25 de janeiro de 2011

Stratovarius: "é um choque saber que seu amigo tem câncer"


O último álbum da veterana banda de power/melodic metal STRATOVARIUS se chama "Elysium". Depois de lutar contra o câncer e ter que cancelar alguns shows, o baterista Jorg Michael está retornando ao grupo. O baixista Lauri Porra conversou com Chad Bowar, do site About.com, e falou sobre o novo CD, planos de turnês, histórias da estrada, saúde de Jorg e muito mais.
Chad: Como está a saúde de Jorg?
Lauri: Jorg está surpreendentemente bem agora e está conosco de novo na estrada. Ele fez uma cirurgia em setembro e um pouco mais de tratamento e parece que ele se recuperou muito bem.
Chad: Obviamente seu tratamento contra o câncer afetou a banda em nível prático com a turnê, mas como isso afetou vocês de um ponto de vista pessoal?
Lauri: É claro que é um choque saber que seu amigo e colega de banda tem câncer. Felizmente, este tipo de câncer de tireóide é um dos tipos menos perigosos e letais de câncer. Também fiquei surpreso como muitos avanços que o mundo médico tem feito no tratamento desta doença difícil.
Chad: Fale sobre o mais recente álbum "Elysium".
Lauri: É um ótimo sucessor para "Polaris". Eu acho que nós demos sequência no caminho que começamos com "Polaris" e ficou ainda melhor trabalhando em conjunto como uma unidade. Além disso, nosso guitarrista Matias Kupiainen está agora totalmente integrado à banda e nós demos a ele muito mais espaço, tanto na reprodução como na composição das músicas. É um álbum ambicioso e um pouco mais progressivo para nós e esperamos que seja também uma parte de uma nova era de ouro para a banda.
Chad: O seu processo de composição e gravação foi diferente do habitual?
Lauri: Não muito diferente de "Polaris". Todo mundo primeiro escreve suas músicas e depois juntos vemos como podemos tornar o melhor álbum possível do STRATOVARIUS.
Chad: considerando que este foi o segundo álbum de Matias com a banda, a química agora foi melhor?
Lauri: Sim, definitivamente. Nós agora estamos mais experientes em trabalhar em conjunto e temos mais confiança para dar a Matias mais espaço para criar e expressar sua música.
Chad: Que temas foram usados nas letras de "Elysium"?
Lauri: Eu acho que está na veia tradicional do Stratovarius. Alguns temas obscuros, mas há sempre uma luz no fim do túnel, se você sabe como chegar até ela.
Chad: Quais são suas expectativas para o álbum?
Lauri: Eu espero que possamos alcançar os nossos fãs e conseguir alguns novos com este álbum. E eu espero que as pessoas o escutem sem preconceitos para deixar a música falar por si só.
Chad: Você está satisfeito com a promoção e distribuição de seus álbuns na América do Norte?
Lauri: Pelo que ouvi, a Eagle Rock está fazendo um grande trabalho para nós. A América do Norte é um mercado muito difícil para o metal melódico europeu. Espero que possamos fazer mais shows por lá e sermos capazes de apresentar a nossa música a um público mais amplo.
Chad: Quais são os seus planos de turnê?
Lauri: Nós terminaremos a turnê européia atual com o HELLOWEEN e depois iremos para o Japão, China, Coréia e Taiwan. Depois disso, provavelmente vamos fazer uma turnê na América do Sul e esperamos tocar em alguns festivais no verão. Depois disso, não sei ainda, esperamos tocar na América do Norte, em algum momento.
Chad: Qual foi o maior público para o qual vocês já tocaram?
Lauri: Provavelmente foi no festival Wacken Open Air. Acredito que tinha cerca de 70.000 pessoas.
Chad: Vocês já fizeram algum show onde tudo pareceu dar errado?
Lauri: De vez em quando algo dá errado. Equipamentos se quebram, músicos ficam doentes, etc, mas nós tentamos lutar contra os problemas e continuar a fazer o melhor show que podemos, sob qualquer circunstância. O cancelamento de um show é algo que tentamos evitar a todo custo.
Chad: Qual é a coisa mais louca que já aconteceu com vocês na estrada?
Lauri: Algumas coisas loucas acontecem de vez em quando. A América Central é sempre uma loucura. Em países como El Salvador e Venezuela, você nunca sabe o que pode acontecer. Uma vez alguém começou a atirar em El Salvador, pouco antes de subirmos ao palco. Eu acho que felizmente ninguém se machucou. Talvez seja apenas a forma como eles se divertem. Eu não sei.
Chad: Qual é a coisa mais estranha que você já foi pedido para autografar?
Lauri: Uma vez autografei o passaporte de uma pessoa. As partes de corpos femininos são sempre meus preferidos!
Chad: Qual o país tem a melhor comida, tanto nos locais onde vocês passam como em restaurantes locais?
Lauri: Em alguns locais a comida é boa. Z7 em Pratteln, Transbordeus em Lyon, Rockstar em Bilbao. Eu sempre gosto de encontrar bons restaurantes e experimentar a culinária local. O Oriente é sempre meu local favorito. Por exemplo, na China, você pode conseguir comida incrível. No México também. Nos Estados Unidos eu gosto de ir para os restaurantes tradicionais e comer um hambúrguer bem gordo.
Chad: O que você gosta de fazer quando não está fazendo música?
Lauri: Eu gasto a maior parte do meu tempo em música. Eu também coleciono instrumentos exóticos. Além da música, eu gosto de caminhar pela natureza, turismo, mergulho e jogos de tabuleiro.
Chad: O que está tocando agora no seu CD/MP3 player?
Lauri: Quando estou em turnê eu tento escutar música local. Hoje, como estou na Itália, estou ouvindo música italiana, como Ennio Morricone e Lucio Battisti.
Chad: Fale qualquer coisa que você gostaria de mencionar ou promover.
Lauri: Depois de ouvir o álbum "Elysium" e todo o resto do catálogo do STRATOVARIUS, por que não dar uma escutada nos meus álbuns solo "Lauri Porra" e "All Children Have Superpowers"?
Fonte desta matéria (em inglês): About.com

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