Texto por Pierre Cortes, fotos por Durr Campos
Antes da atração principal, uma banda de abertura e que segue o mesmo estilo, só que desta vez trata-se de um representante nacional chamado LÓCHRANN. Para quem ainda não os conhece, eles são de Campinas e estão em fase de gravação de seu primeiro CD, que deverá se chamar “MoonlightDance”. Pois bem, o show deles foi uma grata e grande surpresa. Fizeram uma apresentação de quase uma hora e tocaram muito, mas muito bem. Além de composições ótimas como “Battle Claim”, “I Believe” e “Pagan Pride”, os músicos demonstraram simpatia, carisma, entrosamento e conseguiram envolver e contagiar a plateia. Os destaques vão para: Renato, com uma bela voz e lindas melodias na flauta; Bruno, responsável pelo banjo e bandolim; Kátia, que comandou muito bem o violino. Uma banda que merece ser acompanhada com muita atenção, pois além de serem muito bons ao vivo, prometem também ser um grande nome no cenário do metal nacional.
Por volta das 21:00 h., as luzes se tornam mais fracas e um som forte ecoa. O público se mostra atento e na sequencia os músicos do CRUACHAN adentram o palco utilizando vestimentas típicas e pintura no rosto, aparentando serem guerreiros medievais. Iniciam super bem, com a excelente “Invoke the Horned God”. Uma porradaria mesclada com a harmonia da flauta e bandolim e, por que não afirmarmos, uma escolha perfeita para começar a apresentação. A plateia reage de forma intensa e a banda colabora para criar este envolvimento, pois possuem ótima presença de palco e agitam muito. Keith Fay é dono de uma voz bem potente e realiza riffs de guitarra que chamam a atenção.
Interessante observarmos que a musicalidade deles não está somente calcada no clima mais festivo que, em geral, as bandas de Folk possuem. Há momentos em que algumas músicas flertam com estilos como o Death Metal, tamanha a velocidade e peso. Certamente um bom exemplo disso é a música “Pagan Hate”, que faz parte do último álbum da banda, “Blood on the Black Rode”. E no decorrer do show, uma bela surpresa: a participação especial da vocalista brasileira Juliana Rossi, das bandas HEVORAH e RAVENLAND. E ela fez bonito. Cantou muito e agitou bastante. E foi emocionante ouvirmos canções em que a voz gutural de Keith se aliava às vocalizações suaves de Juliana, resultando numa sonoridade bela, ainda que extrema e super pesada.
John Will também mostrou sua habilidade com o violino e conseguiu emocionar em diversos momentos. Não fizeram um show tão longo e, infelizmente, deixaram o palco após uma hora e quinze de apresentação em que caminharam por diversos de seus álbuns como “Pagan” e “Morrigan’s Call”. E ao final, uma certeza: o CRUACHAN realizou um show inesquecível e grandioso, impressionando não somente aos adeptos do Folk Metal, mas também aos amantes da música pesada de maneira geral.
Setlist:
Invoke the Horned God
Maeves March
Pagan Hate
Bloody Sunday / Brian Boru’s March
The Great Hunger
Thy Kingdom Gone
Ossians Return
Primeval Odium
Some Say the Devil is Dead
Pagan
The Morrigan’s Call – I am Warrior
Ride On
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