Ad Baculum, o nome, se origina do apelo à força (da expressão latina: argumentum ad baculum) ou argumento do porrete. É uma falácia em que força e coerção são apresentadas como justificativa para uma conclusão falsa. É um modo de apelo à consequencia e ao medo.
Meugninousoan honra seu passado e sua importância na cena neste trabalho, pois trata-se de um grande álbum. Composto por diversos elementos do Metal extremo, Blackness Doctrine impõe características únicas do Death/Black Metal nacional.
Com uma boa produção o disco mantém ótima qualidade entre as nove faixas que o compõe. “Apocalyptical Christians Armageddom” é um belo cartão de visitas, trazendo um pouco de influência da própria ex-banda de Meugninousoan, mas com uma sonoridade mais suja e direta. A faixa título remete às raízes do Black Metal, com uma levada um pouco cadenciada, na linha de uma verdadeira marcha infernal.
O som da banda não procura apenas soar rápido e brutal e, muitas vezes, prioriza peso e certa cadência. Isso se confirma em “Nihilistic Magnum”, que tem uma introdução quase Doom Metal, para depois emanar ódio e brutalidade, com riffs muito bem elaborados.
A temática das letras se baseia em niilismo, morte, guerra, genocídio, entre outros elementos que casam perfeitamente com o clima obscuro que as músicas emitem. “Templarian Kingdom of Terror” comprova isso e é mais um destaque do álbum, com seu arranjo inicial que nos remete à Celtic Frost, mas com características próprias, principalmente em termos de peso.
A capa, apesar de simples, ficou muito interessante e atende à proposta do estilo da banda. Um trabalho honesto, feito por quem sabe do assunto e que trouxe de volta à cena extrema do Metal nacional um excelente vocalista.
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