22 de janeiro de 2011

Hibria: entrevista com Iuri, Abel e Diego no IPC


O HIBRIA, um dos grandes nomes do metal nacional na atualidade, falou com exclusividade para a IPC sobre as expectativas do novo disco, “Blind Ride”, que é o primeiro a contar com o novo baixista, Benhur Lima.
Com lançamento marcado para o dia 26 de janeiro no Japão, pela King Records, e com previsão para março no Brasil, “Blind Ride” já alcançou o primeiro lugar dos álbuns mais encomendados do ano na grande HMV Japan. Confira alguns trechos da entrevista com Iuri Sanson, Abel Camargo e Diego Kasper.
IPC: Como foi a produção do Blind Ride, o terceiro disco do Hibria? Qual o conceito dele?
Abel: Nós trabalhamos em cima do livro “Ensaio Sobre a Cegueira”, do José Saramago, para produzir o disco. Li, achei legal e passei para todos os integrantes que gostaram também, e a partir disso começamos a conversar sobre ele. A obra tem uma atmosfera pesada e tinha uma conexão fiel com o que a gente queria fazer.
IPC: Não será um trabalho conceitual como os álbuns anteriores, “Defying The Rules” ou o “Skull Collectors”, mas tem um tema centrado no ser humano como um todo.
Diego: Então as letras do novo álbum foram inspiradas pelo livro do Saramago, não é baseado.
Iuri: O interessante é que mesmo quem não leu o “Ensaio Sobre a Cegueira” vai entender o que queremos passar, o significado da música.
IPC: Quando vocês começaram a trabalhar em cima desse álbum, o Marco Panichi (ex-baixista) estava com vocês? Demorou quanto tempo para “Blind Ride” ser finalizado?
Diego: Nas primeiras reuniões que fazíamos para falar do “Blind Ride”, o Marco esteve presente e nos disse que não gostaria de participar mais do processo criativo. Então, ele não participou do disco.
A gente já tinha umas ideias e começamos a compor para o terceiro álbum. Assim que voltamos do Loud Park, no Japão, no final de 2009, demos início à produção do CD. Até setembro do ano passado, quando entrávamos em estúdio para gravar, várias modificações eram feitas.
IPC: E como foi a chegada do Benhur Lima, atual baixista?
Iuri: Com a saída do Marco, pensamos em alguns nomes e fizemos testes com dois baixistas. Com a indicação de um amigo, conhecemos o Benhur, que se mostrou muito empolgado pelo convite. Logo na primeira audição, deu para perceber que ele tinha uma “mão própria” e era um pouco diferente daquilo que estávamos acostumados a fazer. Na verdade, nos demos muito bem com ele logo de cara. Numa semana passamos as músicas e já na semana seguinte ele já veio tocando 85% do som.
Diego: Ele já conhecia a banda de alguns shows. E além de tocar, ele canta e é uma ótima contribuição para os backing vocals, consegue alcançar os tons dos vocais e faz a dobradinha com o Iuri.
Iuri: Acho que privilegia ainda mais o som do álbum.
Diego: Foi uma vinda que agregou muito no Hibria.
IPC: “Blind Ride” sai primeiro no Japão. Quais são as expectativas da banda?
Diego: Há muito esforço da gravadora e das pessoas trabalhando com a gente para fazer um bom lançamento. Nesse terceiro disco, as coisas estão acontecendo com muita antecedência. Nas outras vezes, o CD saía e só depois tínhamos entrevistas, review, e hoje é diferente. As entrevistas já estão rolando, pessoas comentando. Estamos tendo um retorno positivo, o público está ansioso para ouvir as músicas. Esperamos que o disco marque ainda mais a nossa presença no Japão.
Iuri: O que nos motivou muito foi a questão da gente ter tido a oportunidade de ir ao Japão por duas vezes e sentir o poder da galera. Para mim, o lançamento do cd vai ser uma data especial, porque é meu aniversário. E sabíamos da nossa obrigação de fazer um disco melhor ainda para voltarmos o quanto antes, como forma de gratidão pelo reconhecimento.
IPC: Vocês deixaram de ser coadjuvantes no cenário do metal e hoje são o centro. Como estão encarando isso?
Diego: Com muito orgulho. Isso tudo é fruto do incentivo do público e resultado de um grande trabalho. Temos realizado grandes coisas. No Loud Park tocamos junto com nossos ídolos, como Judas Priest eMegadeth. Em Shibuya, conseguimos fazer um ótimo show também. Então isso tudo é a solidificação do nosso trabalho. A gente sente que precisa dar o sangue e o suor pelo reconhecimento do público. Cada vez mais estamos tocando na Ásia e queremos que isso se estenda para outros lugares.
IPC: Como vocês disseram, já tocaram com Judas PriestMegadethMetallica, os ídolos de vocês. O que ainda falta para o Hibria?
Abel: Tocar com o Iron Maiden, Ozzy [risos].
DiegoDream Theater também, que a gente curte bastante.
Enfim, tem bastante coisa ainda. Nós queremos ser influência também, já que nós fomos muito influenciados por grandes nomes do metal.
Iuri: Temos que manter a “roda girando”. Já vimos alguns vídeos do Japão de bandas tocando covers do Hibria e isso para nós é fenomenal. Muito legal, um orgulho enorme.
Confira a entrevista na íntegra:
Versão completa desta matéria: IPC

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