O Metal tanto dá dinheiro que todas as versões do Rock in Rio tiveram uma noite exclusivamente dedicadas a grandes astros do estilo. Se não fosse assim, o empresário Roberto Medina jamais trocaria músicos de expressão no Brasil como Ivete Sangalo ou outros de cunho mais Pop como George Michael por bandas como AC/DC, MEGADETH, QUEENSRYCHE, JUDAS PRIEST, HALFORD e IRON MAIDEN. Isso é óbvio!
Se há esta noite, é porque há público e dá lucro, e o detalhe mais importante: nas versões I, II e III, foi na noite do Metal que sempre se deu maior concentração de público, tanto que na I e na II, foram em dias ruins da semana (no I, na quinta-feira, se não me falha a memória, e no II, na quarta-feira. Este eu posso afirmar, pois estava lá), pois pouco se fazia fé no estilo, mas no III, foi no domingo.
Sou um dos denunciantes de alguns desses aspectos, e já tratei do descaso do banger brazuca com as bandas daqui (paga 300 no morto-vivo IRON MAIDEN rindo, mas não quer pagar 20 em um show daqui, dizendo ser ‘caro’) em outro artigo. Neste, enfoco outro grave problema: a subdivisão do público.
É algo insano, inconcebível, ver um bando de paspalhos trocando ofensas porque um curte Power Melódico e o outro Death Metal. Mas ambos não são estilos de Metal? Ambos não são descendentes diretos do mesmo BLACK SABBATH? E o que há de ruim em ambos os estilos? NADA! Ambos são bons à sua maneira, com suas particularidades, sendo a mesma leitura do Metal, apenas por enfoques diferentes.
Cada subdivisão do Metal deveria ser apenas classificatória, e nunca deveria gerar divisão de público. Mas estranho que estes mesmos que discutem sobre esta ou aquela subdivisão, estarão juntos no Rock in Rio, aceitando que existam bandas diferentes. E não creio que alguém vá lá ficar parado como uma múmia quando o MOTORHEAD subir ao palco e detonar, o mesmo valendo para o falido METALLICA.
Antes, lá nos anos de 86-87, o público daqui era, apesar de algumas idiotices, bem mais fechado com as bandas nacionais do que hoje, e ouvia todas as subdivisões sem preconceitos. O mesmo cara ouviaHELLOWEEN, MANOWAR, RUNNING WILD, KREATOR, SODOM, POSSESSED, e tantos outros. Só o Hard Rock da Califórnia ficava de fora da festa, pois era estigmatizado como False Metal por muitos.
Esta é uma lição daquela geração para auxiliar o público de hoje...
Ou seja: deixem de ser alienados, ouçam a banda, sem pensar se é desse ou daquele estilo, pois pode estar perdendo algo pelo qual busca a tempos e não sabe.
E viva o Metal Unido!
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