19 de janeiro de 2011

A História do Burzum: Parte V - Satanismo

Quando pessoas na Noruega ouvem meu nome, normalmente pensam em satanismo e incêndios de igrejas. A imprensa teve bastante sucesso ao fazer o que os judeus e cristãos têm feito rotineiramente desde o início da Idade Média e convenceram todos de que o dissidente perseguido em questão (neste caso eu) é um louco e perigoso adorador do diabo.

Eu poderia argumentar que nunca fui um adorador do diabo, mas penso que é melhor simplesmente provar que a adoração do diabo é produto da imaginação dos judeus e cristãos. Quando você sabe que nunca houve qualquer forma de adoração do diabo na Europa, então você também deve entender que nunca houve adoradores do diabo. Quando você sabe disso, fica claro que também não há a possibilidade de eu ser um adorador do diabo.
Uma escritora inglesa, Margareth Murray, publicou um livro em 1921 chamado "The Witch-Cult In Western Europe" [N.: “O Culto das Bruxas na Europa Ocidental”]. Ela afirmou que a adoração do diabo na verdade não era, de forma alguma, adoração do diabo, mas um culto pagão e, embora criticado, seu livro tem sido usado por bruxas fajutas (especialmente no Reino Unido) numa tentativa feminista de reviver o culto das bruxas. Mesmo que seu livro seja inútil como fonte, em um ponto ela tem razão. Os adoradores do diabo eram na verdade pagãos praticando sua antiga religião. O conceito de “adoração do diabo” como o conhecemos foi criado pelos cristãos na Idade Média, principalmente por pessoas como os autores do livro "Malleus Maleficarum" ("O Martelo das Bruxas"), Jakob Sprengler e Heinrich Kramer, sendo ambos padres católicos e um deles sendo um judeu messiânico.
Da mesma forma que não sabemos exatamente o que significa “pagão”, ninguém sabe exatamente por que eles chamaram essas pessoas em particular de “bruxas” – ou Hexen (alemão) ou hekser (norueguês). Mas o que sabemos é que esse também é um termo judaico-cristão e que nunca foi usado pelos pagãos. O Sabbath é um dia santo judaico e não tem relação alguma com nossa cultura européia.
Esse é o problema aqui: tudo o que as pessoas sabem sobre esse culto é o que os desprezíveis judeus e cristãos nos contaram. Eles demonizaram tanto esse culto que pensamos no tão falado "Black Sabbath" como alguma cena maluca ou nojenta, com as “bruxas malignas” indo para Blokkbeg ou alguma outra montanha para adorar Satã. De acordo com os judeus e cristãos, elas faziam isso na sexta-feira 13 para zombar de Jesus Cristo, porque havia 13 pessoas presentes na Última Ceia; o próprio Satã era um demônio, com chifres na testa, que mancava porque tinha pés de cabra ou cavalo; “bruxas” eram acusadas de sacrificar crianças pro demônio e fazer sexo com ele. Por causa disso, os cristãos enforcaram e queimaram as “bruxas”, ou as executaram de outras maneiras e, até o século XVIII, assassinaram centenas de milhares de “bruxas” e outras pessoas de quem não gostavam na Europa.
Ao invés de expressar o que penso sobre tudo isso, direi a Você o que esse culto e, em particular, o mistério da Sexta-Feira 13, realmente significavam. Isso poderá surpreender muita gente, mas sabemos perfeitamente bem o que esses rituais significavam, por que eram praticados e até mesmo quem os praticava. Naturalmente, eu não posso descrever todos os mistérios de uma antiga religião em um artigo como este, mas espero poder dar a Você uma breve e abrangente explicação sobre o mais demonizado de todos os mistérios, o conhecido "Black Sabbath", que originalmente era um festival da fertilidade, celebrado na Sexta-Feira 13 de cada mês do calendário antigo (que consistia do Dia do Ano Novo e de 13 meses, cada um formado exatamente por 4 semanas).
Genealogia dos deuses nórdicos
Genealogia dos deuses nórdicos
As quatro fases da vida são: reencarnação, nascimento, vida e morte; noite, manhã, dia e entardecer; inverno, primavera, verão e outono, et cetera. As semanas em cada mês também são divididas em quatro fases: a primeira semana é a da reencarnação, a segunda é a do nascimento, a terceira é a da vida e a quarta é a da morte. Cada dia da semana também tem um significado especial: domingo é o dia das divindades solares, segunda-feira é o dia das divindades lunares, terça-feira é o dia das divindades celestes, quarta-feira é o dia das divindades da magia, quinta-feira é o dia das divindades da agricultura, sexta-feira é o dia das divindades do amor e da fertilidade, e o sábado é o dia das divindades da reflexão (isto é, o dia no qual as pessoas analisavam os eventos da semana, antes que a semana seguinte começasse). A primeira sexta-feira de cada mês no calendário antigo é sempre dia 6, a segunda é sempre dia 13, a terceira é sempre dia 20 e a quarta é sempre dia 27. Portanto a segunda sexta-feira de cada mês, Sexta-Feira 13, é um dia especial dedicado ao amor, à fertilidade e ao nascimento. Em outras palavras, é o dia mais importante do ano em relação à fertilidade humana. É isso o que as “bruxas” celebravam nesse dia e isso, naturalmente, não possui relação alguma com Jesus ou com o número de pessoas presentes na última ceia. A crença judaico-cristã e seus símbolos não possuem relação alguma com essa antiga celebração!O dia santo conhecido como Walpurgisnacht (alemão), Valborgsnatt (norueguês), Beltane (gaélico), et cetera, é a Sexta-Feira 13 do sétimo mês do ano, quando o inverno (e seus seis meses) se encontra e se casa com o verão (e seus seis meses) no meio do antigo calendário de 13 meses, isto é, no sétimo mês. De acordo com os cristãos, essa é a noite na qual as “bruxas” vão às montanhas para copular com “Satã”. Essa noite é, portanto, chamada de “a noite das bruxas” mas era, originalmente, o dia tradicional para casamentos na era Pagã. Esse era o dia no qual pessoas se casavam na Terra, da mesma maneira em que os deuses (como Njörðr) e as deusas (como Skaði) se casavam no Céu e nós, portanto, chamamos essa noite de Lua de Mel – a noite na qual os deuses se uniam às deusas no céu. (Nota: Mel é um símbolo dos æsir e ásynjur [respectivamente, os nomes escandinavos dos deuses e das deusas].) Além disso, a maior parte das pessoas sabe que é perfeitamente normal que pessoas casadas copulem na noite em que se casam, então não há nenhum problema nisso.
Freyr
Freyr

Valkiria
Valkiria
Dizem que as freiras católicas casam-se com sua divindade e essa prática tem suas origens nos cultos Pagãos, nos quais as sacerdotisas Pagãs casavam-se com sua divindade. A grande diferença era que a divindade Pagã era representada na Terra por um sacerdote Pagão. As sacerdotisas pagãs podiam, em outras palavras, dar à luz crianças e ser realmente úteis aos seus semelhantes e à sua comunidade, diferentemente das freiras Católicas, que rejeitam a vida quando se recusam a ter filhos. Para se tornar um sacerdote Pagão, a pessoa precisava ser escolhida pelas sacerdotisas (que na Escandinávia eram freqüentemente chamadas de valkyries ["as que definem os escolhidos"]) para ser seu sacerdote Freyr e, para isso, elas organizavam diferentes tipos de competições para escolher o homem mais bem preparado para essa tarefa. Os mais conhecidos desses eventos são, obviamente, os Jogos Olímpicos da Grécia, que eram originalmente um “mercado de carne” para virgens (mulheres solteiras), que exigiam que os homens competissem entre si despidos (nus) para que elas pudessem ver todas as qualidades físicas deles antes de decidir com quem iriam casar. Não havia sentido na participação de mulheres nesses jogos, pois serviam principalmente para que as mulheres encontrassem o melhor homem, ou o homem de quem mais gostaram. Os jogos eram organizados a cada quatro anos, duas vezes para cada pentagrama perfeito (o símbolo do amor) formado no céu pelo planeta (que conhecemos como) Vênus (que na antiga Escandinávia era conhecido como Freyja). Outras competições semelhantes eram organizadas por toda a Europa e sua finalidade era a mesma: separar os fracos dos fortes.Os vencedores das várias competições eram considerados os melhores homens e recebiam, dos vários grupos de mulheres ("conciliábulos" ou “assembléias de bruxas”), a função de sacerdotes Freyr. Devido a isso, nós aqui na Noruega ainda chamamos os casamentos de bryllup, que deriva do Norueguês antigo bruðhlaup, que se traduz como "corrida das noivas" – e devo acrescentar que "bride" [N.: em inglês, “noiva”] é, na Noruega, também o título do noivo (isto é, "bride-groom" [N.: em inglês, “noivo”] ["bride" significa "o(a) prometido(a)", "groom" significa "homem"]). Mas ele também precisava ser um sacerdote Freyr, e tinha que passar por vários rituais de iniciação, que não discutirei aqui, para provar também sua força espiritual (porque possuir força física não era motivo suficiente para ser escolhido pelas sacerdotisas). Ele também tinha que participar da batalha espiritual que conhecemos como Ragnarök, que acontecia a cada ano no 7º dos 13 dias do Yule – quando as forças de Hel encontram as forças de Ásgarðr (Paraíso) no campo de batalha (e, por isso, ainda celebramos esse dia, atualmente com fogos de artifício, como se fosse uma guerra simbólica, durante o que seria a Véspera de Ano Novo no calendário Juliano [N.: Usamos atualmente o calendário Gregoriano]).
 Vidar matando Fenrir
Vidar matando Fenrir
Nessa batalha, os iniciados tinham que, assim como o deus Víðarr, matar o lobo Fenrir e, como sabemos, isso era feito colocando-se um pé na mandíbula inferior do lobo, agarrando-se a mandíbula superior e arrebentando a boca do lobo. Víðarr tinha um sapato especial para isso, a fim de proteger seu pé dos dentes e do fogo da boca de Fenrir. Então quando os sacerdotes faziam isso – todos os anos – eles, naturalmente, machucavam seus pés e freqüentemente começavam a mancar ou mancavam porque usavam esse sapato especial. Em outras palavras, o sacerdote Freyr que fazia sexo com a sacerdotisa Freyja na Sexta-Feira 13 não tinha pé de cabra, cavalo ou coisa parecida: ele era simplesmente um sacerdote Freyr manco ou que usava um sapato especial em um dos pés, fazendo com que mancasse!As sacerdotisas Freyja não se casavam simplesmente com um homem mas, como eu disse, casavam-se com um homem que representava o deus Freyr. Sabemos perfeitamente bem que os Pagãos gregos representavam e personificavam seus deuses colocando máscaras, nas várias peças de teatro e mistérios, mas isso também era feito no resto da Europa. Quando eles colocavam uma máscara que representava uma divindade, eles transformavam-se e tornavam-se tal divindade. Conhecemos Freyr de fontes Gaélicas como Cernunnos, chamado de "deus com chifres", e entalhes em pedras na Escandinávia retratavam essa divindade como um homem com chifres de cervo. Ao contrário da crença popular, os guerreiros escandinavos (como os vikings) nunca usavam capacetes com chifres, mas os sacerdotes Freyr usavam, ou usavam máscaras com chifres e, portanto, o “Satã” que fazia sexo com as sacerdotisas Freyja na Sexta-Feira 13 é descrito pelos judeus e cristãos como um “demônio com chifres”.
As sacerdotisas Freyja também representavam uma divindade e, portanto, tinham títulos especiais. Uma sacerdotisa chamada (por exemplo) Helga receberia o nome (em alemão) de Frau Helga ou (em norueguês) Fru Helga, porque Frau/Fru (isto é, "Sra", "madame") é uma abreviação do nome Freyja (Fraujō em língua germânica antiga). Quando se casava com (um sacerdote) Freyr ela já não era mais apenas Helga, mas sim Freyja-Helga, e passava a representar a deusa Freyja na Terra. Hoje em dia Frau/Fru significa simplesmente “esposa” ou “mulher casada”, mas o uso bastante disseminado desses títulos dá testemunho da abrangência desse culto Pagão no passado.
O fato de que as “bruxas” beijavam a masculinidade do sacerdote Freyr, nesse mistério que estou discutindo, é explicado pela necessidade de mostrar submissão perante seu deus – assim como os católicos hoje em dia beijam o anel do papa quando se aproximam dele (pela mesma razão). A acusação feita pelos judeus e cristãos de que havia sacrifícios de crianças é explicada pelo fato de que as sacerdotisas Freyja queriam somente crianças saudáveis e, portanto, eliminavam as crianças com sérias deficiências colocando-as na floresta para serem comidas por lobos, ou algo semelhante. Elas basicamente faziam o que a maioria das mulheres grávidas faz hoje em dia quando – se elas descobrem que há algo de errado com sua criança ainda não nascida – (normalmente) fazem um aborto. Para um Pagão, e para todos os outros seres humanos de mente sã e corpo são, qualidade é o que realmente importa.
Portanto, as assembléias de “bruxas” fazendo sexo com “Satã” eram cultos de amor e fertilidade. Tratava-se de um culto elitista, porque somente os melhores homens eram aceitos como sacerdotes e, portanto, o melhor sangue das várias tribos era cultivado, diferentemente do que se faz hoje em dia. Esses cultos raramente eram grandes e havia, naturalmente, muitos desses sacerdotes Freyr por toda a Escandinávia e também pelo resto da Europa. Eles eram provavelmente conhecidos como (sacerdotes) Cernunnos em áreas nas quais se falava gaélico, Veles nas áreas eslavas, Potrimpos nas áreas dos países bálticos, como Dionysus nas áreas gregas, como Bacchus nas áreas romanas, et cetera.
Embora esses cultos pagãos aparentemente tenham deixado de existir no sul da Europa desde a Antiguidade, eles sobreviveram no norte da Europa até o século XVIII, e mesmo até o século XIX, e é por esse motivo que pessoas como eu1 sabem tanto a esse respeito. Nós não somos enganados pelas mentiras dos judeus e cristãos porque sabemos a verdade!
Portanto, aquilo que os judeus e cristãos chamam de “Satanismo” ou “adoração do diabo” é, na realidade, nossa própria religião Européia! Meu interesse no assunto deve ser analisado sob essa óptica. Além disso, meu desejo adolescente de usar brevemente o termo “Satanista” para descrever a mim mesmo também deve ser visto sob essa óptica. Mas eu nunca fui um “Satanista”, da mesma forma que nossos antepassados também nunca foram “Satanistas”. Eu sou e sempre fui um Pagão. “Satanismo” ou “adoração do diabo”, da maneira como os judeus e cristãos descreveram, simplesmente nunca existiu. A crença na existência do “Satanismo” ou “adoração do diabo” é apenas ignorância e também um resultado da campanha de mentiras. As “bruxas” foram assassinadas pela igreja não porque elas adoravam “Satã” ou qualquer outra divindade ficcional de origem hebraica, mas porque elas continuaram praticando nossa religião Européia, contra a vontade dos judeus e cristãos. A única razão pela qual eles pararam de assassinar esses nobres homens e mulheres é o fato de que eles ficaram sem pessoas para queimar, ou falharam em encontrar outras. Isso também explica por que tantas “bruxas” foram assassinadas no norte da Europa e na Alemanha, em comparação ao número de pessoas assassinadas no sul da Europa. O sul da Europa foi, em termos gerais, cristianizado quinhentos ou até mesmo mil anos antes que o norte da Europa e a Alemanha o fossem e, naturalmente, havia muito mais Pagãos nas partes da Europa que foram cristianizadas depois. Mais mulheres do que homens foram assassinados simplesmente porque havia mais sacerdotisas do que sacerdotes. Cada assembléia tinha apenas um homem mas, frequentemente, várias mulheres – desde algumas até dezesseis.
Não sei muita coisa sobre a perseguição aos Pagãos na Europa, mas sei que, da mesma forma que no norte europeu, o Paganismo permaneceu forte no leste europeu por muito tempo, e os últimos grupos de poetas (que consistiam frequentemente de pessoas “aleijadas” [como homens que mancam...]) não pararam de espalhar sua cultura na Rússia até a revolução Bolchevique de 1917. Eles viajavam, muitas vezes como mendigos, contando histórias para as pessoas, fazendo profecias ou cantando em troca de comida e abrigo. Muitas das tradicionais músicas festivas ainda usadas na Rússia são essas músicas (!).
Na Noruega, a música de uma poetisa foi registrada no século XVII ou XVIII. Uma senhora que viajava pela região de Telemark chegou a uma fazenda e se ofereceu para cantar uma música em troca de comida e abrigo, como era de costume. Ela cantou os 52 versos de uma canção chamada Draumkvædet ("a canção dos sonhos"). A canção descrevia em detalhes como um iniciado, Olav Åsteson (Olav, "o filho do amor"), viajou pelo mundo espiritual nos 13 dias de Yule e encontrou as divindades no Paraíso. A canção é um pouco cristianizada, algo que os bardos precisavam fazer na era judaico-cristã a fim de não serem perseguidos ou mesmo assassinados pela igreja, mas ainda é bem interessante e expressiva. A velha mulher foi uma das últimas trovadoras conhecidas da Noruega.
O Paganismo não está morto e, portanto, nem mesmo precisamos reconstruí-lo. Ele nunca morreu de verdade. Ele sobreviveu no submundo, na Noruega e em outras partes de Europa. Da mesma forma que o Sol nasce no leste a cada manhã, o Paganismo nascerá novamente. A luz Européia inevitavelmente banirá a escuridão asiática que conhecemos como Judaico-Cristandade, e os puros entre nós encontrarão as runas (isto é, os segredos) de Óðinn – mas somente se eles escolherem caminhar por entre os velhos caminhos de nossos antepassados.
Notas:
1 Como curiosidade, devo acrescentar que o sobrenome de minha tetravó era Quisling (ás vezes grafado como Qisling ou Qvisling), que deriva do norueguês antigo Kvíslingr e traduz-se como "ramo de Ingr". Ingr (proto-norueguês InguR, germânico Inguz) é uma forma do nome de Freyr (e tanto "Freyr" e "Ingr" são traduzidos como "amor", mas também significam "senhor" e "chefe"). Naturalmente, eu não descendo do deus Freyr, mas de um sacerdote que personificava o deus Freyr. (A propósito, o nome completo de minha tetravó era Susanne Malene Qisling. Ela era da região de Telemark na Noruega, nasceu em 1811 e morreu em 1882).
Varg Vikernes
"Picketed and Pilloried"
(June 2005)
A verse from Draumkvædet:
Bikkja bit, og ormen sting,
og stuten stend og stangar –
de slepp ingjen ivi Gjallarbrui
som feller domane vrange.
For månen skin'e,
og vegjine falle so vie.
(The dog [Garmr] bites, and the worm [Jörmungandr] stings,
and the ox [Himinbrjótr] gores –
they don't let anybody who convicts wrongly
across the Gjallarbru [the bridge that leads to Hel].
Because the Moon shines
and the roads [to Hel] are so wide.)
(O cão [Garmr] morde, e o verme [Jörmungandr] pica,
E o boi [Himinbrjótr] perfura com seu chifre –
Eles não deixam passar alguém que tenha condenado injustamente
pela Gjallarbru [a ponte que leva a Hel].
Porque a Lua brilha
E as estradas [que levam a Hel] são muito largas).
PS. Quem souber norueguês (ou melhor, o rústico dialeto de Telemark') pode conseguir uma cópia da Draumkvædet em qualquer biblioteca decente e acho que valeria a pena para os falantes de russo que tiverem interesse no assunto ler livros como "Istoritjeskie korni velsjebnoj skazki" (Исторические корни волшебной сказки), de Vladimir Propp, publicado em Leningrado em 1946 ou talvez até mesmo "Poétika sjuzjeta i zjanra: period antitsjnoj literatury" (Поэтика сюжета и жанра: период античной литературы), de Olga Frejdenberg, publicado em Leningrado em 1936. Eu não li esses livros, então não tenho certeza se são realmente bons, mas podem ser. Os que falam alemão podem achar tais informações em "Die Geburt Der Tragödie Aus Dem Geiste Der Musik" (1872), de F. W. Nietzsche. E os que sabem inglês podem talvez ler "The Golden Bough" [“O Ramo de Ouro”], de James Frazer. Não espere encontrar algum conhecimento pagão secreto, mas não fique surpreso se Você encontrar algo interessante nesses livros. Se Você estiver apenas interessado em antigas religiões e cultura pagã, recomendo que leia meu próprio livro, "The Mysteries And Mythology Of Ancient Scandinavia" [“Os Mistérios e a Mitologia da Antiga Escandinávia”], quando (se?) for publicado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário