12 de fevereiro de 2011

Scorpions: o humor tosco das Tirinhas do Grilo



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SCORPIONS é uma banda de hard rock/heavy metal criada em Hanôver, Alemanha, em 1969, pelo guitarrista Rudolf Schenker e famosa por seus sucessos “Rock You Like a Hurricane”, “Still Loving You” e “Wind of Change”, tornando-se uma das bandas mais bem sucedidas do continente europeu. A formação original consistia em Rudolf Schenker (vocais/guitarra), Karl-Heinz Follmer (guitarra solo), Lothar Heimberg (baixo) e Wolfgang Dziony (bateria). Em 1971, o irmão mais novo de Rudolf, Michael Schenker, se tornou o novo guitarrista solo do grupo, enquanto o bom amigo Klaus Meine assumiu os vocais. Com essa formação, o grupo lançou seu primeiro disco em 1972, intitulado “Lonesome Crow”.

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A banda inglesa UFO logo notou Michael Schenker e o contratou como seu guitarrista. Dessa forma, ele deixou os SCORPIONS e foi substituído por Ulrich Roth (mais conhecido como Uli Jon Roth). Sob sua liderança, a banda lançaria os próximos quatro álbuns. Em seu segundo trabalho, “Fly to the Rainbow”, de 1974, eles começaram a definir uma sonoridade mais voltada ao hard rock, deixando de lado as tendências psicodélicas do disco de estreia. O álbum varia entre altos e baixos, com músicas bem trabalhadas, porém algumas "assassinadas" pelos fracos vocais de Rudolf e Ulrich, que não demonstraram qualquer capacidade de competir com o excelente Klaus Meine. Roth exibiu grandes influências de JIMI HENDRIX, como em “Drifting Sun”, com seu riff "inspirado" (ou seria "plagiado"?) em "Spanish Castle Magic".

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“Virgin Killer” é o quarto disco de estúdio e foi lançado no ano de 1976. O título (“matador de virgens”) se refere ao tempo, como sendo o assassino da inocência. Porém, um cidadão chamado Steffan Böhle fez o “favor” de criar uma capa mostrando uma garota menor de idade, completamente nua, com um efeito de “vidro quebrado” em suas regiões íntimas. Isso não agradou em nada ao público, fazendo desta uma das capas mais polêmicas da história do rock. Devido a tal escândalo, ela foi substituída em vários países por uma imagem dos membros da banda. Várias outras capas do grupo seriam censuradas posteriormente.

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Uli Jon Roth deixou a banda na mesma época em que Michael Schenker foi expulso do UFO por "encher a cara" excessivamente, voltando a tocar com os SCORPIONS em 1979. Neste mesmo ano, o grupo lançou o ótimo “Lovedrive” e excursionou pelos EUA pela primeira vez, porém sem sucesso, tendo inclusive o disco proibido devido à sua capa, contendo uma imagem erótica de um homem com a mulher-goma de mascar (ou algo assim). Um terceiro guitarrista foi contratado, Matthias Jabs, já que Michael Schenker perdeu alguns shows por conta de sua luta contra as drogas e o álcool. Este acabaria deixando a banda pela segunda vez ao perceber que não estava satisfazendo as expectativas, reduzindo os SCORPIONS novamente a cinco membros (e talvez a melhor formação da banda): Klaus Meine, Rudolf Schenker, Matthias Jabs, Francis Buchholz e Herman Rarebell.

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O sétimo álbum de estúdio, “Animal Magnetism”, foi lançado em 1980. Apesar de não ser tão bom quanto seu antecessor "Lovedrive", o disco fez sucesso nos EUA, o que levou a banda rapidamente de volta para o estúdio. A capa, mostrando um homem segurando uma lata de cerveja e “domando” uma mulher e um cachorro, causou novas controvérsias (só para não perder o costume). Porém, dessa vez, ela não foi substituída e todos os integrantes gostaram (exceto Herman Rarebell, que diz ter gostado apenas do cão. Vai entender?).

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Após passar por uma cirurgia nas cordas vocais, Klaus Meine recuperou sua voz e os SCORPIONS voltaram com força total para o oitavo álbum de estúdio, o bem sucedido “Blackout”, que vendeu mais de 1 milhão de cópias somente nos EUA. Trazendo uma mistura de hard rock, heavy metal e o chamado “pop metal” dos anos 80, o disco se tornou a obra mais famosa da banda até então.

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Se “Blackout” já havia feito sucesso, o grande clássico da banda ainda estava por vir. O nono disco de estúdio, “Love at First Sting”, de 1984, foi definitivamente a obra que fez dos SCORPIONS verdadeiros superstars. O álbum conquistou o disco de platina duplo naquele mesmo ano (tornando-se triplo em 1995) e o grupo empreendeu uma de suas maiores turnês mundiais. A capa mostra um casal se abraçando, com um homem tatuando a coxa de uma mulher parcialmente nua. Adivinhem o que aconteceu? Exatamente! Ela foi censurada em alguns países, mais uma vez. A capa alternativa trazia uma foto dos membros da banda, a mesma encontrada no encarte. Sucessos como o hino “Rock You Like a Hurricane”, a esmagadora “Big City Nights”, a empolgante “Bad Boys Running Wild”, a semi-balada “Coming Home” e a maior balada da história da banda (e talvez do rock em geral), “Still Loving You”, fazem de “Love at First Sting” um disco obrigatório para todos os fãs.

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Em 1990, foi lançado o 11º álbum de estúdio e aquele que se tornou o mais vendido nos EUA até o momento: “Crazy World”, embalado principalmente pela linda “Wind of Change” (que trata de questões sócio-políticas envolvendo o fim da Guerra Fria). A banda estava insatisfeita com seu trabalho anterior, “Savage Amusement”, considerando-o “polido” demais em relação aos anteriores. Outro fator que influenciou bastante na volta do peso de antes foi a substituição do produtor de longa data: Dieter Dierks por Keith Olsen. Porém, mesmo sendo mais pesado e menos glamuroso que “Savage Amusement”, “Crazy World” mantém as melodias cativantes, características da banda.

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A Vaca-Lhama é um personagem criado pelo blog ROCK TRUCKER (rocktrucker.blogspot.com) e, como o próprio nome já diz, surge nos momentos mais propícios para... avacalhar! E é isso que o 14º álbum dos SCORPIONS ("Eye II Eye") pode ser considerado: uma avacalhação, já que a banda decide realizar experimentações com melodias pop-techno que desagradou a maioria dos fãs antigos. O álbum tem lá seus bons momentos em “Mysterious”, “To Be No. 1”, “Obsession”, “Priscilla” e “A Moment in a Million Years”, mas nada que se compare aos antigos trabalhos de hard rock simples e empolgante.

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Para compensar o fiasco do disco anterior, os SCORPIONS decidiram fazer algo majestoso, a altura da banda: o excelente “Moment of Glory”, contando com a parceria da Orquestra Filarmônica de Berlim (BERLINER PHILHARMONIKER em alemão). O resultado foi um dos melhores discos da fusão rock/música clássica já produzidos. Com o austríaco Christian Kolonovits assumindo o posto de maestro, a tracklist contava com clássicos como “Big City Nights”, “Wind of Change”, “Still Loving You” e “Hurricane 2000”, entre outros. O disco também traz a participação de alguns vocalistas convidados: RAY WILSON (STILTSKIN, GENESIS) em “Big City Nights”; ZUCCHERO FORNACIARI (cantor italiano de rock, também conhecido simplesmente como ZUCCHERO, “Açúcar” na língua italiana) em “Send Me an Angel” e a bela LYN LIECHTY (atriz de teatro musical) em “Here in My Heart” (cover da cantora pop TIFFANY). Esse vale a pena ter!

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Após lançar três ótimos discos na década de 00 ("Unbreakable", "Humanity: Hour I" e "Sting in the Tail"), a banda decidiu que era a hora de parar. Infelizmente, nada que é bom dura para sempre, e quando se trata de bandas de rock não é diferente. A maravilhosa “The Best is Yet to Come” (última faixa do último disco) se tornou uma despedida emocionante e visceral, feita para ser cantada com lágrimas nos olhos. A propósito, será que a tradução desta última faixa (“o melhor ainda está por vir”) não seria uma pista para uma possível reunião, após alguns anos de descanso? Ou um presságio para o surgimento de uma nova banda, composta por filhos e/ou outros parentes de membros dos SCORPIONS, com o intuito de continuar o legado deixado por eles? Sonhar não custa nada.

Fonte desta matéria: Blog Rock Trucker

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