4 de julho de 2011

Blood - Bad Moon Rising

Sabe quando você ouve um disco e logo você faz um air guitar, air bass, air drums e até tenta imitar o vocalista? É, muitos discos na história do Rock faz o ouvinte tentar interpretar ou fingir ser determinado artista. Bom, este é o caso que podemos constatar no disco Blood do Bad Moon Rising.





Imagem
Com músicos competentes, o Bad Moon Rising faz um Hard Rock muito bem executado. Não há excesso de virtuose neste disco, mas podemos notar que o som é direto e não menos bem elaborado, havendo passagens empolgantes ao longo das canções contidas neste play.
O Bad Moon Rising conta com ninguém menos que Doug Aldrich nas guitarras, que atualmente acompanha oWhitesnake e já tocou com o lendário Ronnie James Dio. Este guitarrista tem uma energia e um feeling que me faz considerá-lo como um dos melhores guitarristas do Rock n’ Roll atual. A sua pegada é forte, feroz e harmoniosa, tudo isso ao mesmo tempo. Kal Swan nos vocais, Ian Mayo no baixo e Jackie Ramos na bateria completam o time.
Kal Swan juntamente com Doug Aldrich (ambos trabalhavam juntos desde os tempos da banda Lion, banda antecessora ao BMR), na minha humilde opinião, formam uma das grandes duplas do Hard Rock (no mesmo nível de Slash e Axl Rose, Steven Tyler e Joe Perry etc.) - embora não sejam reconhecidos pela grande massa -, pois o entrosamento de ambos nas composições e nas performances deixam o ouvinte elétrico. A banda, pra variar, fez sucesso no Japão (país aonde bandas de Hard Rock e Heavy Metal costumam despontar, embora isso não aconteça em muitos outros países), deixando a desejar em muitos outros países. Isso não quer dizer que o trabalho seja ruim. Podemos atribuir diversos fatores ao não-sucesso da banda em outros países, tais como a fraca divulgação do material, a época em que eles tentaram levar ao mundo a sua música (época em que o Hard Rock estava em decadência, a década de 90) etc., deixando cada vez mais restrito uma sonoridade de público também restrito.
Podemos até dizer que o disco Blood é uma pérola que se perdeu no oceano – não só este disco, mas a pequena discografia da banda de apenas três discos lançados -, pois não caiu nas graças do grande público, encurtando a vida de uma banda que muito tinha para contribuir para a história do Rock. Talvez hinos do Rock deixaram de serem compostos devido este fato lastimável.
Quanto às canções, o fã de Hard Rock e Heavy Metal sabe que quando os músicos destes estilos enveredam-se na seara da Power ballad, os mesmos se transformam, compondo assim canções profundas e de beleza ímpar (vide bandas como Skid Row, com as músicas I Remember You, In a Darknned Room; Iron Maiden, com Wasting Love; Guns n’ Roses, com Don’t Cry; Scorpions, com Still Loving You, Life is too Short etc. dentre outras), assim não o é com o BMR. As canções “Tears in the Dark” e “Remember Me”, que fecha o disco, deixam qualquer roqueiro bruto de coração mole. Mas, estes mesmos roqueiros ficaram felizes ao ouvires músicas como “Dangerous Game”, “Servants of the Sun”, “Blood on the Streets”, “Chains”, “Till the Morning Comes”, "Devil's Son (While Our Children Cry)".
Bom, só lamento por bandas boas serem obscurecidas pela grande mídia e sua música comercial. Por sorte, temos a internet, pelo menos alguns de nós, que nos propicia a chancer de buscarmos bandas como o BMR.
Doug Aldrich: Guitarra
Kal Swan: Vocais
Ian Mayo: Baixo
Jackie Ramos: Bateria
Faixas:
01 - Dangerous Game
02 - Servants of the Sun
03 - Devil's Son (While Our Children Cry)
04 - Blood on the Streets
05 - Tears in the Dark
06 - Heart of Darkness
07 – Chains
08 - Till the Morning Comes
09 - Time Will Tell
10 - Remember Me

Nenhum comentário:

Postar um comentário