25 de janeiro de 2011

Blaze Bayley (Blackmore Rock Bar, SP, 21/01/2011)

Em uma noite de muita energia e reencontro com os fãs paulistanos, Blaze fez uma apresentação de mestre, demostrando um show de carisma e dedicação aos fãs. Além disso, mostrou também, por diversas vezes, sua aversão pelas grandes gravadoras que roubam o dinheiro dos artistas e dos fãs, segundo o próprio Blaze.


Com aproximadamente duas horas de atraso, a banda de abertura THE SEVENTH SEAL sobe ao palco e toca músicas de seus dois álbuns “Premonition” e “Days of Insanity”, totalizando seis músicas. O show foi marcado por diversos problemas com as guitarras, apesar de mostrarem boa qualidade musical. Para se ter uma ideia, os problemas com as guitarras fizeram com que um dos guitarristas ficasse apenas no backing vocal e o air-guitar nas duas últimas músicas. A banda se desculpou, o público gostou e aplaudiu a apresentação dos caras.
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As cortinas do palco se abrem para o momento tão esperado da noite, Messiah e sua banda finalmente surgem e logo depois da introdução veio a primeira música, “Blackmailer”. O som da casa não estava perfeito, é verdade, mas nada poderia ser capaz de impedir que aquela fosse uma grande noite para todos. Em seguida, vieram as ótimas “Smile Back at Death”, “Faceless” (que deixou clara a grande capacidade e versatilidade do novo baterista, Claudio Tirincanti) e “Waiting For My Life to Begin”, cantadas com todo ardos pulmões do público, que já estava em delírio. É bom ressaltar também a ótima banda de apoio de Blaze, o colombiano David Bermudez (baixo) se mostrava tão empolgado quanto o público!
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À toque de caixa, começa a ótima e pesada “City of Bones” e, na sequência, “Voices From The Past”, ambas mostrando que mesmo com o cansaço da turnê, a voz de Blaze estava melhor do que nunca.
Uma pequena pausa para Blaze discursar sobre a importância dos fãs para que a gravação do álbum “Promise and Terror” fosse possível, já que, na época, Blaze chegou a afirmar que não tinha dinheiro para produzi-lo, sendo custeado com dinheiro dos fãs. Em seguida, o primeiro momento alto do show ficou com a música “Surrounded by Sadness”, cantada com emoção por Blaze, que fazia questão de cumprimentar todos em frente do palco. A música teve um resultado surpreendente ao vivo, junto com as três seguintes: “The Trace of Things That Have No Words”, “Letting Go of the World” e “Comfortable in Darkness”, que deram sequência à esta parte da apresentação e às interpretações quase teatrais do Messiah.
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Mais uma parada para um discurso inflamado do Messiah sobre o futuro. Nesse momento, ele anunciou, é claro, “Futureal”, que levou a casa abaixo! Nessa hora, era evidente a satisfação no semblante do Messiah, que tinha o público na mão, algo que ele sabe fazer muito bem. Sem parar, começa a “Launch” que, em certos momentos, soa como em seus tempos de Iron Maiden. Esta parte do show ainda contou com “Blood and Belief” e o público guardando energias para o que ainda viria.
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Mesmo com o discurso padrão, Blaze demonstrou muita emoção e gratidão e disse bem pausadamente: “Nós somos livres, não precisamos de EMI, não precisamos de BMG, não precisamos de Warner, não precisamos de empresários. Precisamos de vocês!” Ainda agradecendo todos os presentes e falando sobre liberdade, emendou o discurso com o anúncio da “The Clansman”, que foi cantada em uníssono por todos. Muitas palmas e um “ôlê, Olê, oLê, Blaze, Blaze!” para o Messiah!
Mais de uma hora de show já havia passado e outra sequência matadora de músicas por vir: a ótima “The Brave”; “Watching the Night Sky”, música que exige o máximo de performance vocal de Blaze, e naquele momento do público também; “Madness and Sorrow”, com muito bate-cabeça e a visível aprovação de Blaze; “The Man Would Not Die”, mostrando o grande entrosamento entre os guitarristas Jay e Nicolas - neste momento o Messiah já estava com o cabo do microfone enrolado no pescoço; “Robot”, que além de rápida e furiosa como um grito de revolução, tem muita emoção na letra e interpretação de Blaze; “Samurai”, que seguiu matadora até o fim; e por último “The Tenth Dimension”, uma das surpresas do show em São Paulo!
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Quando tudo parecia chegar ao seu fim, o público ansiava por mais, muito mais, e assim foi! As primeiras notas de “The Sign of the Cross”, uma surpresa para todos, um show a parte, esta música não havia sido tocada nesta parte da tour, com Blaze gravando a frenesia do público em vídeo. Para terminar a noite, “Man On The Edge” foi mais uma música da época de Blaze no Iron Maiden, que, no fim das contas, deu um resultado mais do que positivo para o espetáculo. Só restou a Blaze sentar na ponta do palco, dar autógrafos e cumprimentar todos os que ali passavam.
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Set list do show em São Paulo:
1 – Blackmailer
2 – Smile Back and Death
3 – Faceless
4 – Waiting for My Life to Begin
5 – City of Bones
6 – Voices from the Past
7 – Surrounded by Sadness
8 – The Trace of Things That Have No Words
9 – Letting Go of the World
10 – Confortable in Darkness
11 – Futureal (Iron Maiden cover)
12 – The Launch
13 – Blood and Belief
14 – The Clansman (Iron Maiden cover)
15 – The Brave
16 – Watching the Night Sky
17 – Madness and Sorrow
18 – The Man Who Would Not Die
19 – Robot
20 – Samurai
21 – 10th Dimension
22 – Sign of the Cross (Iron Maiden cover)
23 – Man on the Edge (Iron Maiden cover)

Agradecemos a Web Rádio Metal Militia, por nos dar a oportunidade de cobrir o show.
Fotos: Bruno Bergamini
Fonte desta matéria: A Ilha do Metal

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