Andreas Kisser, guitarrista do SEPULTURA, escreveu em sua coluna no Yahoo! sobre as drogas na música. Confira alguns trechos abaixo.
Lendo a coluna desta semana do meu colega aqui do Yahoo! Walter Hupsel, sobre a política de combate às drogas, resolvi falar das referências e das influências que as drogas têm na música. Não são poucas e estão presentes em todos os estilos musicais, muitas vezes servindo como uma terapia para os frequentes problemas de alguns músicos com os seus vícios.
Acho que a mais famosa é a música dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”, que é uma alusão à sigla LSD (lysergic acid diethylamide – dietilamida do ácido lisérgico), uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas. Na época, a droga era uma novidade e foi muito usada pelos grandes nomes da música, principalmente pelos roqueiros. Sem ela, dificilmente o álbum “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, entre outros, seria possível. É claro que ninguém sabia muito dos efeitos devastadores que o LSD causa à saúde e muitas pessoas se perderam na loucura sem volta.
O Black Sabbath lançou em 1972 o álbum “Vol 4”, que para muitos fãs é o melhor do grupo. O disco conta com uma música chamada “Snowblind”, que é uma “homenagem” à cocaína - não tão explícita quanto a canção “Cocaine” de Eric Clapton, apesar de na própria letra Ozzy cantar a palavra para todos ouvirem. Na década de 70, a cocaína era a droga da vez. Todo mundo usava, desde os donos das grandes gravadoras, produtores de TV e rádio até os músicos e suas equipes. No Studio 54, famosa danceteria disco em Nova York no final da década de 70, o uso do “pó” era livre, até quase que obrigatório. Eram outros tempos e a ignorância sobre os danos causados pela droga ajudaram a destruir várias carreiras (desculpe o trocadilho). O Aerosmith que o diga, sumiu da cena por um bom tempo para se recuperar do vício. A música “Master of Puppets”, do Metallica, também é uma referência à escravidão dos viciados em cocaína, sendo controlados pela dependência à droga.
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