25 de março de 2010

Discos Marcantes de Jean Michel Jarre





Jean Michel Jarre - Oxygène (1977)

Origem: França
Produtor: Jean Michel Jarre
Formação Principal no Disco: Jean Michel Jarre
Estilo: Eletronic Music
Relacionados: Mike Oldfield/Kraftwerk/Pierre Schaeffer
Destaque: Oxygène (Part II)
Melhor Posição na Billboard: 78o


Jean Michel Jarre era um estudante de pintura que passou a se interessar por piano clássico e música experimental. Do Conservatoire de Paris, ele flanou para o Groupe de Recherches Musicales, dirigido por Pierre Schaeffer. Sob influência de Straviski e Stockhausen, ele descobrou os sintetizadores e técnicas de mixagens, as tape loops — montagens de células rítmicas ou sonoras reproduzidas repetitivamente em sequência. De 69 até 75,ele desenvolveu sua careira estritamente dentro do mundo fechado da música concreta, considerada por muitos como antimusical e anticomercial. Em 76, porém, ele resolveu deixar tudo de lado e fazer um disco que traduzisse toda a sua filosofia em sons. Depois de oito meses trabalhando com sintetizadores e uma mesa de som de oito pistas para elaborar o seu projeto mais audicioso até então, Oxygène. O álbum foi concebido como uma suíte fantástica, dividida em seis partes, e totalmente produzida e conduzida por Jarre num estúdio improvisado em sua casa. Oxygène explora um universo nunca antes palmilhado de harmonias e texturas, com uma sonoridade onírica e futurista. A questão é que Jean Michel tinha a intenção de sair do nicho subestimado da música concreta e tentar expor a sua arte para o mundo. No entanto, ele sabia das dificuldades que enfrentaria: era um trabalho experimental, instrumental, com faixas apenas numeradas e — naquela época, muito antes de Oxygène se tornar superexposto pela mídia nas décadas seguintes, como na trilha de Cosmos, de Carl Segan — de vanguarda. Apadrinhado pela GRM, ele conseguiria contato com Francis Dreyfus, da Disques Motors. Este selo seria a sua chance menos remota de conseguir transubstanciar os seus tapes em um disco de vinil. Mesmo cético em acreditar que um disco de música eletrônico fosse fazer algum suceso — a despeito do êxito comercial de artistas ligados ao Krautrock e à Cantebury, ele sabia que podia vender ao menos para o gasto. E assim, mandou prensar 50 mil cópias. Se, na França, deu "para o gasto" (vendeu 70 mil), um relançamento (feito dessa vezpela Polygram, uma distribuidora com mercado maior que a pequena e liliputiana Motors) no mercado americano o catapultou ao topo das paradas. O tal trabalho minimalista e subestimado de Jarre venderia cerca de 15 milhões de cópias, o transformando, em pouco tempo, no precursor da New Age e o artista irritantemente mais bem sucedido do gênero, fazendo com que a música eletrônica fosse investida de uma endêmica e avassaladora popularidade sem precedentes na história. Quem não se cansou de ouvir a introdução de Oxygène II em tudo o quanto é vinheta de programa de tecnologia e de curso de Informática?


Faixas

1. Oxygene (Part I) - 7:40
2. Oxygene (Part II) - 8:08
3. Oxygene (Part III) - 2:54
4. Oxygene (Part IV) - 4:14
5. Oxygene (Part V) - 10:23
6. Oxygene (Part VI) - 6:20

Instrumentos utilizados

* ARP 2600
* A.K.S (sintetizador)
* EMS VCS3
* R.M.I. (sintetizador harmónico)
* Órgão farfisa
* Eminent
* Mellotron
* Computador rítmico (também designado por Korg Minipops-7 caixa de ritmos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário