20 de março de 2011

Jorn Lande: Masterplan, Dio, Allen-Lande e muito mais


O site STALKER fez uma entrevista com o vocalista norueguês JORN LANDE (MASTERPLAN, ALLEN-LANDE, AVANTASIA) em dezembro do ano passado, na qual ele explica porque o MASTERPLAN não fez e ainda não tem planos pra fazer turnê, fala sobre o álbum tributo a Ronnie James DIO, sobre último álbum do ALLEN-LANDE (projeto com o vocalista do SYMPHONY X, Russell Allen), entre outras coisas.
Seguem alguns trechos traduzidos da entrevista:
Jørn Lande é provavelmente um dos cantores mais talentosos de nossa época. No ano passado, ele nos surpreendeu com vários lançamentos – não só com sua própria banda, mas também com alguns de seus outros projetos, como ALLEN-LANDE, AVANTASIA,MASTERPLAN e outros. Nós encontramos o norueguês no Z7 em Pratteln (Suíça), logo depois de um show da turnê com o AVANTASIA e conversamos com ele sobre seu retorno ao MASTERPLAN e seu recente álbum tributo “DIO”, que é dedicado a Ronnie James Dio. Acabou sendo uma entrevista muito emocionante que revelou o quão Jørn era ligado ao falecido Dio.
STALKER: Olá Jørn, faz um bom tempo desde a nossa última entrevista, o que você tem feito?
Jorn: O mesmo de sempre, música, música, música e alguns shows ao vivo.
STALKER: Vamos falar um pouco sobre seu disco “DIO”, que é um tributo a Ronnie James Dio. Quando surgiu a idéia para esse álbum?
Jorn: O triste falecimento de Ronnie James Dio me tomou a maior parte do verão e primavera e algumas partes do último inverno... porque você sabe, eu sou um grande fã e eu o encontrei uma vez, nós fizemos uma turnê juntos quando eu trabalhei com YNGWIE MALMSTEEN, 10 anos atrás. Então eu comecei a trabalhar nesse disco, onde eu escrevi a música “Song For Ronnie James” e gravei tudo durante o ano passado. E também claro quando recebi a ligação de TONY IOMMI pra fazer o show no Victoria Park e arrecadar fundos para a fundação do câncer, então fiquei meio ocupado com isso. Eu também fiquei muito grato e estressado ao mesmo tempo porque era uma coisa do tipo especial.
STALKER: Então significou muito pra você fazer parte deste show?
Jorn: Bem, foi meio que inesperado, porque eu tinha feito algumas coisas com Tony alguns anos atrás em Birmingham… fiz um par de demos, mas nada aconteceu depois disso e então eles começaram o HEAVEN & HELL. Eu tive algum contato durante os anos posteriores, sabe, mandando meus álbuns e outro material toda vez que vinha algo novo. Mas sim, eu não esperava que isso acontecesse e claro que fiquei grato porque a onda do lançamento do álbum tributo “Dio” era algo que a gravadora queria também, apesar das circunstâncias. Eu queria adiar tudo por algum tempo, mas realmente não pude fazer muito pra mudar isso. Então, foi no meio de tudo isso, foi algo sensível, foi uma grande coisa pra mim ter o reconhecimento desses caras, sabe. Isso me ajudou muito, porque houve muita coisa ruim acontecendo no começo.
Se eu não tivesse feito aquele show, não tenho certeza se me sentiria bem agora mesmo tudo sendo sincero e toda a filosofia e pensamento por trás, por exemplo, “Song for Ronnie James” é toda vinda de coração. É simplesmente porque eu queria reconhecer alguém formidável, sabe. Alguém como Ronnie JamesDio. Quero dizer, muitas pessoas estão ocupadas com suas próprias coisas nos dias de hoje, só tentando reinventar a roda mas esquecem as coisas boas que já existem não dando o devido valor a elas. E ninguém quer admitir de onde tirou sua influência, só inventam todos esses nomes estranhos ou falam sobre Jazz ou música Country por exemplo, algo que é totalmente diferente do que eles estão fazendo.
Sabe, quando você diz a eles “Eu vejo que você ouve Ritchie Blackmore ou algo do tipo.” E uns guitarristas podem responder “Não, eu nunca ouvi, eu realmente nunca gostei muito disso.” E daí mencionam outros nomes. Esse era o meu problema com o negócio da música em geral; eu era meio frustrado por isso. Eu achava que alguém tinha que fazer algo no meio de tudo, para mostrar que você é um produto das pessoas que te inspiraram e então você segue dali e no fim torna-se seu próprio artista, mas você deve reconhecer os grandes seres que te deram a inspiração pra começar.
STALKER: Como você lida com as positivas, mas também negativas reações ao seu disco “DIO”?
Jorn: No começo houve muitos comentários negativos, mas eu acho que muitos positivos também. Tinham alguns bem desagradáveis. Eu não lia muito porque pensava que isso destruiria meu foco. Eu sou só um ser humano como qualquer outro então não gosto quando leio essas coisas. E também quando eu ponho toda minha alma em algo, me dou por completo por esse algo, então levo essas coisas para o lado pessoal (risos) não posso evitar, eu não quero fazer isso, mas faço de qualquer forma. Especialmente com uma música como “Song for Ronnie James” porque é uma música que eu realmente queria tirar de dentro e ao mesmo tempo queria essa fosse a música dele (referindo-se a Ronnie James Dio). Não queria que fosse uma música típica pra tentar encaixar com o que é politicamente correto no mercado. Eu queria fazer algo realmente notável, acho que é por isso que a canção tem mais de oito minutos de duração, porque Ronnie James Dio era um cara épico. Ele era um homem pequeno mas um grande, grande sujeito. Não é só a voz, é a pessoa. Se já houve alguém “sagrado” no mercado da música ou no metal, Ronnie James Dio foi o Jesus do Heavy Metal. Ele era tão especial, se você o conhecesse só um pouco, quero dizer você nem precisa conhecê-lo bem, só a pessoa o caráter... Ele era realmente excepcional.
STALKER: Por que você selecionou exatamente estas canções que estão no álbum?
Jorn: Eu apenas gosto dessas canções e acho que Dio trabalhou duro por muitos anos, porém nunca vendeu tanto como outros artistas venderam. Como mencionei, ele nunca tentou ser politicamente correto e é por isso também que eu gostava dele. Ele trabalhou duro e não acho que é correto um artista como eu em uma categoria similar, em termos de estilo, gravar canções como “Holy Diver” ou “Last in Line” ou “Rainbow in the dark”, talvez um dia, mas ele trabalhou muito duro para sobreviver nesse negócio. E não é fácil encontrar o equilíbrio entre seguir sua visão e ser um idealista. Ao mesmo tempo, você tem que ser focado no mercado, na indústria da música e se adaptar de alguma forma, é o único jeito. Ou então você não pode fazer isso, por isso eu o respeito desse modo. Por isso eu escolhi outras canções, também achei que seria legal selecionar algumas das canções que eu gostava quando estava crescendo e ao mesmo tempo, são canções que muitas pessoas esqueceram porque geralmente compram as coletâneas ou só pegam pra ouvir as mais conhecidas. Uma música como “Shame on the Night” é tão subitamente esquecida. E quando você a ouve novamente por acaso, fica como “Oh, tinha me esquecido dessa música, ela é muito foda!” Eu pensei a mesma coisa sobre algumas dessas outras canções. “Push” é um belo exemplo, eu só queria mostrar algumas dessas músicas dos velhos tempos e algumas mais atuais. Apenas pra mostrar como ele evoluiu. E também essas músicas não são tão famosas e eu pensei que isso era legal. Então você traz o legado dele à mesa.
No momento, estou feliz de não ter escolhido essas canções que são a marca registrada dele. E estou muito feliz de ter escrito “Song for Ronnie James”, o que deixa isso claro para as pessoas que elas podem sentir, podem afirmar que essa canção não foi escrita só por diversão. Qualquer um que tenha algum talento ou entendimento musical vai sentir o poder dessa canção, a energia que é posta nela. Isso não é algo que você compõe todos os dias.
STALKER: Muita coisa aconteceu na sua vida, você está de volta à sua antiga banda MASTERPLAN, o que você fez pra retornar à banda? Como é estar de volta?
Jorn: Não foi um grande acordo, nós só concordamos em fazer um novo álbum e é só isso. Não conversamos sobre o que aconteceria depois, turnê ou mais álbuns. Nada de fato. Só fizemos aquele disco. Eu acho que ficou bom, mas até aqui não discutimos de fato sobre como vamos fazer apresentações ao vivo. Conversamos sobre isso no início, mas as circunstâncias não estão certas. Isso é tudo uma questão de trabalho em equipe e colocar tudo junto. Às vezes as constelações não trabalham juntas (risos). Eu acho que é o que está acontecendo agora, nós todos somos amigos e não há nenhum problema, é apenas, eu acho que temos uma pequena diferença de filosofia sobre o que é a coisa certa a fazer e também no momento em que eu faço essa turnê com o AVANTASIA e com a banda JORN e às vezes nos mesmos lugares, trabalhando com algumas das mesmas pessoas.
Eu acho que se o MASTERPLAN tem que fazer uma turnê, deve ser algo especial e no momento não há uma equipe trabalhando para se certificar de que será um evento especial. Você tem que ter uma boa promoção, um bom foco, um bom pacote de viagem talvez. Talvez algumas outras bandas tocando antes. Eu acho que isso ficou um pouco pra baixo, as ambições do mercado em geral tem diminuído, sabe... das agências de shows, da gravadora. Eu acho que eles não querem investir o tanto que poderiam. Às vezes isso acontece.
Por exemplo, o que acontece com o AVANTASIA é uma coisa magnífica, quer dizer, muitas pessoas poderiam fazer turnês em qualquer parte do mundo. Apenas para fazer isso acontecer e então se torna proveitoso e uma coisa boa pra sua carreira. Você só precisa de pessoas que trabalhem pra você e que realmente façam isso. Qualquer um pode montar uma banda e tocar, mas pra vender mil, dois mil ingressos em todo show, aí é uma história diferente. E eu acho que esse é o problema do MASTERPLAN. No momento não há nada indicando que a banda tenha o impulso certo.
STALKER: Você não acha que as pessoas poderiam voltar a ir aos shows porque você está de volta à banda? Porque eu acho que as coisas têm ficado quietas pro lado do MASTERPLAN por causa do vocalista errado.
Jorn: Eu não sei. Não é essa a questão porque eu acho que há muitos vocalistas que não são os melhores, mas mesmo assim atraem muita gente. É sobre combinações a respeito dos negócios também. Se você tem uma boa equipe que trabalha pra você com bom planejamento e estratégia, poderia fazer as coisas acontecerem. Eu só acho que isso é o que nós não temos para o MASTERPLAN agora. Sabe, o videoclipe para “Time to be King”, poderia ter sido feito antes do lançamento do álbum, mas veio depois. Quero dizer, é sempre bom ter um vídeo independentemente do que se espera do álbum, mas, você sabe o que eu quero dizer, toda a estratégia poderia ter sido o oposto. Poderia ter sido mais antecipada, pensando à frente.
Então é o que eu penso sobre o que houve com esse álbum. Se as coisas tivessem sido planejadas de um jeito melhor com esse álbum, estaríamos em turnê nesse ano ou no ano que vem, mas eu decidi não fazer isso e acho que, ou eu e o Roland (Grapow, guitarrista) falamos sobre isso e apenas decidimos que não vale à pena, do jeito que as coisas estão. E também no meu caso eu posso sair e tocar nos mesmos lugares com a banda JORN. E não tenho muita certeza de que haveria assim tão mais gente, talvez porque foi um longo tempo desde que tocamos juntos, para ser a nova sensação de novo (risos).
Teria apenas que ser uma distinção, alguém poderia se certificar de que tudo seria bem promovido, que é um grande acontecimento que esta banda está de volta fazendo uma nova turnê. Como eu disse as constelações não trabalham juntas nesse sentido agora. Por isso eu decidi que só vou tocar com a minha própria banda, daí eu não tenho que ensaiar ou planejar uma grande turnê. Eu não vejo sinal a não ser que talvez alguns lugares diferentes, algum impulso mais massivo por trás da coisa toda. Como eu disse, criando um pacote de viagem talvez, pra poder fazer alguns eventos maiores.
STALKER: Fazer também algo um pouco mais atrativo pra você tocar lá.
Jorn: Sim, porque todos nós estamos estáveis com coisas diferentes. E eu estou bastante estável com minha própria banda e não preciso fazer muita coisa pra ela se preparar. Porque já estamos tocando há anos agora. E nos conhecemos bem e é mais fácil porque temos uma equipe trabalhando, temos uma agência de shows, a Live Nation. Eu posso ir e tocar as músicas que eu sei (risos) ao invés de voar para Hamburgo ou qualquer outro lugar pra começar a ensaiar canções em que eu não trabalho há anos. E você sabe, ganhar a mesma grana, tocar no mesmo nível. Quero dizer, eu amo tocar com aqueles caras (do MASTERPLAN), mas nós vivemos em países diferentes agora. Mike Terrana mora na Itália e toca com a TARJA e ainda está ocupado com outros projetos e dá suas aulas de bateria (nota do tradutor: ou workshops??) em todo lugar. Não é fácil pra ele dizer: “Sim, por dois meses eu vou dizer ‘não’ pra todo o resto em minha própria vida.” E então depois disso está acabado, quando ele tiver algo firmado nesses outros trabalhos. E eu acho que o MASTERPLAN é uma banda que poderia fazer uma longa turnê e daí ter longas pausas. Só é difícil achar o tempo pra fazer isso.
STALKER: Você também precisa de uma boa gravadora por trás, te dando apoio.
Jorn: A gravadora está muito bem, mas é tudo questão de prioridade. Quanto você está disposto a investir na banda ou na turnê. Muitas bandas não têm apoio para turnês de qualquer forma e algumas bandas fazem, mas muitas vezes o apoio não é grande o suficiente. Ajuda um pouco e a gravadora vende um pouco mais. Mas o quadro geral é que não vale à pena agora. Mas foi legal fazer o álbum e você nunca sabe, talvez façamos mais um. Mas no momento é bom descansar por algum tempo.
STALKER: Você escreveu todas as letras do novo disco do MASTERPLAN. Eu vi que você usa freqüentemente as palavras "Alone" e "Lonely", isso pode significar que você se sente solitário de algum modo, ou as letras não têm nada a ver com você mesmo e você escreve sobre o que vê na TV ou lê nos jornais?
Jorn: Se eu me identifico com algo, eu me inspiro e escrevo sobre isso, escrevo algo baseado no que eu vejo ou li. Mas eu quero dizer, a vida é solitária em geral, nós vivemos e morremos e fazemos isso sozinhos. Eu acho que solidão é a maior parte da sua vida, de certo modo. É a parte mais vazia, mas é também o que colore o seu comportamento ou os seus valores, o que faz de você o que é. Te dá esperança também. Quando você anseia por algo, você tem esperança por alguma coisa. Eu acho que nós sempre lidamos com a questão Vida & Morte e porque as coisas são com são. Eu acho que eu só sou meio “old school” quando penso em crescer na zona rural, eu amo as árvores, as montanhas, se estiver chovendo mais tarde eu adoro o cheiro. Eu aprecio todos esses elementos. E eu acho que quando ponho palavras para as coisas, a solidão é parte disso. Muitas pessoas não pensam de um jeito honesto sobre quem realmente são num nível existencial. Eles estão tão ocupados criando alguma coisa, constructos para se encaixar nas tendências. E como você disse você assiste alguma coisa e apenas escreve sobre o que você viu, ao invés de se identificar nisso e canalizar o seu verdadeiro eu. Eu também sou muito simples com as palavras, gosto que as pessoas entendam. Não gosto de usar palavras complexas ou difíceis de entender. Só porque eu quero ser original ou porque quero fazer algo que ninguém cantou ou escreveu antes.
Quer dizer, por que eu deveria falar de outros nomes estranhos ou alternativos para o Diabo, Deus, “nosso Salvador” (risos) você poderia dizer muitas coisas, mas eu acho que é como o Céu & Inferno, por que você deve procurar por todos esses nomes estranhos para explicar um universo paralelo pra isso só pra ser original? Eu acho que é mais importante que as pessoas realmente entendam o que eu estou cantando instantaneamente porque então eles sabem exatamente do que se trata. Eles não precisam abrir um dicionário pra encontrar o que eu quero dizer. Além disso, é desafiador escrever com palavras simples porque o desafio se torna maior para fazer isso ser interessante. É meio difícil. E quando soa muito simples, aí a melodia tem algo errado, porque uma grande melodia pode ter algo muito simples e fazer sentido e tornar-se uma mensagem forte e poderosa. Mas se a melodia é ruim a letra se torna ridícula.
STALKER: Como a colaboração funciona quando você faz os discos do ALLEN-LANDE? Eu li que vocês nunca se encontraram, é verdade?
Jorn: Bem, uma vez nos encontramos nos Estados Unidos. Mas nunca trabalhamos juntos fisicamente em estúdio. Nós apenas trocamos arquivos e os colocamos nos servidores e mandamos de volta os arquivos vocais (risos) e eles baixam isso e põe meus vocais nas faixas e o mesmo acontece com ele (Russell Allen).
STALKER: Você também tem o disco do ALLEN-LANDE à venda - “The Showdown”, há planos para vocês dois tocarem essas músicas ao vivo alguma vez?
Jorn: Não, eu acho que a Frontiers (gravadora do Jorn e do ALLEN-LANDE) já me perguntou se eu gostaria de fazer um DVD ou algo no futuro, mas até aqui eu acho que é melhor suspender esse projeto. Eu acho que com a trilogia é o bastante, três discos é o bastante para um Box-Set ou Compilação do ALLEN-LANDE (risos) quero dizer, não precisa mais disso. Quer dizer, é só uma dessas coisas na vida que você não precisa mais (risos) do que três discos, é o bastante.
STALKER: Talvez em 15 anos você diga: “Vamos fazer mais um!”
Jorn: Pode acontecer, você nunca sabe, mas no momento é o bastante. Digo, é diferente quando eu faço projetos como esse, outras pessoas estão envolvidas, compositores, produtores e eu estou acostumado a fazer as coisas eu mesmo. Quer dizer, também pode ter um resultado diferente, o que novamente não é ruim, depende de como você vê isso. Você perde um tanto mas ganha um outro tanto.
STALKER: Novos discos com MASTERPLAN, JORN e ALLEN-LANDE, shows com AVANTASIA… muitas coisas aconteceram esse ano, quais os planos para 2011?
Jorn: Estou trabalhando em um DVD gravado no Sweden Rock no último verão, nós filmamos o show, tipo uma coisa espontânea mas não está soando tão ruim, vou mixar tudo, com esperança vai sair daqui a um ano, e é isso. Estou pensando em fazer um novo álbum do JORN de 2011 pra 2012. Então é basicamente isso. DVD primeiro e então começar a compor de novo.
STALKER: E quanto à turnê?
Jorn: Bem, há algumas apresentações individuais agendadas. Alguns shows na Suécia e provavelmente alguns festivais. Mas uma extensiva turnê… não temos planos pra isso agora. (…) Dessa vez estamos tentando sentar um pouco e não nos estressar com isso. Nós também tomamos mais cuidado com os lugares em que vamos tocar, tem que ser onde você tem um backstage apropriado com serviço de bufê. Costumávamos tocar em todo lugar, nos palcos grandes e nos pequenos, mas alguns dos palcos pequenos não têm o que você requere. E quanto mais velho você fica... mais você quer mudar isso. Quer ser mais seletivo a respeito de onde você toca e também você nota os pontos fracos do mercado. Normalmente, quando você fica mais velho você começa a se focar mais em onde você está e aonde você quer ir e os detalhes se tornam mais importantes. Quando se é jovem e não estabilizado não se dá à mínima. Tinha tempo, não se importava com as coisas do mesmo jeito. Poderia ficar acordado a noite toda e terminar na mesma casa ou apartamento em alguma cidade e o agente de turnê iria ficar louco e perguntar “Onde diabos o Jorn está?” e você podia quase que perder o show. (risos) Isso significa que é só ir lá tocar e Rock’n Roll, mulheres e festa. Mas agora isso mudou e você começa a perceber que a vida é sobre tentar e mudar. E é isso que fazemos hoje, tentamos ser mais seletivos. Às vezes você não pode, mas a profissão é do jeito que é e você tem que fazer um compromisso.
STALKER: Você tem alguma última palavra para os leitores do STALKER...
Jorn: O que eu digo comumente. Obrigado a todos por comprarem meus discos e por me seguirem por tantos anos. É tudo o que posso dizer. Sou muito agradecido por isso. Quero dizer, é a razão de eu fazer isso. Não há muitas outras razões, apenas para meu equilíbrio íntimo, mas ao mesmo tempo o equilíbrio poderia estar completamente bagunçado sem alguém me dando resposta. É tudo o que posso dizer: estarei aí por algum tempo. (risos)
STALKER: Confiantemente! Muito obrigado por tirar esse tempo para responder minhas perguntas.
Jorn: Obrigado!
Fonte desta matéria (em inglês): Stalker

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