Imagine a seguinte mistura: a força power metal de “Imaginations from the Other Side” + a pompa épica de “Nightfall in Middle-Earth” + o respiro progressivo de “A Night at the Opera” + a modernidade despreocupada de “A Twist in the Myth”. O resultado? Simples: “At The Edge of Time”, mais recente disco dos bardos germânicos do Blind Guardian e, inegavelmente, o melhor lançamento de sua discografia desde “Nightfall”. Estamos falando, resumidamente, de um disco que busca referências no passado, o que deve agradar a parcela mais purista de seus seguidores, mas sem se tornar saudosista de maneira pedante.
Nota: 10
Pode parecer óbvio, vindo de um sujeito que é fã declarado da banda, dizer que “At The Edge of Time” entrou disparado na minha lista dos melhores do ano. Mas é a mais pura verdade, o que eu posso fazer? =D
As referências literárias continuam na ótima “Control the Divine”, uma faixa rápida e acelerada na melhor tradição do BLIND GUARDIAN clássico – e que faz referência direta ao poema medieval “Paraíso Perdido”, obra de John Milton sobre a queda do anjo Lúcifer do céu ao inferno. E de volta às obras de Michael Moorcock, Hansi Kürsch abre as portas para o Multiverso na igualmente empolgante e veloz “Tanelorn”, cujo tema já tinha sido abordado em “The Quest for Tanelorn”, do disco “Somewhere Far Beyond”.
A constatação final sobre “At the Edge of Time” pode parecer óbvia, mas precisa ser escrita: se a banda quiser continuar demorando estes quatro anos de intervalo entre um disco de inéditas e o próximo, tudo bem. Se eles continuarem nos entregando bolachas cheias de classe, bom gosto e elegância metálica, a gente não se incomoda em esperar. Não mesmo.
Line-up:
Hansi Kürsch – Vocal
André Olbrich – Guitarra
Marcus Siepen – Guitarra
Frederik Ehmke – Bateria
Tracklist:
1) Sacred Worlds
2) Tanelorn (Into the Void)
3) Road of No Release
4) Ride into Obsession
5) Curse My Name
6) Valkyries
7) Control the Divine
8) War of the Thrones
9) A Voice in the Dark
10) Wheel of Time
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