Em “Psychosane” o que temos é um Black Label Society semZAKK WYLDE. Muitos traços da banda do ex-guitarrista do mr. Madman e a gente fica procurando, por toda a audição, algo que não tenhamos ouvido. Há peso? Sem dúvida. Agressividade? Nossa, talvez uma das bandas mais pesadas deste ano, mas nada que não soe familiar.
“Believe Me” tem momentos melódicos interessantes e possuem um espírito que fica entre uma canção “ouvível”, com refrão a la Nickelback. Peço perdão ao leitor, que assim como eu, não gosta de críticas e resenhas baseadas em referencias musicais. De fato, este é o jeito + “ilegítimo” de traduzir um sentimento através da audição de uma obra, mas infelizmente não é possível fazer algo diferente no caso deste lançamento.
Se no início deste texto falamos que MIKE PORTNOY não precisa provar nada a ninguém, o que dizer de RUSSEL ALLEN? Sua banda oficial – SYMPHONY X – acaba de lançar um dos melhores petardos do ano (figurinha fácil nas listinhas de 2011) e o vocalista – de muita personalidade musical diga-se de passagem – se envolve em um projeto, que, conhecendo o coração volátil do mestre PORTNOY pode durar apenas este EP.
Em “Hit The Wall” temos um canhão em forma de riff. De longe a melhor canção do EP. “Hit The Wall” traz as guitarras e palhetadas mais interessantes até aqui. Diversidade no arranjo, velocidade, técnica e peso. Talvez a “melhor placa de direção” que a banda pode desejar seguir ou não. Se as canções não são assobiáveis – no sentido melódico – vai agradar em cheio algumas viúvas do baterista, que até hoje não se conformaram com a saída do músico do DREAM THEATER.
“Down To The Floor” anima e lembra muito JUDAS PRIEST na fase Jugulator com TIM “RIPPER” OWENS nos vocais. A dinâmica da canção é legal e a canção pode agradar até o fã mais conservador; os efeitos durante os vocais não maculam o arranjo tribal dos momentos que antecedem o refrão.
A mixagem do EP (pelo menos se percebe isso nas versões que escutamos espalhados pela internet) ficou muito boa, onde é possível distinguir o trabalho de baixo, por detrás das paredes de guitarra e dos solos que emolduram cada faixa.
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