28 de setembro de 2010

Tim Buckley








Timothy Charles Buckley (Tim Buckley) continua sendo um enigma mais de um quarto de século após a sua morte,em 1975. Um músico capaz de compor uma melodia inolvidável literalmente à mesa do café da manhã, capaz de esticar a voz dos graves mais soturnos aos agudos mais excruciantes (sem cair no falsete). Além disso, o que ele fez, em sua carreira discográfica de pouco mais de oito anos, foi "rock" mas foi "folk", "jazz" e "soul". Para aumentar o fascínio mórbido em torno do sobrenome Buckley, Tim ainda teve um filho músico, Jeff,também excelente musico (com uma voz maravilhosa e angelical) fruto indesejado de seu casamento com a pianista Mary Guibert, também morto estupidamente, afogado nas águas barrentas do Rio Mississippi em 1997, quando tinha 30 anos.

Informação geral
Nome completoTimothy Charles Buckley
Data de nascimento14 de Fevereiro de 1947Washington, DCEUA
OrigemWashington, DC
PaísEUA Flag of the United States.svg
Data de morte29 de Junho de 1975 (28 anos)Santa MonicaCalifórniaEUA
Gênerosfolk
rock experimental
jazz rock
rhythm and blues
soul Music
InstrumentosVoz - Guitarra
Período em atividade1965 - 1975
Gravadora(s)Elektra, Straight, DiscReet, Rhino

Tim Buckley tem sido alvo de interesse renovado conforme continua a desafiar os ouvintes com um "decifra-me ou te devoro" comparável aos de Nick Drake, cantor e compositor com quem guarda algumas notáveis semelhanças. Sendo a principal, à parte as mortes precoces, a capacidade de passar da ternura à raiva num verso.
Tim Buckley estreou em gravações em 1966, após ser visto pelo empresário de Frank Zappa durante uma apresentação em Los Angeles. O álbum, que levava seu nome refletia claramente uma influência do folk, em especial de Bob Dylan; sua voz chamava a atenção pelos agudos, que o aproximavam de um cantor de coral.
"Goodbye and Hello", do ano seguinte, é talvez seu trabalho mais conhecido, no qual o acompanhamento de banda é substituído por intrincados arranjos de cordas e metais, e as letras tornam-se mais ambiciosas.
Em seu terceiro álbum, o mais conceituado pela crítica, Tim flerta com o cool jazz de Miles Davis e abaixa seu tom de voz; esta aproximação com o jazz pontuaria também seus álbuns seguintes.
Um dos traços típicos dele era pular de estilo de LP para LP, o que intrigava seus fãs e enlouquecia qualquer gravadora. Assim, se no começo da carreira ("Wings", música de 1966) Buckley empostava a voz como um menestrel medieval, inclusive caprichando no sotaque inglês para soar mais convincente. No final ("Make It Right" de 1972) ele mandava ver em funks lúbricos, gemendo sacanagens S&M. Não era para ser o mesmo cantor mas era.
Sua obra-símbolo "Song to the siren" (Canto para a sereia), é um bom exemplo. É a tal melodia composta por Buckley à mesa do café, diante dos olhos de Beckett, em 1967. O letrista fora à casa do cantor apresentar um poema inspirado na "Odisséia", de Homero. O outro leu a letra, fez uma pausa, pegou o violão de 12 cordas e criou a música no ato, quase do modo como ela seria registrada no LP "Starsailor", de 1970. A primeira versão lançada em disco foi na voz de... Pat Boone. Um ano antes. O episódio está descrito no encarte do álbum. "Havia três ou quatro de nós em torno da mesa, completamente surpresos que algo tão lindo pudesse estar nascendo conosco ali", declarou Beckett a Barry Alfonso.
Seus últimos álbuns mostram uma reaproximação com o pop e passaram, como grande parte de sua carreira, despercebidos pela mídia.
Tim Buckley morreu em 29 de junho de 1975, vítima de uma overdose de heroina e morfina. Um grande cantor,letrista e violinista, que merece ser sempre lembrado. Sua música jamais será esquecida.

Discografia

  • Tim Buckley (1966)
  • Goodbye & Hello (1967)
  • Happy/Sad (1969)
  • Blue Afternoon (1970)
  • Lorca (1970)
  • Starsailor (1970)
  • Greetings From LA (1972)
  • Sefronia (1973)
  • Look At The Fool (1974)
  • Dream Letter (live) (1991)

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