Este filme apresenta o ex-Beatle John Lennon e Roy Kinnear como malfadada praças sob o comando do tenente inepto Earnest Goodbody. A história se desenrola principalmente nos flashbacks do Tenente Goodbody que tem origens de classe baixa e da educação que faz dele um mau gestor que comanda uma das maiores unidades do exército.
A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar. Tudo isso e muito mais...
29 de junho de 2011
Cuauhtemoc - Gillman
Paul Gillman é um guerreiro do Heavy Metal venezuelano, provando que é possível fazer um excelente som cantado no vernáculo (língua de determinado país, no caso, o espanhol).
Eu confesso que quando vi este disco para vender em um site de compras e vendas eu torci o nariz, pois não me descia a ideia de um Heavy Metal cantado em espanhol, pois para mim, e como assim o é para uma grande parte dos headbangers, o inglês é muito mais sonoro. Grande preconceito meu. Adquiri este disco pelo simples fato de custar a bagatela de R$ 6,90!!
Quando o disco chegou na minha residência, imediatamente eu o coloquei no meu aparelho de som. Resultado: Queixo caído!!!
QUE SOM FANTÁSTICO!E, graças ao Deus-Metal eu queimei a minha língua e pus fim ao preconceito que eu tinha em relação à músicas cantadas em outros idiomas, abrindo a minha mente para ouvir mais coisa nacional e demais línguas que para algumas pessoas soam "estranho".
O que se vê aqui é um Heavy Metal tradicional bem cadenciado, com riffs matadores e cozinha entrosada. E sem falar nos vocais excepcionais do Paul Gillman, que é muito respeitado no seu país de origem.
"Cuauhtemoc" é um disco para fã de Heavy Metal não deixar passar, pois letras com pitadas de agressividade e sonoridade idem, são ingredientes perfeitos para este "prato principal".
Destacamos, além das músicas, a capa desenhada pelo lendário Derek Riggs!! (Lembra um pouco o Eddie, não?) Assim, os destaques do play ficam para " La Nueva era", "La Red", " La Inquisicion", a fantástica "Contaminación", "Pobre Diablo" e o fantástico cover do Baron Rojo (banda de Heavy Metal Espanhola) "Resistiré", que por sua vez é tocada ao vivo juntamente com a banda criadora de tal música.
PS: Deixem qualquer preconceito de lado e apreciem este excelente disco de Heavy Metal!!!! \\m/
Faixas:
01. El Despertar
02. La Nueva era
03. La Red
04. La Ola Crece
05. La Inquisicion
06. El Regreso del Guerrero(Intro)
07. El Regreso
08. Guaicaipuro Cuauhtemoc
09. Avestruz
10. Contaminación
11. Castillo Sobre el Mar
12. El Esequibo
13. Pobre Diablo
14. Asi eres tu
15. Resistire
02. La Nueva era
03. La Red
04. La Ola Crece
05. La Inquisicion
06. El Regreso del Guerrero(Intro)
07. El Regreso
08. Guaicaipuro Cuauhtemoc
09. Avestruz
10. Contaminación
11. Castillo Sobre el Mar
12. El Esequibo
13. Pobre Diablo
14. Asi eres tu
15. Resistire
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Jordpuls - Vintersorg
Mesmo que o capenga mercado fonográfico não gere mais gigantes como há algumas décadas – alguém se lembra qual foi a última grande banda? – é reconfortante saber que continuam a aparecer excelentes álbuns pela cena underground de todo o planeta. E, neste sentido, o Vintersorg vem cultivando um respeitável legado desde os idos 1994, e que mostra o quanto este sueco optou por não impor limites à sua proposta.
Se a complexidade delirante de “Visions From The Spiral Generator” (02) e “Focusing Blur” (04) beirava a pretensão e não foi devidamente compreendida ou digerida por boa parte do público, Vintersorg proporcionou certa volta às origens Folk Black Metal com o bom “Solens Rötter em 2007. Foi um esforço considerável, mas é com “Jordpuls” (em português: ‘Pulso da Terra’) que a velha e tão apreciada fórmula aparece de maneira mais efetiva e com melhores resultados.
É claro que alguns traços do progressivo persistem, mas, em linhas gerais, as estruturas das novas composições estão mais descontraídas e apresentam maiores brechas para a apreciação das melodias, muitas delas totalmente influenciadas pela escola setentista. Isso, somado a uma produção menos floreada, faz com que tudo remeta diretamente àqueles que são considerados por muitos como seus melhores trabalhos – “Till Fjälls” (98), “Ödemarkens Son” (99) e “Cosmic Genesis” (00).
Como vocalista, Vintersorg é reconhecido como um dos melhores do gênero e continua a impressionar, tanto pelo equilíbrio como o controle entre as linhas ríspidas e limpas, além dos refrões emocionantes, características exploradas com tanto bom gosto em “Klippor Och Skär”, por exemplo. Ainda que tudo esteja combinado e funcione a contento, “Mörk Nebulosa”, “Stjärndyrkan” e “Palissader” são tão grudentas que se sobressaem em meio ao repertório. E já deu para sacar que tudo é cantado em sueco, certo?
Depois de uma fase onde muito se experimentou, é ótimo voltar a admirar a envolvente musicalidade oferecida por “Jordpuls”... E, considerando que toda a discografia do Vintersorg foi lançada no Brasil – cortesia da Somber Music e Hellion Records – é de se supor que este sétimo álbum também seja disponibilizado por aqui. Os fãs do Heavy Metal extremo, intenso e elegante certamente serão gratos!
Contato: www.myspace.com/vintersorganic
Formação:
Vintersorg - voz, guitarra, violão, baixo, teclados, Hammond, bateria programada e efeitos
Mattias Marklund - guitarra
Vintersorg - voz, guitarra, violão, baixo, teclados, Hammond, bateria programada e efeitos
Mattias Marklund - guitarra
Vintersorg – Jordpuls
(2011 / Napalm Records – importado)
(2011 / Napalm Records – importado)
01. Världsalltets Fanfar
02. Klippor Och Skär
03. Till Dånet Av Forsar Och Fall
04. Mörk Nebulosa
05. Stjärndyrkan
06. Skogen Sover
07. Vindögat
08. Palissader
09. Eld Och Lågor
02. Klippor Och Skär
03. Till Dånet Av Forsar Och Fall
04. Mörk Nebulosa
05. Stjärndyrkan
06. Skogen Sover
07. Vindögat
08. Palissader
09. Eld Och Lågor
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World As We Love It - Pushking
A lista de convidados especiais do novo disco do Pushking impressiona. Os russos, com uma longa carreira em seu país – estão na ativa desde 1994 -, reuniram, além dos nomes habituais presentes nos zilhões de álbuns tributo por aí, como Joe Lynn Turner, Jeff Scott Soto e Jorn Lande, alguns ícones incontestáveis do hard rock e que não costumam bater ponto em discos de outros artistas, como Billy Gibbons (ZZ Top), Alice Cooper, Steve Vai e, principalmente, Paul Stanley.
Ao lado do experiente produtor Fabrizio Grossi, o Pushking conseguiu gravar em "The World As We Love It" um disco que vai além da mera curiosidade atiçada pelas participações especiais. Comprovadamente bons compositores e com um talento nato para criar melodias grudentas, o grupo acerta a mão em diversos momentos do álbum.
Os pontos altos estão na dobradinha de abertura com a participação de Billy Gibbons - “Nightrider” e “It'll Be Ok” -; em “Troubled Love” com Alice Cooper, com uma pegada bem anos 80; “My Reflections After Seeing The Schindler's List Movie” com Steve Vai; na pesada e densa “Heroin”, com uma ótima interpretação de Jorn Lande; e em “Cut the Wire”, um hard com tempero funk que traz Paul Stanley se aventurando em uma sonoridade bem diferente da que estamos acostumados a ouvir no Kiss. A divertida “Kukarracha”, que fecha o play com vários vocalistas dividindo as vozes, também merece destaque.
Porém, há alguns pontos que puxam o disco para baixo. O grande número de baladas, a maioria delas extremamente melosas, é um deles. Mas o principal é a participação de Glenn Hughes – sim, o 'The Voice of Rock'. O baixista e vocalista do Black Country Communion canta em três faixas - “Why Don't You?”, “Tonight” e “Private Own” -, composições que teriam tudo para serem alguns dos momentos mais legais do CD, o que infelizmente não acontece. E a culpa disso é de Hughes. A irritante mania que o cantor desenvolveu nos últimos anos, com interpretações exageradas e gritos constantes e desnecessários que lembram aqueles participantes de programas de auditório que querem impressionar os jurados, torna a audição das faixas com a sua participação – notadamente “Why Don't You?” - cansativa e irritante. A exceção é a bonita balada “Tonight”, onde Glenn Hughes está mais contido e preocupado mais em cantar do que apenas gritar.
Mas, no final das contas, o saldo é positivo. "The World As We Love It" é um bom disco, indicado principalmente para quem gosta da sonoridade festiva do hard rock dos anos oitenta. Além disso, as participações especiais o tornam um item de colecionador para quem é fã das bandas principais dos músicos aqui presentes. Se você se enquadra nessas duas categorias, eis aí um bom álbum para a sua coleção.
1. Intro
2. Nightrider
Billy F. Gibbons (ZZ Top) - Vocal, Guitarra
2. Nightrider
Billy F. Gibbons (ZZ Top) - Vocal, Guitarra
3. It'll Be OK
Billy F. Gibbons (ZZ Top) - Vocal
Nuno Bettencourt (Extreme) - Guitarra
Billy F. Gibbons (ZZ Top) - Vocal
Nuno Bettencourt (Extreme) - Guitarra
4. Troubled Love
Alice Cooper - Vocal
Keri Kelli (Alice Cooper) - Guitarra
Alice Cooper - Vocal
Keri Kelli (Alice Cooper) - Guitarra
5. Stranger's Song
John Lawton (ex-Uriah Heep) - Vocal
Steve Stevens (Billy Idol) - Guitarra
John Lawton (ex-Uriah Heep) - Vocal
Steve Stevens (Billy Idol) - Guitarra
6. Cut The Wire
Paul Stanley (Kiss) - Vocal
Stevie Salas - Guitarra
Paul Stanley (Kiss) - Vocal
Stevie Salas - Guitarra
7. My Reflections After Seeing the "Schindler's List" Movie
Steve Vai - Guitarra
Steve Vai - Guitarra
8. God Made Us Free
Graham Bonnet (ex-Rainbow, Alcatrazz) - Vocal
Graham Bonnet (ex-Rainbow, Alcatrazz) - Vocal
9. Why Don't You?
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
10. I Believe
Jeff Scott Soto (ex-Journey, Yngwie Malmsteen) - Vocal
Jeff Scott Soto (ex-Journey, Yngwie Malmsteen) - Vocal
11. Tonight
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
Joe Bonamassa (Black Country Communion) - Guitarra
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
Joe Bonamassa (Black Country Communion) - Guitarra
12. Private Own
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
Matt Filippini (Moonstone) - Guitarra
Glenn Hughes (Black Country Communion) - Vocal
Matt Filippini (Moonstone) - Guitarra
13. Open Letter to God
Eric Martin (Mr. Big) - Vocal
Eric Martin (Mr. Big) - Vocal
14. Nature's Child
Udo Dirkschneider - Vocal
Udo Dirkschneider - Vocal
15. I Love You
Dan McCafferty (Nazareth) - Vocal
Dan McCafferty (Nazareth) - Vocal
16. Head Shooter
Joe Lynn Turner (ex-Rainbow, Deep Purple) - Vocal
Joe Lynn Turner (ex-Rainbow, Deep Purple) - Vocal
17. Heroin
Jorn Lande (Masterplan) - Vocal
Jorn Lande (Masterplan) - Vocal
18. My Simple Song
Dan McCafferty (Nazareth) - Vocal
Dan McCafferty (Nazareth) - Vocal
19. Kukarracha
Joe Lynn Turner - Vocal
Eric Martin - Vocal
Glenn Hughes - Vocal
Paul Stanley - Vocal
Graham Bonnet - Vocal
Steve Lukather (Toto) – Guitarra
Joe Lynn Turner - Vocal
Eric Martin - Vocal
Glenn Hughes - Vocal
Paul Stanley - Vocal
Graham Bonnet - Vocal
Steve Lukather (Toto) – Guitarra
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Quantum Catastrophe - Brain Drill
Prepare-se para conhecer um outro patamar de brutal technical death metal. Ainda pouco conhecida no Brasil, a Brain Drill é uma verdadeira agressão em forma de harmonia, melodia e muita velocidade. São americanos, como o grande Hate Eternal. Aliás, as duas bandas estão pau a pau na competência, mas seus estilos de música extrema e técnica diferem. Aqui, a Brain Drill apresenta um nível mais profundo nesse último quesito. Sim, o virtuosismo impera no grupo.
O que ocorre em “Quantum Catastrofe” é uma porrada de riffs monstruosos, arranjos absurdos e bateria quase irreal, tudo regado a muita rapidez. IMPRESSIONANTE!
Dêem uma sacada já no comecinho do CD, na primeira música – “Obliteration Untold” – e fiquem perplexos com a “brincadeirinha” que o baixista faz na introdução. Já terão uma ideia do quão doente é o som desse quarteto. De resto, palhetadas a milhão, mas claro, feitas por quem domina o instrumento. E olha que nem entrei nos méritos dos solos, hein? Talvez seja melhor não falar deles. Questão de segurança para o coração. Quase inacreditável.
A capa do trabalho é bem típica do gênero, mas nem por isso desmerece elogios. Uma ilustração maravilhosa. Letras? Um resumo do fim dos tempos. E com um detalhe até curioso: não abordam o tema religião no play. Uma exceção, quem diria!
E a violência não para um segundo sequer. Impossível destacar qualquer música. Aliás, lembram-se do que foi dito na resenha do Hate Eternal em relação à música “Art of Redemption”? Pois bem, aqui, ocorre o mesmo. Em inúmeras passagens, a rifferama é tão aguda e brutal que, assim como na tal canção da banda de Erik Rutan, lembra as musiquinhas eletrônicas de joguinhos 8 bits. Fantástico!
Qualidade de produção cristalina. Peso na medida ideal, nada fora do lugar.
Existem grandes outras bandas que fazem um som complicado, como a citada Hate Eternal, Criptopsy, ou Cephalic Carnage, mas na boa, esse conjunto aqui vai além. A complexidade das composições espanta, e o resultado final ficou, tinha que ficar, praticamente perfeito.
Outra coisa que prende a atenção é o fato da estrutura dentro de cada música quase não se repetir. Repito: I-M-P-R-E-S-S-I-O-N-A-N-T-E! Brain Drill: essa veio para marcar o underground.
Para não deixar a curiosidade carcomendo vossos corpos, eis uma ótima demonstração da habilidade da Brain Drill no clipe “Beyond Bludgeoned".
1. Obliteration Untold
2. Beyond Bludgeoned
3. Awaiting Imminent Destruction
4. Nemesis of Neglect
5. Entity of Extinction
6. Mercy to None
7. Monumental Failure
8. Quantum Catastrophe
2. Beyond Bludgeoned
3. Awaiting Imminent Destruction
4. Nemesis of Neglect
5. Entity of Extinction
6. Mercy to None
7. Monumental Failure
8. Quantum Catastrophe
Brain Drill – Quantum Catastrophe
Metal Blade Records – 2010 – Estados Unidos
http://www.myspace.com/braindrill
Metal Blade Records – 2010 – Estados Unidos
http://www.myspace.com/braindrill
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Fake / Free Off Pain (split) - Fleshless/ Mastic Scum
Já começo dizendo que é um dos melhores splits que já escutei, principalmente em relação à primeira banda, a Fleshless. Pois vou dizer que esses tchecos fazem um dos mais empolgantes death/grind do mundo. Mas devo salientar que isso se refere especificamente a esse split, porque depois, até lançaram várias outras coisas medianas, e até apoiados em baterias programadas. Esse aqui não. Havia mesmo um (des)humano comandando as baquetas.
Escutei pela primeira vez esse disco já faz um bom tempo, e simplesmente fiquei desesperado procurando esse split depois, já que esse era de um amigo do amigo. Ironicamente, depois de desistir de procurar, eis que encontrei o disco em um sebo. O fato é: aposto que é exatamente o CD do cara!
Pois bem, para os poucos felizardos que conhecem o conjunto, apenas digo que são uma das mais completas bandas do metal extremo que existem. Sim, os caras têm técnica, e a esbanjam de forma comportada, sem nenhum exagero. Constroem músicas tão bem planejadas que é difícil você parar de ouvir o play. De verdade, o trabalho da banda passa por momentos mais calmos e melódicos até o mais mortal death/grind, mas fazendo-o com muita competência. Estrutura musical é o forte da Fleshless. O quinteto consegue fazer um meio termo entre os estilos, prevalecendo absoluto, claro, o extremo.
Admirem, por exemplo, a linda introdução e evolução de “I'm the Part of You”. Que belo trampo. Mas outras grandes composições como “Step From the God”, “I Will Grind Your Fingers”, “Free Off Pain”, “Your Ignorance... My Death”, “With Blood on the Hands” (baita som) e “Behind the Wall” – puxa, vejam só, citei todas! – são executadas com maestria.
O vocalista Vladimir tem um guttural potentíssimo, enquanto o baixista Curo dá um show! As guitarras de Ludek e Michal também estão altamente inspiradas e trabalham muito bem, tanto nos riffs quanto nos solos. E Hans apenas domina sua bateria.
O que agrada também é que “Free Off Pain” tem uma qualidade sonora muito boa, dando para ouvir muito bem cada instrumento. E aqui devo dividir opiniões, já que, exatamente pela boa gravação, você percebe, por exemplo, que nem tudo é perfeitinho. A bateria não está 100% dentro do tempo em alguns momentos, por algumas frações de segundo, para ser mais exato. E também há certas pequenas variações na força com que Hans bate na caixa. Absolutamente nada que comprometa esse grande trabalho. Acho interessante essa humanização em bandas extremas. Parece tornar tudo mais verdadeiro.
Mas agora falando da segunda banda, a Mastic Scum, fazem um grindcore feijão com arroz e funcional. Não apresentam nada que os diferencie de outras bandas do estilo, mas com toda certeza, convencem. É tudo bem calculado, previsível até, mas nem por isso ruim, muito pelo contrário. No que se propõem a tocar, são mestres. Grande banda, que no geral manteve o nível por toda a sua discografia. Entretanto nesse álbum aqui, a qualidade da gravação não tá lá essas coisas não. Não tem peso, as guitarras soam esquisitas, meio parecendo sem distorção, e o baixo ficou alto. Ainda sim, repito, é uma banda bem legal. Ah, o vocal lembra o senhor Oscar Garcia, que gravou o primeiro do Terrorizer, conhecem?
Destaques para as faixas “The Human Scum”, “Rock Out with Your Click Out” (curta, mas marcante), “Perverse Illusion”, “Political Shit” e “A Child & His Lawnmover” (letra de Jello Biafra).
Pois bem, um split obscuro no Brasil, e fodasticamente fabuloso. Simplesmente isso. Nem preciso dizer que é mais que recomendado, certo?
Fleshless/ Mastic Scum – Fake / Free Off Pain (split)
Ohne Maulkorb - 1996 - Áustria/República Tcheca
Ohne Maulkorb - 1996 - Áustria/República Tcheca
Mastic Scum: http://www.myspace.com/masticscum
Fleshless: http://www.myspace.com/fleshlessband
Fleshless: http://www.myspace.com/fleshlessband
FLESHLESS
1. Step from the God
2. I'm the Part of You
3. I Will Grind Your Fingers
4. Free Off Pain
5. Your Ignorance... My Death
6. With Blood on the Hands
7. Behind the Wall
2. I'm the Part of You
3. I Will Grind Your Fingers
4. Free Off Pain
5. Your Ignorance... My Death
6. With Blood on the Hands
7. Behind the Wall
MASTIC SCUM
8. Drive In
9. The Human Scum
10. Mindfart
11. Rock Out With Your Cock Out
12. Perverse Illusion
13. Fuckin` Fact
14. Brain Slam
15. A Load of Koky
16. Political Shit
17. A Child & His Lawnmower
18. Conviction
19. Drive Out
9. The Human Scum
10. Mindfart
11. Rock Out With Your Cock Out
12. Perverse Illusion
13. Fuckin` Fact
14. Brain Slam
15. A Load of Koky
16. Political Shit
17. A Child & His Lawnmower
18. Conviction
19. Drive Out
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No Compromise - Vondur
Bom, quem conhece essa loucura sabe que encontrará aqui uma das bandas mais exóticas, estranhamente hilárias e cativantes do black metal mundial. Entretanto, esse CD aqui nada mais é do que uma compilação de todos os trabalhos da Vondur – a demo “Vondur” (1995), “Stridsyfirlýsing” (1995) e o EP “The Galactic Rock'n'Roll Empire” (1996), divididos em dois discos.
Lembram-se da resenha do Ulver, quando se falou em um dos álbuns mais sujos da história do metal negro? Pois é, esse aqui também é imundo quase igual, e irresistível. E o material aqui é tão bom que merece ser comentado faixa a faixa. E olha que são 27 no total.
Abrindo o primeiro CD, “Kynning - Einvaldnir er Her” apresenta uma introdução com tambores, cornetas e falas, provavelmente em sueco. Uma coisa meio doida, mas interessante. Depois, “Dreptu Allur”, rápida e rasteira, com uma estrutura limitada, mas potente. Muito boa. “Uppruni Vonsku” já tem uma levada mais lenta e empolgante, com riffs simples, porém eficazes. O final da música tem uns sons que parecem cornetas, dando um acabamento bem legal.
Depois, vem uma chamada “Kynning - Fjórði Ríku”, com um teclado metido a dramático, misturado com certo suspense, e aparentes lamentos do vocalista. Legal pacas! Na sequência, “Fjórði Ríkins Uppgangur” é velocíssima quase do início ao fim, com pequena variação de ritmo. Um verdadeiro petardo!
Hora de uma influência totalmente rock ‘n’ roll com “I Eldur og Ðrumur”. Riffs e andamento grudento em uma música excepcional. “Vondur” (a faixa), que vem logo depois, é só um belíssimo piano e os vocais de All. Trabalho fantástico. Após o descanso, outra metralhadora com “Hrafnins Auga er sem Speglar a Botni af Satans Svarta Salur”, violentíssima. Mal dá para distinguir as melodias dos riffs, que parecem um zunido só. A bateria, claro, invariável e ótima.
“Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar” começa com teclados profundos, mas depois, o os outros instrumentoscorrem soltos em outra música bem rock. De verdade, essa mistura funciona bem demais no Vondur. Logo após, fogo e mais teclados sinistros em “Kirkjur Skola Brenna”. O clima é literalmente infernal. E a agressividade extrema volta em “Sigurskrift”, novamente ultra-rápida e sem perdão. Os riffs também são bastante simples, mas se encaixam perfeitamente com a composição.
Já estamos em “Guð er Dáinn”, pesadona no começo pelos riffs marcantes e pelos dois bumbos. Ao longo da faixa, levadas quase doom, mescladas com outras mais agitadas completam a canção. “Ekki krist - Opinberun I & II” é mais uma ignorância brutal. Sem mais comentários. Outra “pausa” nas trovoadas de “Èg Daemi Oss til Dauða”, e depois, o trem desenfreado em “Ekki Nein Verður Saklaus”. Muito visceral.
A penúltima do disco 1 é “Beitir Hnifar Skera Djupur”, a mais destoante do resto das músicas. Novo rock ‘n’ roll com vocais limpos e cômicos. Do Vondur, pode-se esperar tudo. E não é que esse som também é interessante? Bom, e fechando a porradaria, “Höfðingi Satan” é outra com pianos, flautas e vocais melancólicos. Um clima depressivo e agonizante invade o ambiente.
No segundo CD, que contém o EP e a demo, é interessante perceber que a faixa de abertura – “Kill Everyone” – cantada em inglês, tem o instrumental idêntico ao de “Dreptu Allur”, do primeiro play, exceto pela qualidade da gravação. Não posso afirmar com certeza se seria mesmo uma versão em inglês da música, pois baseio-me somente em um promo CD de “Stridsyfirlýsing”, que obviamente não veio com encartes ou letras. Portanto, não me crucifiquem. Se alguém puder confirmar isso, agradeço.
Pois bem, agora vem coisas ainda mais curiosas e bizarras. O EP vem com alguns covers até esperados e outros inimagináveis no underground: “You Don’t Move Me, I Don’t Give a Fuck” (Bathory), “Rocka Rolla” (Judas Priest – tá, esse até que não seria tão incomum), “Red Hot” (Motley Crue – já está ficando estranho) e “Love Me Tender” (Elvis Presley - !!!!!!!!!!!). Essa versão do rei do rock é... bom... indescritível. Só uma coisa: você irá rir demais. Mas vale dizer que todas ficaram simplesmente demais.
“Panzer Legions of Vondur” mantém o clima rock (pô, com um EP chamado “The Galactic Rock'n'Roll Empire”, esperava o que?), e tem riffs bem bacanas. Lá pela metade, o ritmo dobra de velocidade, e pouco depois, os maravilhosos blast beats. Muito bom. E “The Ravens Eyes are as Mirrors on the Bottom of Satans Black Halls”, que seria a última música do supracitado EP, vem em sua forma mais violenta. Simplesmente sanguinolenta em toda sua plenitude.
As próximas três músicas são da demo que, como esperado, apresenta qualidade inferior em relação ao restante do material. Mas o registro não poderia ficar de fora. “Uppruni Vonsku”, “Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar” (juro que aqui, o riff da gravação lembra uma musiquinha do game “Double Dragon”, do Nintento 8 bis) e “Èg Daemi Oss til Dauða” foram regravadas para o “Stridsyfirlýsing”. Portanto, evidentemente são mais cruas e levemente mais lentas. Nem por isso deixam de ser agradáveis.
Falando de modo geral, a bateria é a coisa mais engraçada do mundo. O cara engata a primeira e fica eternamente fazendo praticamente a mesma batida, direta e reta, quase sem viradas, e usos raros do prato. Realmente divertida! O baixo é um treco também esquisito, com uma baita distorção que, juntamente com a guitarra, suja que só, parece um verdadeiro enxame. O vocal de All é aquele esgoelado típico do black, bastante parecido com o de Abbath (Immortal). Material tosco, é verdade, mas muito verdadeiro.
Esse CD duplo é um grandioso lançamento, devido à enorme importância que o Vondur tem no cenário black. Obrigatoriedade total de estar nas estantes e aparelhos de som dos fãs do velho e bom metal do capeta.
DISCO 1
1. Kynning - Einvaldnir er Her
2. Dreptu Allur
3. Uppruni Vonsku
4. Kynning - Fjórði Ríku
5. Fjórði Ríkins Uppgangur
6. I Eldur og Ðrumur
7. Vondur
8. Hrafnins Auga er sem Speglar a Botni af Satans Svarta Salur
9. Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar
10. Kirkjur Skola Brenna
11. Sigurskrift
12. Guð er Dáinn
13. Ekki krist - Opinberun I & II
14. Èg Daemi Oss til Dauða
15. Ekki Nein Verður Saklaus
16. Beitir Hnifar Skera Djupur
17. Höfðingi Satan
2. Dreptu Allur
3. Uppruni Vonsku
4. Kynning - Fjórði Ríku
5. Fjórði Ríkins Uppgangur
6. I Eldur og Ðrumur
7. Vondur
8. Hrafnins Auga er sem Speglar a Botni af Satans Svarta Salur
9. Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar
10. Kirkjur Skola Brenna
11. Sigurskrift
12. Guð er Dáinn
13. Ekki krist - Opinberun I & II
14. Èg Daemi Oss til Dauða
15. Ekki Nein Verður Saklaus
16. Beitir Hnifar Skera Djupur
17. Höfðingi Satan
DISCO 2
1. Kill Everyone
2. You Don’t Move Me, I Don’t Give a Fuck (Bathory Cover)
3. Rocka Rolla (Judas Priest Cover)
4. Red Hot (Motley Crue Cover)
5. Love Me Tender (Elvis Cover)
6. Panzer Legions of Vondur
7. The Ravens Eyes are as Mirrors on the Bottom of Satans Black Halls
8. Uppruni Vonsku
9. Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar
10. Èg Daemi Oss til Dauða
2. You Don’t Move Me, I Don’t Give a Fuck (Bathory Cover)
3. Rocka Rolla (Judas Priest Cover)
4. Red Hot (Motley Crue Cover)
5. Love Me Tender (Elvis Cover)
6. Panzer Legions of Vondur
7. The Ravens Eyes are as Mirrors on the Bottom of Satans Black Halls
8. Uppruni Vonsku
9. Eitt Bergmál ur Framtiðinnar Dagar
10. Èg Daemi Oss til Dauða
Vondur – No Compromise
Osmose Productions – 2011 – Suécia
Osmose Productions – 2011 – Suécia
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25th Anniversary Box Set - Apocalypse
Tocar rock progressivo no Brasil é para poucos. Apesar da grande quantidade de fãs, o estilo, tradicionalmente com pouco apelo comercial e muita ambição artística, não encontra espaço nas rádios, TVs e publicações especializadas. Quando se fala do gênero em nosso país a maioria das pessoas pensa em nomes como Pink Floyd e Yes, quando muito conhece algo de excelentes bandas como King Crimson e Gentle Giant, e, em grande parte casos, nunca ouviu falar em artistas nacionais que se aventuram pelo estilo. Por tudo isso, ser uma banda brasileira e estar há 25 anos na estrada executando o gênero é um feito e tanto. Essa é a história do Apocalypse.
A carreira do grupo gaúcho é uma prova de amor e fé no rock progressivo. A banda encontrou o seu público e o cativou ano após ano, conquistando espaço e uma legião de fãs não só em nosso país, mas também no exterior. Instrumentistas de técnica apurada e focados única e exclusivamente na ideia de produzir uma música diferenciada e de qualidade, o grupo comemora um quarto de século com um lançamento pra lá de especial para os fãs.
A caixa "The 25th Anniversary Box Set" é composta por umlivro, dois CDs e um DVD, que juntos formam o documento definitivo sobre a carreira do Apocalypse. O primeiro CD traz o novo álbum de estúdio dos caras, intitulado "2012 Light Years From Home". Nele, a banda mantém o alto nível característico de seus discos, e o resultado final é um álbum que cairá no gosto de quem aprecia a refinada sonoridade do grupo. O segundo CD, com o título "Magic Spells", traz canções de diversas fases da carreira do Apocalypse, gravadas ao vivo durante a tour de 2005 do conjunto. E o DVD "The 25th Anniversary Show" contém a apresentação especial comemorativa aos 25 anos da banda, realizada em setembro de 2009 no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que contou com a participação especial do músico gaúcho Hique Gomez.
Mas, pessoalmente, o grande destaque do box na minha opinião é o livro que o acompanha. Escrito pelo conhecido jornalista Eliton Tomasi, editor da infelizmente extinta revista RockHard / Valhalla (e aqui faço um parênteses lamentando o fato de a publicação não estar mais na ativa, já que a forma diferenciada com que tratava o heavy metal a tornou, na opinião desse que vos escreve, a melhor revista dedicada ao heavy metal que o Brasil já teve), o livro conta a história do Apocalypse em um ótimo texto repleto de curiosidades e fotos inéditas. Além disso, Leonardo Nahoum, autor da excelente "Enciclopédia Brasileira de Rock Progressivo", traça a cronologia do grupo. Fechando, o livro tem também uma discografia comentada e depoimentos de diversos músicos e personalidades sobre a banda. Pra completar, o box vem com um poster exclusivo.
Tudo que faz parte da caixa tem um ótimo padrão de qualidade, tanto gráfico quanto sonoro e audiovisual, mostrando o cuidado e atenção da banda com o material que está disponibilizando para os fãs. E outro ponto digno de nota é que todo o projeto foi financiado pela Prefeitura Municipal de Caxias do Sul através do programa Financiarte, em um raro e elogiável exemplo de aplicação de verbas públicas em projetos culturais de qualidade.
Nunca ouviu o Apocalypse? Então aproveite o lançamento de "The 25th Anniversary Box Set" e corrija já essa lacuna em sua coleção!
"2012 Light Years From Home"
1. New Sunrise
2. Set Me Free
3. Take my Heart
4. The Angel and Seven Trumpets
5. On the Way to the Stars
6. Till Another Side
7. Morning Light
8. Find me Now
9. A Cry in Infinity
10. To Kiss The Tears You Cry
11. Blue Angel
12. 2012 Light Years from Home
2. Set Me Free
3. Take my Heart
4. The Angel and Seven Trumpets
5. On the Way to the Stars
6. Till Another Side
7. Morning Light
8. Find me Now
9. A Cry in Infinity
10. To Kiss The Tears You Cry
11. Blue Angel
12. 2012 Light Years from Home
"Magic Spells"
1. Refuge
2. Crying for Help
3. Mirage
4. Magic
5. Cut
6. South America
7. Tears
8. Blue Earth
9. Time Traveller
10. Freedom
11. Peace in the Lonliness
12. Escape
13. Not Like You
2. Crying for Help
3. Mirage
4. Magic
5. Cut
6. South America
7. Tears
8. Blue Earth
9. Time Traveller
10. Freedom
11. Peace in the Lonliness
12. Escape
13. Not Like You
"DVD The 25th Anniversary"
1. Cut
2. South America
3. Follow the Bridge
4. Dreamer
5. Blue Earth
6. Not Like You
7. Magic
8. Refuge
9. Last Paradise (from the "Bridge of Light Concert")
10. Ocean Soul (from the "Bridge of Light Concert")
11. Waterfall of Golden Waters (from DVD "Live in Rio")
2. South America
3. Follow the Bridge
4. Dreamer
5. Blue Earth
6. Not Like You
7. Magic
8. Refuge
9. Last Paradise (from the "Bridge of Light Concert")
10. Ocean Soul (from the "Bridge of Light Concert")
11. Waterfall of Golden Waters (from DVD "Live in Rio")
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Hospital Carnage - Haemorrhage
A Haemorrhage tornou-se grande referência em música grind/splatter/gore com o passar dos anos. Sua imensa discografia, entre demos, splits, full-lengths e afins, fê-la tornar-se cult no underground mundial. E após lançar grandes clássicos como “Emetic Cult” e “Grume” (quando foram comparados ao Carcass antigo), além dos bons “Anatomical Inferno” e “Morgue Sweet Home” (para mim, o melhor), colocaram no mercado recentemente “Hospital Carnage”, com mais do mesmo, mas levemente sem sal.
Fiz questão de ouvir todos os full-lengths do grupo (aliás, essa é uma boa sugestão para vocês, é edificante!) antes de escrever qualquer bobagem sobre o CD. Bem, não há dúvidas de que o som continua extremo e sujo, com vocais utilizando efeitos legais e tal, mas convenhamos, os caras deram uma leve amaciada nesse último disco. As músicasestão mais trabalhadas e não há tantos blast beats. Bom, mas o lado bom é que alguns solos, mesmo que toscos, aparecem aqui em maior quantidade. E há, contudo, uma espécie de resgate do clássico goregrind, de bandas como Impetigo e Gut faziam nos anos 90.
As músicas acabam um tanto parecidas entre si, o que, parafãs, não é ruim, mas para quem estaria conhecendo a banda, não seria muito aconselhável começar por essa obra. Exatamente pela mesmice, destacar uma ou outra é tarefa complicada. Mas deve-se deixar bem claro que essa mesmice NÃO é pejorativa. É tudo bastante pesado e raivoso, como manda o figurino.
E tome carnificina na capa e letras da banda. A fidelidade nesse ponto continua intacta. Como dito, a produção continua suja, mas bem feita. Entretanto, há um detalhe que incomoda, e não é de hoje: nos momentos mais acelerados das músicas, nos citados blast beats de bateria, ela parece virar um ruído constante e deixa o som muito embolado em que você apenas escuta o bumbo marcando o tempo. Só que o problema, que vinha se arrastando desde “Morgue Sweet Home”, aqui se agravou. Perdeu de vez a graça nesse sentido.
O álbum não é ruim, mas em se tratando de Haemorrhage, esperava-se alguma coisinha mais. Faltou mais brutalidade em “Hospital Carnage”. Vale a pena como última opção da discografia desse pessoal.
No clipe abaixo, a canção de trabalho do CD – "Flesh-Devouring Pandemia".
TRACKLIST
1. Open Heart Butchery
2. Traumaggedon
3. Resuscitation Manoeuvres
4. Flesh-devouring Pandemia
5. Fomite Fetish
6. Amputation Protocol
7. 911 (Emergency Slaughter)
8. Doctors of Malpractice
9. Tumour Donor
10. Hospital Thieves
11. Splatter Nurse
12. Hypochondriac
13. Ingreso Cadaver
14. Necronatology
15. Intravenous Molestation of Obstructionist Arteries (O-pus VI)
1. Open Heart Butchery
2. Traumaggedon
3. Resuscitation Manoeuvres
4. Flesh-devouring Pandemia
5. Fomite Fetish
6. Amputation Protocol
7. 911 (Emergency Slaughter)
8. Doctors of Malpractice
9. Tumour Donor
10. Hospital Thieves
11. Splatter Nurse
12. Hypochondriac
13. Ingreso Cadaver
14. Necronatology
15. Intravenous Molestation of Obstructionist Arteries (O-pus VI)
Haemorrhage – Hospital Carnage
Relapse Records - 2011 – Espanha
Relapse Records - 2011 – Espanha
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Southern Steel - Bravery Branded
O Bravery Branded surgiu na cidade de Torres (RS), situada no litoral norte, e faz seu EP de estréia uma das gratas revelações do som pesado feito por aquelas paragens. As seis faixas, que variam entre sons mais acelerados ao lado de músicas mais “calmas”, são de extrema qualidade e mostram a banda tinindo, impondo uma sonoridade calcada em Iron Maiden, Judas Priest, Saxon e demais formações de origem britânica. Fabricado de forma profissional “Southern Steel” mostra que a banda busca não somente produzir música de extraordinário bom gosto, mas também algo com o máximo de profissionalismo e dedicação.
“True Over All” abre o EP de forma magnífica, com guitarrasgêmeas em ponto de ebulição, dosando a melodia e peso na medida certa, seguindo com riffs cavalgados, inserindo pequenas doses de velocidade ao longo da faixa. “Wolves in Heaven” vai numa linha parecida, enquanto “March Over Thorns” é uma linda balada, sem soar piegas ou manjada. Outro grande destaque é a última faixa, “1836 - Bravery”, recheada de arroubos épicos que dão lugar a um Heavy portentoso, como há tempos não se ouvia por aqui.
Agora estabilizados com Ariel Coelho (Vocal), Eduardo Munari e Douglas Bittencourt (Guitarras), Luiz Negrini (Bateria) e o recém chegado Felipe Daniel (Baixo), o grupo corre atrás deshows e fica devendo um trabalho com mais músicas da próxima vez.
SOUTHERN STEEL EP:
1 – True Over All
2 – Wolves in Heaven
3 – March Over Thorns
4 – Only Death We Can’t Mend
5 – Marching Alone
6 – 1836 – Bravery
1 – True Over All
2 – Wolves in Heaven
3 – March Over Thorns
4 – Only Death We Can’t Mend
5 – Marching Alone
6 – 1836 – Bravery
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Keeper of the Seven Keys 1 & 2 Deluxe Edition - Helloween
Dois dos maiores clássicos da história do Heavy Metal, relançados em conjunto, em uma linda embalagem digipack, com diversas músicas bônus (incluindo versões remixadas de alguns de seus clássicos), é um item essencial em qualquer coleção!
Sem dúvida alguma o Helloween foi uma das bandas mais influentes da história do Heavy Metal. Logo após o lançamento do seu debut “Walls of Jericho”, a banda decide mudar um pouco os rumos de sua música, antes mais agressiva e rápida, para algo mais melódico, com influências de speed metal e NWOBHM. Além disso, o guitarrista/vocalista Kai Hansen estava insatisfeito em agregar as funções de guitarrista e vocalista, pretendendo deixar esta última. Assim, a banda passa a procurar um novo vocalista e, após algum tempo, encontra no jovem Michael Kiske (ex-I'll Prophecy) a peça que faltava para essa nova fase de sua música.
E uma vez estabilizada com Michael Kiske (vocalista), Kai Hansen (guitarrista), Michael Weikath (guitarrista), Markus Grosskopf (baixista) e Ingo Schwichenberg (baterista), nos anos de 1987 e 1988, o banda forja, respectivamente, as duas maravilhosas partes dessa saga musical denominada “Keeper of the Seven Keys”, criando o estilo hoje denominado de Power Metal Melódico.
As músicas da banda passaram a aliar, de forma perfeita, passagens mais rápidas e pesadas com melodias marcantes e solos inspirados, além de refrões cativantes, daqueles para se cantar junto tanto em casa, ouvindo os discos, como nos shows.
A quantidade de clássicos criados pela banda nestes dois petardos é impressionante, como as rápidas “I’m Alive”, “Save Us”, “March f Time” e “Eagle Fly Free”, que demonstram toda a técnica dos músicos; a bela balada “A Tale That Wasn´t Right”, com uma interpretação vocal impressionante de Kiske; as épicas “Halloween” e “Keeper of the Seven Keys” (que juntas trazem à tona a temática envolvendo o título dos álbuns); e as mega clássicas “Future World” e “I Want Out” (ambas compostas por Hansen), que até hoje conseguem contagiar até defuntos nos shows do Helloween e do Gamma Ray (atual banda de Kai Hansen).
As guitarras de Hansen e Weikath são excelentes, criando riffs precisos e marcantes, além de solos memoráveis. Chega a impressionar como ambos se completavam perfeitamente: Kai, mas rápido e técnico, criando passagens pesadas e mais agressivas, e Michael, mais melodioso, preenchendo com seu feeling apurados os espaços mais melódicos das composições da banda. Além disso, o baixo marcante e agressivo de Markus, aliado à bateria rápida e precisa do falecido Ingo, deixaram o som da banda ainda mais cativante e preciso, demonstrando todo o potencial do conjunto.
Ademais, não há como não enaltecer o trabalho magistral de Michael Kiske nos álbuns. É impressionante como um vocalista, na época tão novo (entre 18 e 19 anos), conseguiu atingir um nível de maturidade tão grande, aliando os vocais mais altos e agudos, na linha de Geoff Tate (Queensryche), alcançando tons antes inimagináveis no metal, com vocais mais graves, na linha de seu ídolo Elvis Presley (vide o início de “We Got the Right”) com extrema naturalidade. Inclusive, até hoje, Kiske é referência para 11 em cada 10 vocalistas que surgem no saturado meio do metal melódico.
E neste relançamento, somos brindados ainda com mais nove músicas bônus, destacando-se as versões remixadas de “Dr. Stein” e “Keeper of the Seven Keys”, além das B-Sides “Savage” (bem rápida e agressiva), “Livin’ Ain’t No Crime” (que segue a linha de “Future World” e “I Want Out”) e “Starlight” (com Kiske nos vocais).
Além disso, a arte gráfica é excelente, sendo o álbum, como dito, lançado em um lindo digpack duplo, com um belo encarte (que conta, inclusive, com as características abóboras “do mau”, símbolo da banda na época).
Infelizmente essa formação da banda durou apenas para estes dois fenomenais registros de inéditas, sendo que após a tour de divulgação da parte 2, Kai Hansen decide sair e fundar o Gamma Ray. Contudo, nada apaga a excelência e qualidade dos “Keepers”, que até hoje influenciam quase que a totalidade das bandas de power/metal melódico que surgem no mundo.
Enfim, são dois álbuns fundamentais para a história do Heavy Metal, registros atemporais que representam o auge de uma das bandas mais influentes de todos os tempos. Então, se você ainda não tem estes dois clássicos, trata-se de uma grande oportunidade de adquirir os dois de uma só vez, numa bela e revigorada embalagem. Agora, caso você já os tenha, e seja fã da banda, também é uma grande oportunidade de adquirir novamente o material, tendo em vista a quantidade de bônus apresentados, além da excelente qualidade gráfica do material.
Keeper of the Seven Keys parts 1 & 2: Deluxe Edition - Helloween
(2011 – Sanctuary - Europeu)
(2011 – Sanctuary - Europeu)
Track List:
CD 1: "Keeper of the Seven Keys Part I":
1. Initiation
2. I’m Alive
3. A Little Time
4. Twilight of the Gods
5. A Tale That Wasn’t Right
6. Future World
7. Halloween
8. Follow the Sign
1. Initiation
2. I’m Alive
3. A Little Time
4. Twilight of the Gods
5. A Tale That Wasn’t Right
6. Future World
7. Halloween
8. Follow the Sign
Bonus Tracks:
9. Victim of Fate (Single B-Side)
10. Starlight (Remix)
11. A Little Time (Alternative Version)
12. Halloween (Video Edit)
13. Savage (Single B-Side)
14. Livin’ Ain’t No Crime (Single B-Side)
9. Victim of Fate (Single B-Side)
10. Starlight (Remix)
11. A Little Time (Alternative Version)
12. Halloween (Video Edit)
13. Savage (Single B-Side)
14. Livin’ Ain’t No Crime (Single B-Side)
CD 2: "Keeper of the Seven Keys Part II":
1. Invitation
2. Eagle Fly Free
3. You Always Walk Alone
4. Rise and Fall
5. Dr. Stein
6. We Got the Right
7. March of Time
8. I Want Out
9. Keeper of the Seven Keys
10. Save Us
1. Invitation
2. Eagle Fly Free
3. You Always Walk Alone
4. Rise and Fall
5. Dr. Stein
6. We Got the Right
7. March of Time
8. I Want Out
9. Keeper of the Seven Keys
10. Save Us
Bonus Tracks:
11. Don’t Run For Cover (Single B-Side)
12. Dr. Stein (Remix)
13. Keeper of the Seven Keys (Remix)
11. Don’t Run For Cover (Single B-Side)
12. Dr. Stein (Remix)
13. Keeper of the Seven Keys (Remix)
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Jesus Is Not Here Today - Sodomizer
É, há muitas bandas por aí que estão conquistando seu espaço de forma consideravelmente discreta... E esse é o caso do Sodomizer, veterano do Rio de Janeiro na ativa desde 1999 e que está lançando agora seu terceiro álbum, “Jesus Is Not Here Today”, através do selo japonês Deathrash Armageddon Records, e já com previsão de também chegar ao mercado no formato vinil e picture-disc através da dinamarquesa Horror Records.
Os cariocas sempre tiveram por objetivo elaborar um Heavy Metal com toda aquela configuração oitentista e repleta de influências do Power, Speed e Black Metal, inserindo toda uma temática típica das películas de terror (é o consagrado italiano Lucio Fulci, responsável pelos filmes gore “Zombie” e “The Beyond” quem está sendo homenageado na capa do disco), além de pornografia e ocultismo. Ou seja, os elementos com um perverso senso de diversão, mas que contestam atitudes e normas sociais a ponto de se tornarem ícones da cultura underground.
É claro que, com este perfil, referências aos grandes mestres – Motorhead, Venom, King Diamond, Hellion, Dorsal Atlântica, Vulcano, etc, etc e etc – aparecem a todo instante. Mas, se comparado com os discos anteriores, em “Jesus Is Not Here Today” o Sodomizer explora os arranjos optando por seguir uma linha não tão veloz e mais tradicional, o que simplesmente adiciona maior apelo ao repertório, e de forma a não comprometer sua proposta, pois cada componente do estilo está novamente em seu devido lugar.
E é realmente refrescante ouvir algo tão profundamente aninhado no som clássico do gênero... As músicas conseguem se distinguir entre si, mas nunca se afastando do quadro geral e oferecendo petardos como “Lucio Fulci”, “When The Devils Order Is Better Obey” e a própria faixa-título, além de uma sensibilidade toda especial no bonito interlúdio acústico “The Ghost In The Graveyard Fog”. Bom, a realidade é que este é um álbum fantástico do início ao fim!
“Jesus Is Not Here Today” estava em dedicada gestação desde a primeira metade de 2008 e se revelou o melhor trabalho do Sodomizer até a presente data. Uma obra indispensável não somente ao headbanger da velha escola, mas também importantíssima para a nova geração compreender um pouco mais do atual estágio em que o Heavy Metal se encontra. Apesar de este ser mais um disco importado no próprio país de origem de seus criadores, os interessados podem adquirir seu exemplar através do e-mail thesodomizer@hotmail.com. Tal aquisição dificilmente proporcionará arrependimentos!
Contato: www.myspace.com/thetruesodomizer
Formação:
Warlock - voz e guitarra
Poison Hell - guitarra
Leatherface - baixo
Zombie - bateria
Warlock - voz e guitarra
Poison Hell - guitarra
Leatherface - baixo
Zombie - bateria
Sodomizer – Jesus Is Not Here Today
(2011 / Deathrash Armageddon Records - importado)
(2011 / Deathrash Armageddon Records - importado)
01. Lucio Fulci
02. The Ghost In The Graveyard Fog
03. Amityville
04. When The Devils Order Is Better Obey
05. Jesus Is Not Here Today
06. Let's Satan Take Your Soul
07. The Ceremony
08. Fighting With Zombies
02. The Ghost In The Graveyard Fog
03. Amityville
04. When The Devils Order Is Better Obey
05. Jesus Is Not Here Today
06. Let's Satan Take Your Soul
07. The Ceremony
08. Fighting With Zombies
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Illud Divinum Insanus - Morbid Angel
Antes de qualquer coisa, eu não nego que tenho o MORBID ANGEL como uma de minhas bandas favoritas de todos os tempos. Chego a incluir os norte-americanos de Tampa, Flórida, naquela que denomino a Profana Trindade do Death Metal, ao lado do IMMOLATION e DEATH. Pura opinião pessoal, mas qualquer pessoa que seja fã do estilo citado jamais deixaria de inclui-los em suas listas de grupos mais importantes do Metal Extremo.
A maioria deve saber que seus álbuns seguem uma ordem alfabética, sendo que apenas a letra "A" foi repetida, haja visto que seu primeiro disco editado - Abominations of Desolation, de 1986 - sempre foi renegado pela banda e, portanto, "substituído" pelo Altars of Madness, de 1989. Este texto, no entanto, irá abordar minhas impressões sobre a letra "I", isto é, o artefato lançado este ano pelo grupo, o já polêmico Illud Divinum Insanus.
Quem digitar o nome MORBID ANGEL na famosa Wikipedia (versão em português) irá encontrar logo no início o seguinte texto: "Eles são os inovadores, os líderes, os que transcendem limitações. Convicção e verdadeiro senso de propósito só possuído por poucos, quebrando os limites musicais, espirituais e ideológicos, retendo o elemento inquestionavelmente brutal de sua música que se tornou uma das mais influentes do Death metal mundial." - Ora, do que adiantariam essas palavras se as mesmas não partissem à prática? Francamente, se há uma banda que JAMAIS temeu ousar e um músico que sempre foi sinônimo de "estar a frente de seu tempo", estes são o MORBID ANGEL e seu líder, mentor, guitarrista e compositor principal, Trey Azagthoth, respectivamente. Mesmo os três primeiros trabalhos - o já citado Altars of Madness, Blessed Are the Sick (1991) e Covenant (1993) - traziam sons bem diversificados e fora do "padrão Death Metal" da época. Até hoje encontramos ali elementos que muitas bandas não teriam a coragem (isso mesmo!) de fazer uso. Quando o quarto disco foi lançado em 1995, as críticas negativas começaram a ganhar força. Se Domination não mostrava ainda o que Trey & Cia. trilharia dali em diante, pelo menos serviu para dar um susto em uma boa parcela de fãs e na imprensa especializada.
Com a saída do vocalista e baxista David Vicent no ano seguinte, vieram novos membros (o guitarrista Erik Rutan e o baixista/vocalista Steve Tucker para sermos mais precisos), mudanças na sonoridade e muita criatividade, apesar de algumas composições sem tanto poder. O nome da banda continuava em evidência, mas os fãs queriam Vincent de volta. E foi o que aconteceu em 2004. De lá pra cá os shows foram constantes e a promessa de um novo disco de estúdio ecoava em todo o mundo.
Eis que a espera chega ao fim em 2011 e Illud Divinum Insanus chega ao mundo cheio de expectativas. No entanto, também carregava em si duas tarefas ingratas: nascer já clássico e agradar aos fãs mais puristas, até por não contar com Pete Sandoval na bateria, mas o eficientíssimo Tim Yeung (All That Remains, Hate Eternal, Vital Remains, Divine Heresy, World Under Blood, etc.).
Pois bem, mal a bolachinha saiu do forno e a chuva de críticas negativas foi implacável. "O disco é uma merda!", foi a frase que mais li e ouvi nas últimas semanas. Querem saber? INGRATOS! O disco não nasceu clássico e provavelmente jamais será, mas está longe de ser o fiasco que a maioria vem afirmando. Em minha opinião o erro do MORBID ANGEL está na ordem do track-listing. Se "Too Extreme!" fosse a faixa de número 10 a coisa não teria sido tão brutal pro lado deles. Sim, porque "Existo Vulgoré" é uma típica canção da banda, bem melhor do que algumas dos dois álbuns anteriores, assim como as seguintes, "Blades for Baal" e "I Am Morbid" - ambas muito poderosas e cheias de inspiração; "Nevermore" já era uma velha conhecida, pois vem sendo tocada há um par de anos pelo menos, ótima faixa! "Destructos Vs. the Earth / Attack" retoma a dose de modernidade do CD, mas não passa despercebida. "Beauty Meets Beast" poderia estar fácil no Covenant, bem como a última "Profundis - Mea Culpa" entraria no Formulas Fatal to the Flesh (1998) se a bateria não fosse eletrônica, digamos assim.
Ou seja, não criemos pânico. O MORBID ANGEL continua fazendo o de sempre: musicar arte de vanguarda. Pra mim conseguiram novamente.
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CD's
Sounds Of A Playground Fading - In Flames
Eu sempre preferi o In Flames moderno à época mais antiga da banda, talvez seja por isso que eu gostei bastante do novo disco do grupo, Sounds Of a Playground Fading. Se quiser ver algo do In Flames mais antigo, uma nota que remeta ao passado da banda sequer, esqueça, o disco está extremamente moderno, coisa que pra mim é positiva, afinal, como eu disse, tenho preferência pela época pós-Clayman da banda.
Podemos ver uma mudança clara nos vocais de Anders. Além do uso se vocais limpos ser predominante, os mesmos estão mais sujos e rasgados, e os guturais não são completamente "gritados" como no Clayman, estão mais roucos e menos agudos do que geralmente, assim como os vocais limpos, que também estão mais roucos.
O peso continua, as guitarras mantém o excelente nível de sempre, com riffs rápidos e menos melódicos agora, a bateria se mostra agressiva e muitas vezes acompanhando as notas dos riffs, e o baixo também se apresenta pesado e agressivo, algumas vezes com o uso de distorção. No álbumhá algumas músicas mais leves e com um ar mais obscuro, porém excelentes.
A recepção do disco está sendo ótima por parte dos fãs, apesar do grupo soar um pouco diferente, fator negativo na mente de pessoas idiotas. Sinceramente? Sounds Of a Playground Playing pisa no Whoracle fácil, disco que eu acho um tanto monótono, afinal, o In Flames ainda se rendia ao Death Metal Melódico simplório naquela época. O grupo acabou de lançar o disco que é o meu segundo preferido, só perde para o excelente Clayman.
1. Sounds of a Playground Fading - 04:44
2. Deliver Us - 03:30
3. All For Me - 04:31
4. The Puzzle - 04:34
5. Fear Is the Weakness - 04:07
6. Where the Dead Ships Dwell - 04:27
7. The Attic - 03:18
8. Darker Times - 03:25
9. Ropes - 03:42
10. Enter Tragedy - 03:59
11. Jester's Door - 02:38
12. A New Dawn - 05:52
13. Liberation - 05:10
2. Deliver Us - 03:30
3. All For Me - 04:31
4. The Puzzle - 04:34
5. Fear Is the Weakness - 04:07
6. Where the Dead Ships Dwell - 04:27
7. The Attic - 03:18
8. Darker Times - 03:25
9. Ropes - 03:42
10. Enter Tragedy - 03:59
11. Jester's Door - 02:38
12. A New Dawn - 05:52
13. Liberation - 05:10
Anders Fridén - Vocals
Björn Gelotte - Guitars
Peter Iwers - Bass
Daniel Svensson - Drums, Percussion
Niclas Engelin - Guitars
Björn Gelotte - Guitars
Peter Iwers - Bass
Daniel Svensson - Drums, Percussion
Niclas Engelin - Guitars
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CD's
XI - Devilyn
A Devilyn demorou um pouco para acertar de vez a mão, mas depois que o fez, presenteou os fãs de brutalidade com esse “XI”, fenomenal. Passaram pelo sem sal “Anger”, pelo bom “Reborn in Pain”, depois o razoável “Artefact”, e a compilação “The Past Against the Future”, para finalmente soltar essa obra prima aqui, que os elevou a outro patamar.
Aliás, vale esse parágrafo dizendo que o conjunto não é tão conhecido, uma injustiça no cenário nefasto que é o underground, dado o grande potencial que ele carrega.
Aqui, os caras fizeram o contrário do que geralmente as bandas de metal extremo fazem, e seguiram contra a maré no nível de brutalidade. Sim, esse aqui é o mais violento e inspirado da banda até o momento. Espere instrumentais velocíssimos e vocais guturais, porém inteligíveis. Além de mais extremos, tornaram-se incrivelmente mais técnicos, com músicas quase sempre aceleradas, mas com detalhes bem trabalhados que engrandecem o resultado final. Que evolução!
Destaques para “The List”, “Degrade Flower”, “The Seven Virtues of Divine” e “Searching for the Beaty” (quanto ódio nessas duas últimas!). Instrumental irresistível, caprichado e afiado. Os músicos têm muito talento e competência para grandes composições. As partes melódicas inclusive deram um belo acabamento às canções. Somando a isso, temos ótimos riffs cortantes e em determinados momentos, quebrados, um pequeno diferencial que destaca a banda na cena underground. E o disco é muito bem produzido. Aliás, tão bonitinho que dá até uma leve impressão de que tudo foi deixado exageradamente perfeito. Uma sujeirinha a mais no instrumental não faria mal a ninguém.
Confiram o clipe da supracitada “The List” logo abaixo e limpem a baba depois. Agora, esse foi o último trabalho dos americanos, e depois, sumiram do mapa... que fim teria levado a Devilyn? Ah, nem falei o estilo de som, né? Um senhor brutal death metal com um toques de modernidade! Se quiserem uma grande aula do estilo, esse é mais do que indicado.
Ouvir esse disco é tarefa tão agradável que, quando sua curta duração termina (mal passa dos 25 minutos), você esbraveja em protesto. Bendito seja o aparelho de som com a função de repetir o disco.
Devilyn – XI
Conquer Records - 2005 – Polônia
Conquer Records - 2005 – Polônia
TRACKLIST
1. Intro / The Counting of Quartered Heavens 00:42
2. The Eenemy Within 02:52
3. Faith 03:26
4. The List 02:25
5. Degrade Flower 02:54
6. God Eater 03:02
7. Charming Maidens With No Skin 04:00
8. The Seven Virtues of Divine 02:48
9. Searching for the Beaty 03:13
2. The Eenemy Within 02:52
3. Faith 03:26
4. The List 02:25
5. Degrade Flower 02:54
6. God Eater 03:02
7. Charming Maidens With No Skin 04:00
8. The Seven Virtues of Divine 02:48
9. Searching for the Beaty 03:13
Total playing time 25:22
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CD's
Rockaholic - Warrant
Na fase áurea do Hard Rock norte-americano, o Warrant sempre esteve em alta conta entre a crítica e os amantes do gênero, e tendo o excelente “Cherry Pie” (90) coroando sua discografia com muito alto-astral. Porém, foram pouquíssimas as bandas que passaram (quase) incólumes pelo advento do grunge, e o Warrant não foi uma delas, liberando álbuns um tanto quanto irregulares desde então.
Entre as muitas trocas de músicos, muitos torciam por uma reunião com a formação clássica, e houve várias negociações, mas infelizmente o vocalista Jani Lane comprovou há tempos sua instabilidade e dependência alcoólica, o que inviabilizou avanços definitivos neste sentido. E, se Jaime St. James (Black n´Blue) não funcionou em “Born Again” (06), restou ao pessoal seguir adiante e recrutar Robert Mason, famoso por cantar no Lynch Mob.
Assim sendo, “Rockaholic” é o fruto desta nova fase do Warrant e calculadamente feito sob medida para resgatar cada um dos elementos do Hard Rock típico de Hollywood, inclusive com muitas passagens remetendo diretamente a seus primeiros trabalhos. É claro que a voz de Mason oferece uma dinâmica melódica muito diferente, mas o resultado é bastante satisfatório e sua interpretação é digna de todos os elogios.
Mas os tempos são outros e fatalmente muitos alegarão que este oitavo disco é completamente estereotipado. Não há como refutar esta afirmação, mas o Warrant construiu sua reputação nesta linha musical e é exatamente isso que seu público deseja, e seria injusto desmerecer a maior parte do repertório de “Rockaholic”, que acaba sendo muito bem representado pela trinca inicial de composições – “Sex Ain’t Love”, “Innocence Gone” e “Snake”.
Muitos continuarão a criticar o Warrant por seguir adiante sem seu ex-vocalista Jani Lane... Mas, de que adianta insistir em um músico que perdeu o controle de suas aptidões e que somente comprometeria os esforços de todo o resto do grupo? Portanto, “Rockaholic” é merecedor de muitos elogios – inclusive o de ser superior a seus últimos quatro discos – e será apreciado por boa parte dos fãs que não querem nada menos do que bons rocks e bonitas baladas.
Formação:
Robert Mason - voz
Joey Allen - guitarra
Erik Turner - guitarra
Jerry Dixon - baixo
Steven Sweet - bateria
Robert Mason - voz
Joey Allen - guitarra
Erik Turner - guitarra
Jerry Dixon - baixo
Steven Sweet - bateria
Warrant - Rockaholic
(2011 / Frontiers Records - importado)
(2011 / Frontiers Records - importado)
01. Sex Ain’t Love
02. Innocence Gone
03. Snake
04. Dusty’s Revenge
05. Home
06. What Love Can Do
07. Life’s A Song
08. Show Must Go On
09. Cocaine Freight Train
10. Found Forever
11. Candy Man
12. Sunshine
13. Tears In The City
14. The Last Straw
02. Innocence Gone
03. Snake
04. Dusty’s Revenge
05. Home
06. What Love Can Do
07. Life’s A Song
08. Show Must Go On
09. Cocaine Freight Train
10. Found Forever
11. Candy Man
12. Sunshine
13. Tears In The City
14. The Last Straw
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Home School Valedictorian - Adelitas Way
O post-grunge, conhecido também como metal alternativo, rock alternativo, ou algo assim, nunca foi dos gêneros mais bem vistos pela crítica musical em geral, principalmente depois do boom posterior a bandas como Creed e Nickelback – e suas milhares de cópias de gosto e qualidade duvidosos.
Particularmente, sempre gostei de algumas bandas dentro desse gênero, mesmo sabendo que a originalidade jamais foi o seu forte.
O Adelitas Way, jovem quinteto norte-americano, lança em 2011 seu 2º full length, que segue pelos mesmos caminhos do 1º, e da esmagadora maioria dos grupos deste nicho musical: eles fazem um hard rock, que em momentos mais pesados flerta com o heavy metal, e em momentos mais leves passeia pelo pop rock.
O som dos caras parece ser bem honesto, embora nada inovador e criativo. Ele sabem a fórmula do sucesso, e a usam bem. O que temos são bons riffs, uma cozinha simples, e um bom vocalista, além daquelas conhecidas letras sobre perdas e ganhos dentro do amor – o que atinge em cheio o público alvo deles – tudo temperado com uma boa produção, bem moderna, também ao gosto do cliente.
Do último trabalho deles pra cá, pouca coisa mudou: saiu um guitarrista, entrou outro que deu continuidade aos serviços prestados – muito embora, eu tenha sentido uma falta enorme dos (bons) solos do play anterior.
O CD todo é bem coeso, bem regular, não decai de qualidade em momento nenhum, ao mesmo tempo que não tem um destaque absurdo. Temos canções aqui com grande potencial radiofônico como o single “Sick” e as boas baladas “Alive” e “Good Enough”, embora os momentos mais pesados da banda como em “The Collapse” e “Cage The Beast” sejam tão interessantes quanto. Vale ainda falar de “Move”, que tem um solo que me lembrou muito Tom Morello (Rage Against The Machine, Audioslave), e “Hurt”, que grudou em minha cabeça por um bom tempo.
Vale a pena deixar um pouco de lado os preconceitos e dar uma chance aos caras. E também vale a pena os próprios caras deixarem de lado essa previsibilidade quase inerente ao gênero que eles seguem, e se darem mais liberdade, pois isso lhes faria muito bem.
Track list:
01 – The Collapse
02 – Sick
03 – Alive
04 – Criticize
05 – Good Enough
06 – Cage The Beast
07 – I Can Tell
08 – Somebody Wishes They Were You
09 – Move
10 – I Wanna Be
11 – Hurt
01 – The Collapse
02 – Sick
03 – Alive
04 – Criticize
05 – Good Enough
06 – Cage The Beast
07 – I Can Tell
08 – Somebody Wishes They Were You
09 – Move
10 – I Wanna Be
11 – Hurt
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