4 de julho de 2011

Angelus Exuro Pro Eternus - Dark Funeral

Uma montanha caindo sobre você! Essa é a impressão que se tem ao ouvir os primeiros acordes de "The End of Human Race", faixa de abertura do quinto álbum de estúdio do DARK FUNERAL.





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Intitulado com o singelo nome "Angelus Exuro Pro Eternus" (do latim, algo como "Queimando Anjos pela Eternidade") uma arte de capa que você fica se perguntando: "de onde o cara que desenhou isso tirou essas imagens?".
Todos os elementos clássicos da sonoridade dessa horda sueca estão lá. Frases de guitarra feitas por Lord Ahriman em escalas sombrias e melodias soturnas, os vocais de Calígula cada vez mais doentios e desesperados, bateria que a cada álbum fica mais devastadora com bumbos incessantes e blast beats para ninguém colocar defeito e todo o clima caótico e infernal que o DARK FUNERAL é especialista em expressar na sua arte.
Este álbum é um grande salto de qualidade em relação ao anterior "Attera Totus Sanctus" (2005) porém, numa visível continuidade de elementos explorados neste como, músicas mais cadenciadas, os vocais de Emperor Magus Calígula trabalhados de modo que não soam mais como na época de "Diabolis Interium" (2001) e os anteriores, isto é, mais lineares sempre naquele urro agudo com berros esporádicos.
O som de "Angelus Exuro Pro Eternus" é "cheio", ou seja, a produção do álbum foi feita de modo que a atuação das guitarras, baixo, bateria e vocal juntos formam um volume musical imenso e sujo, mas sem estar emaranhado ou irritante.
A faixa de abertura como eu disse antes é uma montanha desabando, um peso incrível, com cadências de baixo-bateria inusitadas em meio aos riffs matadores de Ahriman. Na seqüência, "The Birth of The Vampiir" não alivia com um andamento de tirar o fôlego, "Stigmata" segue a paulada, com melodias sombrias na ponte para o refrão, "My Funeral" a “música de trabalho" do álbum (é estranho afirmar que uma banda de Black Metal tem uma música de trabalho) é mais cadenciada com clima sinistro igual ao do vídeo clipe. A faixa título e a que julgo ser a melhor "Demons of Five" continuam o massacre sonoro com Calígula explorando muito bem os vocais guturais, "Declaration of Hate" uma boa pedrada com mais uma atuação incrível do vocalista, "In My Dreams" com um andamento mais lento porém, extremamente pesado precede a excelente "My Latex Queen" que encerra muito bem os quarenta e seis minutos de devastação sonora promovida pela banda.
Outro diferencial deste álbum é a volta do experiente Peter Tägtgren como produtor, o que demarca a diferença entre o lançamento anterior "Attera Totus Sanctus" (2005) produzido por Daniel Bergstrand e Örjan Örnkloo. Em algumas partes a sonoridade desse álbum lembra levemente o já citado "Diabolis Interium" de 2001, também gravado sob os auspícios do mesmo produtor.
Pode-se dizer que ao conter os elementos do lançamento de 2001 e ao mesmo tempo agregar as mudanças que surgiram no álbum de 2005, Lord Ahriman e cia conseguiram consolidar e ao mesmo tempo renovar sua identidade sonora. Fato que ajuda a classificar esta horda como uma das mais importantes e influentes da cena Black Metal européia e quiçá mundial.
Considero esse um dos melhores lançamentos de 2009 e o melhor álbum do DARK FUNERAL até o momento. Nele estão as características próprias do timbre inconfundível da guitarra de Lord Ahriman, os vocais cada vez mais desesperados de Calígula, uma "cozinha" que sabe ser rápida e cadenciada nos momentos certos. Irretocável!
Origem: Suécia
Lançamento: 2009
Selo: Regain Records
Line-up:
Lord Ahriman (guitarra)
Emperor Magus Calígula (vocal)
Chaq Mol (guitarra)
Dominator (bateria)
B-Force (baixo)
Faixas:
1."The End of Human Race" - 4:43
2."The Birth of The Vampiir" - 4:50
3."Stigmata" - 5:06
4."My Funeral" - 5:30
5."Angelus Exuro pro Eternus" - 5:04
6."Demons of Five" - 4:48
7."Declaration of Hate" - 5:24
8."In My Dreams" - 6:30
9."My Latex Queen" - 5:21
Tempo total: 46:58

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