Mas antes deste momento, a noite de sexta-feira foi agitada por dois nomes nacionais do folk metal: o Barbarian Warriors in Search of Wisdom e o Iron Woods. A primeira entrou no palco com uma longa Intro e mostrou, além de todos seus apetrechos como espadas, escudos e machadinhas (tudo bem ao estilo guerreiro viking), um som extremo com características da música folk e que destaca também a cultura da antiguidade brasileira, não focando apenas na cultura celta, viking etc. O Barbarian foi criado em Campinas, está instalada em Belo Horizonte e tem hoje da formação original apenas Crom, vocalista e guitarrista e mais dois outros músicos convidados (no baixo e bateria).
Após encerramento deste primeiro show, era hora do Iron Woods de Taubaté se apresentar. Mas não pudemos ver muito da banda, devido ao pouco tempo destinado aos mesmos. Fato triste que foi muito lamentado pelos membros que queriam e tentaram mostrar mais de seu som ao público mineiro. Apenas cinco músicas compuseram o set do Iron Woods que também subiu ao palco com vários apetrechos remetendo aos guerreiros vikings, assim como o Barbarian. Apesar deste mal-estar, Holykran e os demais membros se disseram muito satisfeitos com a recepção do público mineiro e ao suporte que, principalmente, Crom, do Barbarian, deu a eles em BH.
O público foi parte importante neste primeiro ‘BH Folk Metal’ realizado. Mesmo que em pequeno número, era formado por pessoas muito fanáticas que prestigiaram e participaram ativamente dos shows das bandas escaladas – até triste ver um show tão vazio pela produção que foi armada. Além disso, Minas Gerais tem o maior expoente do gênero no Brasil: o Tuatha De Dannan. Por esses motivos, era esperado que mais admiradores da música folk metal e amantes do metal em geral comparecessem ao Music Hall. De qualquer forma, a empolgação dos ali presentes foi muito grande não só no show dos headliners, mas também nos shows do Barbarian Warriors e Iron Woods.
O ápice da noite estava por vir quando o show do Iron Woods foi encerrado às pressas, minutos após a virada da sexta (29) para o sábado (30). E, em cerca de 50 minutos, o Týr subiu ao palco esbanjando energia. Surpreendentemente, sem nenhuma “bugiganga” ou utensílios de guerreiros (armaduras, espadas ou escudos) para compor o palco, como podemos ver em fotos promocionais. O Týr tem em sua sonoridade características bem fortes da cultura viking mesmo sem utilizar instrumentos incomuns em bandas de metal, como flautas e nem mesmo abusa dos teclados. Essa ausência faz o som ser sempre um heavy metal bem tradicional, com uma pegada progressiva e um incremento a mais no som que a põe na categoria de folk metal, é, realmente, muito interessante.
A apresentação fez parte de uma turnê mundial para promoção do disco “The Lay of Thrym” (lançado em 2011) que tem datas em países como Alemanha, República Tcheca e França.
A abertura do show foi com a primeira faixa deste CD, a “Flames of the Free”. Porém, a montagem do setlist foi bem democrática e abrangeu praticamente toda a carreira do grupo.
Difícil eleger um ponto alto durante o show, pois o público agitou em todos os momentos e em todas as músicas. A mesma agitação e empolgação veio do palco, criando uma química muito forte entre banda e fãs. O frontman, Heri Joensen (guitarra e vocal) sempre simpático e o baixista (e bem maluco) Gunnar são mestres em presença de palco.
Se tentarmos, mesmo assim, definir qual foi o ponto alto da apresentação, pode-se dizer, sem medo, que foi o encerramento com duas do disco “By the Light of the Northern Star”, de 2009. “Hold the Heathen Hammer High” já é ‘um soco na cara’ no CD e funciona perfeitamente ao vivo. Já “By The Sword In My Hand” deu o arremate final nocauteando os fãs. Os quatro membros foram direto do palco para a pista, onde deram autógrafos e tiraram fotos com todos.
O Tyr, em seguida, partiu para São Paulo, onde se apresentou, no sábado, no Estúdio M e, no domingo em Curitiba, no Music Hall da capital paranaense.
O Týr é:
Heri Joensen (Vocalista e guitarrista)
Terji Skibenæs (Guitarrista)
Gunnar Thomsen (Baixista)
Kári Streymoy (Baterista)
O setlist deste show foi:
1. Flames Of The Free
2. Sinklars Vísa
3. Northern Gate
4. Intro
5. Wings Of Time
6. Ragnarok
7. Shadow Of The Swastika
8. Hall Of Freedom
9. The Rage Of The Skullgaffer
10. Tróndur í Gøtu
Solo de guitarras
11. Hail To The Hammer
12. Regin Smiður
13. Dreams
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14. Hold The Heathen Hammer High
15. By The Sword In My Hand
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