31 de julho de 2011

Rock em Análise: censura na "imprensa rocker"


Uma das coisas mais bacanas do rock 'n' roll é a sua capacidade de chocar o público com um poder de fogo que, na maioria dos casos, é digno de todos os tipos de censuras imagináveis. Tal 'atitude rocker', representada pelo selo de censura  "Parental Advisory" (indicador de "conteúdo explícito") chegou até ao ponto de ser utilizado de forma equivocada, seja por artistas de pop ou por bandas pseudo-roqueiras. Mas, deixemos as bandas de lado por ora...
Há quem diga que a liberdade de expressão é perigosa em alguns casos. Claro que isso não passa de uma grande bobagem, visto que o verdadeiro perigo se encontra no caráter da pessoa que a utiliza, algo que independe do direito que lhe foi concedido. Então, qual é o objetivo de tamanha censura  em cima dosroqueiros? Essa sim é uma pergunta pertinente e aberta a milhares de interpretações...
Curiosamente, representantes do próprio cenário 'rocker' chegaram ao ponto de cometer o ato hipócrita de censurar membros da "imprensa roqueira". A situação chega a ser lamentável, visto que os donos de determinados veículos voltados ao rock, parecem ter medo de retaliações daqueles roqueiros retardados que não aceitam absolutamente nenhuma opinião contrária à sua.
Surge então a inevitável pergunta: "Onde foi parar a atitude rock 'n' roll?". Se os próprios roqueiros tem medo da força devastadora do seu querido estilo, qual é o sentido em apreciar toda a sua ideologia original? Como já foi dito, o ato de trabalhar com o rock, nesse caso, não passa de um exercício de hipocrisia.
Escrevo estas mal traçadas linhas em nome de redatores - ou pseudo-redatores, como este que vos escreve - que defendem suas opiniões com sinceridade, e com bons argumentos, embora sejam censurados, sob a desculpa de que estão sendo desnecessariamente polêmicos e/ou ofensivos. Vamos lá, alguém realmente acredita nesse papo furado? O próprio rock precisa (sim, precisa!) ser ofensivo em alguns momentos! Acidez é o seu sobrenome...
De fato, uma das coisas mais construtivas no ato de ler - com atenção e mente aberta - um artigo crítico redigido por um conhecedor de rock, reside na capacidade que o texto possui, de nos dar um verdadeiro "tapa na cara" em relação aos equívocos musicais mais recorrentes entre a maioria das pessoas. E, se não concordamos com "porra nenhuma" que foi dito, teremos vontade de participar de discussões sobre o assunto, utilizando para tal o nosso ponto de vista e os nossos argumentos. Quer algo melhor do que isso?
Ainda acredito na recuperação da ideologia - e coragem - original do rock por parte da tal "mídia roqueira", e que esta não tenha medo dos ataques de seres que são inúteis como um trapo. Sem textos tão ácidos quanto aquelas controversas - e deliciosas - canções de rock, perdemos aqui uma das coisas mais bacanas e inteligentes do nosso querido universo musical.
Quanto à moral e os bons costumes, que ambos fiquem reservados para outras questões, sim?

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