tocando violino enquanto a guitarra cresce até dominar a música, acompanhado por uma bateria crescente, constante. Os instrumentistas não se importam com harmonia em seu encontro, disparando notas entre si.
De maneira rápida, mas complexa, o CD encerra com "Starless". A música é a mesma do álbum "Starless and Bible Black", lançado no mesmo ano, mas com uma improvisação diferente. Fripp como sua guitarra, em diferentes volumes de saturação, junto com o contrabaixo pesado de John Wetton. Ambos, com o teclado mellotron, criam várias camadas melódicas ao longo da música. Os solos são lentos, assim como o vocal, mas o encerramento não perde sua densidade, recebendo mais recheio do saxofonista Ian McDonald.
O som de Red lembra "Dark Side of the Moon", do Pink Floyd, por ter grande inspiração do jazz moderno e um tom sombrio nas composições. Kurt Cobain, do Nirvana, aponta esse CD como uma inspiração para composições que abusam de sobreposições. Para o trio Fripp, Wetton e Bruford, do King Crimson, o álbum significou uma ruptura com músicas acústicas de criações anteriores.
E o álbum é, certamente, o brilho da calma, da leveza e da obscuridade do guitarrista Robert Fripp, que atrai as atenções em cada uma das cinco faixas.
Ouça Starless e tire suas conclusões:
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CD's
Falling Into Infinity - Dream Theater
O único disco de estúdio do tecladista Derek Sherinian na banda de metal progressivo Dream Theater seria um trabalho, no mínimo, controverso dentro da história da banda. Não há grandes canções pesadas no CD “Falling Into Infinity”, lançado em 1997, mas sim uma banda que buscava um novo direcionamento, inovação e, acima de tudo, feeling nas músicas.
Teclados futuristas de Sherinian abrem o material com New Millenium que, acompanhado pela bateria constante de Mike Portnoy e com as entradas inspiradas da guitarra de John Petrucci, fala sobre a espera angustiante pelo novo milênio, a virada depois dos anos 2001. Era a música da época. Mesmo assim, o álbum teve uma recepção morna da crítica e do público, porque o Dream Theater não estava muito "pesado". Mas a banda estava melódica, progressiva, variada.
"Burning My Soul" entra para a cota de canções repletas de refrões pesados que todo o CD do Dream Theater possui, embora ela não perca o teor melódico diante da leveza do restante do material. "Hell´s Kitchen" é uma música instrumental que é curta que conquista o ouvinte apenas pelo seu feeling. Essa é a essência de "Falling Into Infinity".
"Lines In The Sand" já é uma composição mais complexa, com quebras de tempo e oscilações mais drásticas, mas mantendo a sensação agradável de todo o álbum. Fala sobre a criação de nossas crenças, usando a analogia do desenho das linhas na areia. Junto com "Burning" e "Hell's Kitchen", as canções formam uma unidade melódica interessante.
"Take Away My Pain" e "Just Let me Breath" são duas músicas diferentes que abordam a libertação do homem de suas angústias existenciais. Uma apela para a balada acalma, enquanto a segunda conduz um ritmo mais pesado, apontando o vazio como uma solução. Anna Lee encerra o ciclo dessas canções falando do sofrimento de uma mulher que é incompreensível para o narrador do CD, com cicatrizes incuráveis.
O material se encerra melancólico, melódico e com um pingo de esperança em "Trial of Tears". Dividida em três partes, a música narra uma chuva que se confunde com a depressão do próprio narrador, mostrando os paradoxos de nossos sofrimentos. Mostrando que pode chover até mesmo no paraíso. "Falling Into Infinity" vale ser ouvido porque é um álbum pouco valorizado, por ser "leve demais", e porque é profundo e atraente nos temas que aborda, de maneira imples.
Derek Sherinian participou do EP histórico "Change of Seasons" e do disco ao vivo "Once in a LIVEtime". Mesmo assim, nada se compara ao trabalho dele em "Falling Into Infinity".
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CD's
Rio Claro - Jarrah Thompson
Por Ben Ami Scopinho
O vocalista e guitarrista australiano Jarrah Thompson admitiu seu apreço pelo Brasil inúmeras vezes durante a primeira vez que tocou por aqui em 2010, enquanto divulgava o debut "Stargazer" (08). Isso, somado ao fato de um dos músicos que o acompanha ser brasileiro, influenciou para que toda a banda optasse por gravar seu próximo disco em nosso país, e que inclusive culminou em uma carinhosa homenagem à pacata cidade paulista que hospedou o pessoal: "Rio Claro", também a terra natal do baixista dreadlock Bruno Padoveze, personagem de grande importância para a concepção deste trabalho.
Curiosamente, alguns segmentos da imprensa já tiveram o disparate de comparar Jarrah Thompson ao Led Zeppelin... Oras, esse é um absurdo que não procede de maneira alguma e até pode vir a comprometer o bom entendimento dos leigos em relação à música deste australiano. Assim como seu antecessor, "Rio Claro" tem como núcleo um Rock´n´Roll repleto de Blues, mas com muita flexibilidade ao experimentar elementos de culturas e ritmos musicais diferentes, em especial pelo marcante e constante uso de flautas.
Contato:
Aquisição do disco: brunopadoveze2@gmail.com
Formação:
Jarrah Thompson - voz e guitarra
Asha Henfry - flauta
Bruno Padoveze - baixo
Chris Cameron - bateria
Bianca Aviaz - conga, djembe e percussão
Jarrah Thompson – Rio Claro
(2011 / independente - importado)
01. Let Go Of Who We Are
02. Going Home
03. Dream On The Way
04. Coz I Got You
05. Hold On
06. Old Friend
07. Don't Wake Me Up
08. Rain On My Parade
09. In The Mind
10. Dardy Blues
11. On My Own
12. Harlequin Girl
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CD's
Live in L.A. - Death and Raw - Death
Por Rafael Carnovale
É um pecado este DVD não ter sido lançado antes em nossas terras. Uma das últimas apresentações do Death, liderado pelo saudoso Chuck Schuldiner, antes do mesmo se retirar do cenário musical para batalhar contra um tumor no cérebro que acabaria por leva-lo deste mundo. Uma grande perda para o heavy metal. Prova cabal é o show registrado neste pacote, gravado em 2001 na “Whisky a Go Go”, conhecida casa de shows de Los Angeles (EUA).
Em grande forma, o Death executava 14 músicas, promovendo o mais recente CD “Symbolic”, lançado no mesmo ano. Uma “intro” aterrorizante abre espaço para pancadas como “The Philosopher”, “Spirit Crusher” (fantástica) e “Trapped in a Corner”.
Material Cedido Por:
Nuclear Blast Brasil/Laser Company
São Paulo (SP)
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DVD's
From Headbanger to Headbanger - Attack Force
Por Rafael Carnovale
O lance aqui é heavy metal e pronto. Sem muitas concessões ou aparatos para “pasteurizar” a música. É influência de Iron Maiden e fim de papo! Os paulistas do Attack Force editam este DEMO-EP com 9 músicas, e não fazem feio, já que o acabamento gráfico é muito bom e a produção idem.
“The Prophecy” começa de maneira épica e estoura nos alto-falantes com energia e peso, assim como a “speed” “King of Shadows”, fortemente influenciada pelo Maiden. Um vocal agressivo e “riffs” cortantes são o destaque, assim como o quase hino “Headbanger´Till Death” e a excelente faixa título (que remete a “Two Minutes to Midninght”.
Outros destaques vão para a cadenciada “March of Death” e para “Wasted Wings”, cujo solo inicial é Iron Maiden puro. Para ratificar a influência da donzela nada melhor que uma versão de “Murders in the Rue Morgue”, na qual o vocal agressivo de Rodrigo Grinder se encaixou muito bem, lembrando Paul Di Anno.
Contatos:
attackforce@hotmail.com
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Demo's
Morbid Angel: tentando ampliar definição de música extrema
”Temos sempre nos instigado baseado em tudo o que fizemos no passado. Acho que nos incitamos ainda mais desta vez. Foi uma experiência muito interessante. Não estava acostumado a trabalhar com Tim (Yeung, bateria) ou Thor (‘Destructhor’ Anders Myrhen, guitarra). Mas foi realmente um trabalho em grupo. Todos contribuíram bastante. Acho que a sonoridade deste álbum é única, e gostaria de pensar que é algo que temos sempre feito. A o desafio para nós é que estamos desafiando nosso público também.”
”Inicialmente nós estávamos trabalhando com ele, mas chegou num ponto em que ele sentia tanta dor (após uma extensa cirurgia nas costas para reparação de uma hérnia de disco), que ele não conseguia mais tocar. Ele tirou uns dias para descansar e não estava tendo nenhuma melhora. E foi quando ele disse ‘Vou ter que ir fazer uma cirurgia. Vocês vão ter que achar alguém pra gravar.’ E encontramos.”
”Felizmente ele continua a seguir as recomendações de seu médico, e a fazer os procedimentos e as coisas que eles dizer para ele fazer e para não fazer. Esperamos que ele melhore e tenho certeza de que ele espera por isso também.”
Sobre o novo baterista do Morbid Angel, Tim Yeung (HATE ETERNAL, DIVINE HERESY, DECREPIT BIRTH, NILE, VITAL REMAINS):
”Gosto muito do Tim. É um cara ótimo; um baterista fantástico. Gosto dele como pessoa também. Isso ajuda.”
Sobre o trabalho de arte de "Illud Divinum Insanus", que foi criado por Gustavo Sazes:
”Curti bastante as cores. Esse trabalho de arte literalmente mostra como o álbum soa para mim. Todo mundo que o vê diz que é muito louco. O legal é que estávamos trocando e-mail sobre o tema, e quando Trey (Azagthoth, guitarra) bateu o olho, a primeira coisa que ele disse foi : ‘Curti demais. Temos que ter essa arte.’ Nós não tínhamos coversado sobre isso. Concordamos essencialmente sobre isso sem saber. É interessante. É religioso, mas vai além da religião. Tivemos que dar pequenas sugestões, mas senti que a cor e a atmosfera do que pretendíamos ficou realmente excelente.”
Sobre o primeiro single do novo álbum, “Nevermore”, que também contém uma versão de “Destructos vc. Earth/Attack”, remixado pelo expoente da aggrotech, Combichrist:
”Para mim, não soa como a versão do álbum – porque soaria? A banda que fez o remix, eles são ícones em seu estilo. Obviamente que eles não são do estilo Metal, mas acho que ficou bem legal. Honestamente, estávamos tentando ampliar os horizontes da música extrema, e nossos meios de fazê-lo. Estamos explorando ao mesmo tempo; sempre estivemos. Esse é apenas mais um passo.”
Sobre tentar expandir as fronteiras da música extrema:
”Estou tentando ampliar a definição. Quando dizemos ‘death metal’, esse um termo que eu tenho usado… Todos nós gostamos de rotular as coisas, todos nós diríamos que esse estilo de música é death metal, black metal, progressive metal, thrash… Há todas essas pequenas palavras determinadas que as pessoas usam para descrever coisas. Nesse ponto é onde eu digo que tocamos música extrema. Porque há elementos de todos os tipos lá e eu odeio limitar a apenas uma coisa: death metal. Acho que há um público para música extrema, se é seja death metal ou qualquer outro sendo criado. As pessoas vão aparecer, e eu sou parte desse público.”
Leia a entrevista na íntegra (em inglês) na revista Loud.
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth.Net
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Entrevistas
Cheap Trick: versão para clássico com mariachis
Você pode fazer o download gratuito da faixa aqui.
Matéria original: Blog Van do Halen
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Curiosidades do mundo do Rock
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