9 de fevereiro de 2011

Sammy Hagar: entrevista para a Guitar International


O ex-vocalista do Van Halen  e atual vocalista da CHICKENFOOT, SAMMY HAGAR concedeu entrevista para a revista Guitar International. Confira parte dessa entrevista traduzida por mim, aqui embaixo:
É tão difícil de acreditar que o prolífico guitarrista, compositor e cantor trabalha como profissional há quase 44 anos, começou a carreira gravando “Reach Out to Find Me” e “Ready My Thoughts” em 1967. Durante os anos seguintes, Sammy Hagar teve vários sucessos em carreira solo, participou da banda de rock Montrose e trabalhou por uma década com o Van Halen  durante o auge da banda. Por isso que mantêm ainda a exuberância e o entusiasmo pela música que muitas vezes é encontrada em artistas com metade de sua idade ou mais novos.
Hagar tem estado muito animado, nesses últimos tempos. Quando deixou o Van Halen, isto poderia ter sido uma desvantagem para a carreira, mas ele teve a oportunidade de reconstruir, em 2008, formou o super grupo CHICKENFOOT. A banda também conta com Chad Smith (Red Hot Chili Peappers), Michael Anthony (Van Halen) e o virtuoso guitarrista Joe Satriani. Atualmente estão trabalhando em seu segundo álbum, e de acordo com o cantor, as sessões de gravações estão muito à frente do cronograma e a química da banda é realmente boa, dando aos fãs a esperança que o álbum seja lançado ainda este ano.
Neste ano, o vocalista escreverá um livro que para ele é um novo hábito. O título será “Red: My Uncensored Life in Rock” (em português “Vermelho: Minha vida censurada no Rock”, sendo que "Red" é um apelido de Hagar), uma autobiografia co-escrita por Joel Selvin que relata a experiência do Sammy como um dos roqueiros mais famosos e bem sucedidos do mundo, tendo um olhar sobre sua vida e a música na perspectiva em que viveu. O livro será lançado nas livrarias em março, e como parte de seu lançamento, o cantor vai embarcar em uma turnê, incluindo uma parada para Canadian Music Week em Toronto no qual ele será um dos destaques do evento.
Com tudo isso que está acontecendo, é difícil de imaginar que o cantor não se aposente tão cedo ao contrário de muitas pessoas de sua faixa etária. Hagar compõe novas canções, está gravando novo disco e continua sendo tão criativo, tudo isso com o entusiasmo palpável de que não podemos deixar abatidos quando escutamos seus novos empreendimentos.
Guitar International: Vocês estão gravando o álbum do Chinckenfoot há uma semana, como conseguiram ir tão longe?
Sammy Hagar: Começamos no último sábado - faz uma semana hoje. Sete dias e você não vai acreditar, mas gravamos onze músicas. Não costumamos escrever uma música, depois a ensaiar e gravar. Nós escrevemos no estúdio na hora, Joe [Satriani] dá algumas ideias que são realmente boas e não são vagas. Ele lhe presenteia uma introdução, um verso, um refrão, uma ponte, um solo e um fim.
Eu sinto que as músicas estão melodicamente no meu repertório de blues. [Risos] Então, meu trabalho é vir para cima com um título antes de terminar o ensaio. Por último, mas não menos importante, eu saio e escrevo as letras. Acredite ou não, eu já escrevi cinco canções para o novo disco. Em seguida, gravamos boas músicas e continuamos com o processo. Eu não consigo acreditar o quão rápido as coisas estão indo nas gravações. É incrível.
Guitar International: Parece que vocês estão voando no processo de gravação. Será que vão bater com a data de lançamento, já que as coisas estão se movendo rapidamente?
Sammy Hagar: Nós estamos voando com ele, mas não acho que teremos problemas quando for lançado. E não acho que vamos lançá-lo perto do final do ano. Está acontecendo rápido por conta própria, mas tivemos que meter o Chad [Smith] para este período de cinco semanas que temos para ser feito [o disco]. Estimava que nessas cinco semanas conseguisse escrever apenas 12 ou 13 canções e estabelecer as gravações de bateria. Então o Chade poderia ir embora e Joe, Michael e eu poderíamos terminar as gravações. Esse era o plano, mas estamos muito além disso.
É muito porra louca a química da nossa banda. Estamos neste momento empurrando-nos em fazer alguma coisa musicalmente e sabemos da nossa capacidade em fazê-las, mas ainda não tocamos. E continuo dizendo a Joe [Satriani]: ”Que ideia você deseja para mim. Como você gostaria de me ouvir cantar? Escreva uma música como essa e eu vou me esticar e fazer a minha voz trabalhar de forma lírica”. Fizemos isso em um curto espaço de tempo, e parece que a banda só vem fácil. Há uma química muito especial.
Guitar International: Falando em química, vocês gravarão por cinco semanas por causa do Chad com o Chili Peappers. Houve rumores que você pode encontrar um substituto para o Chad, para que a banda possa entrar em turnê, mas qual é sua posição sobre isso?Você procura um baterista para turnê ou esperará Chad ficar livre para poder ir para estrada juntos?
Sammy Hagar: É difícil dizer. Eu não estou pronto para me comprometer a dizer uma coisa dessas. Se fosse do meu jeito, Chad seria o baterista da banda e não haveria outro. Mas, ao mesmo tempo, é o que fizemos para este CD, nós conversamos por oito meses para entrar em estúdio. Poderíamos fazer um registro a qualquer momento porque eu tenho um estúdio próprio, mas esperamos o Chad. Os promotores estão tentando reservar a gente para este verão para poder tocar na Europa e alguns cantos dos Estados Unidos, mas decidimos dizer não.
Nós não vamos fazer show até que a gravação estiver pronta. Vamos lançar este disco e ver o que acontece. Se a resposta for à mesma da última vez, provavelmente vamos tocar fora. Se conseguirmos um baterista substituto, teremos o pior filho da puta e teremos que sair com ele e talvez, Chad pode fazer isso de novo [arranjar baterista substituto].
Chad é o baterista da Chinckenfoot. Não faríamos uma mudança dizendo “Este é o novo baterista”. Seria a mesma coisa em dizer, “Aqui está o baterista que vai preencher o espaço de Chad até quando ele possa voltar”. Esse é o jeito que tem que ser para mim, Chad como baterista da Chinckenfoot, por causa da química.
Para conferir mais a entrevista do Sammy Hagar para a Guitar International é só conferir em inglês no site da revista:
Fonte desta matéria (em inglês): Guitar International

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