24 de dezembro de 2010

Spreading Hate: Melodic Death "que vem da alma"


Formada há cerca de três anos, os paulistanos da Spreading Hate vieram para mostrar que Melodic Death de qualidade não é apenas coisa de europeu! Com nítidas influências de bandas do gênero como CHILDREN OF BODOM, In Flames antigo, Kalmah, entre outras, eles conseguem mostrar um som maduro, técnico e agressivo sem cair nos clichês do estilo. Apesar do pouco tempo de existência, a banda recentemente lançou o seu primeiro EP, o ótimo "Nightfall", de maneira independente no inicio do ano. É sobre esses e outros assuntos que eu falo hoje com o baixista Eduardo Ayres e o vocalista/guitarrista Renan Brito.
TME: Pra começar, gostaria que falasse um pouco da história da banda. Como surgiu e sob quais motivações a banda nasceu?
Edu: Bom, tudo começou como uma brincadeira entre bêbados (rsrsrs). Em 2004 eu e Jeff começamos a tocar algumas músicas que gostávamos nos finais de semana, só para aprender músicas novas na guitarra e fazer um som. Depois, com a entrada do Bruno Matos na batera, colocamos o nome da banda de Death Unlimited e passamos a tocar músicas do Norther. Escolhemos o Norther por ser uma banda ainda não muito conhecida no Brasil e não queríamos tocar músicas que outras bandas cover já tocavam por aqui. Foi com essa idéia de fazer algo diferente que a Spreading Hate nasceu e, em 2007 com a entrada do Renan nos vocais/guitarra, é que foram surgindo as primeiras composições. Depois de um show em Sorocaba decidimos largar o cover que já estava limitando nosso potencial, ficamos parados por um tempo pra gravar - algo que foi bem difícil, pois gravamos e aprendemos a gravar tudo em casa. O EP ficou pronto em 2009, mas nossa divulgação foi interrompida com a saída do Bruno da banda. No final de 2009, Lucas entrou e, além de iniciarmos a divulgação/shows do EP, ganhamos uma força ainda maior.
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TME: Com tantas bandas hoje em dia que seguem essa linha do “melodeath”, o que vocês acham que diferencia o som da Spreading Hate da maioria?
Edu: A primeira delas que é que somos daqui! O Brasil infelizmente ainda não teve muita evolução neste sentido e, além da Spreading Hate, existem poucas bandas que tocam esse gênero no país... A maioria está em projeto ou está evoluindo bem lentamente. Posso destacar duas bandas que considero as melhores até o moment: Zilla de Brasília que, junto com o Spreading hate, é a banda que iniciou o estilo no Brasil, e All forms Of Agony de Taubaté - os caras mandam muito bem! A segunda e principal diferença de bandas do exterior é que o Spreading Hate conseguiu criar um som bem único graças à vasta quantidade de influência que cada um possui.
TME: Uma coisa que eu gosto muito de saber é como funciona o processo de composição das músicas. No caso de vocês, há alguém específico responsável pelas composições das melodias e/ou letras, até que ponto cada integrante participa  na construção das músicas, etc...?
Edu: o Renan é o talento por traz das composições, todos ajudam, mas a idéia inicial sempre vem dele
Renan: Bom, o Nightfall e as novas foram compostas por mim, instrumental e letras. O que costumo fazer é pedir para o resto da banda detalhar, opinar, concordar ou discordar. O Nightfall foi meio que sem pré-produção, do jeito que eu tinha feito foram gravadas as cinco músicas. Ao mixar o EP nós aprendemos bastante sobre questões de composição, algumas coisas estavam teoricamente erradas, mas mesmo assim, as cinco foram mixadas do jeito que estavam. Agora estamos tomando muito mais cuidado ao pré-produzir as novas músicas, observando cada detalhe para ficar uma ótima mixagem.
TME: A propósito, qual a temática das letras de vocês? Há algum tipo de conceito ou direcionamento que vocês sigam?
Renan: Sentimentos humanos, horror, fantasia, esoterismo, misticismo. Não nos voltamos a apenas um tema, são músicas que vem da alma, podem refletir coisas boas e ruins. São letras do tipo que cada pessoa pode entender de forma diferente.
Edu: Procuramos não colocar Política ou religião no meio das letras, essa é nossa principal atenção.
Confira a matéria completa no link abaixo:
Mais informações: blog The Mind's Eye

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