“O Nazareth se renovou. Jimmy Murrison e Lee Agnew compuseram as canções do disco novo”, afirma Pete Agnew

No início do bate papo, Dan e Pete falaram sobre o novo disco “Big Dogz”, que será lançado ainda neste ano.
Como vocês comparam o novo trabalho “Big Dogz” com CD anterior intitulado “The Newz”?
Pete Agnew: A banda está renovada. Quem compôs as músicas foram o guitarrista Jimmy Murrison e o meu filho Lee Agnew (baterista). A linha das canções é a mesma do “The Newz”, mas destacamos que houve uma evolução, pois o álbum anterior foi gravado há três anos. Estamos satisfeitos com o resultado.
Além das músicas, as capas dos discos do Nazareth chamam bastante a atenção. Como é o processo de elaboração?
Pete Agnew: Não tem nada pessoal. O que existe é uma ideia básica que acaba sendo passada a um artista que acaba fazendo a capa. O projeto do novo álbum foi da esposa do Lee (baterista). Achamos necessário passar o conceito para um artista realizar seu trabalho.
Além de ser conhecido como uma importante banda de hard rock, o Nazareth também adquiriu fama por causa de suas baladas. Podemos citar algumas como “Dream On” e “Love Hurts”. Como a banda uniu dois estilos diferentes?
Dan McCafferty: Nós somos muito românticos. Gostamos de uma boa melodia. Procuramos fazer algumas baladas para o disco não ser inteiro pesado. É importante uma pausa. É bom ter no repertório canções como a pesada “Razamanaz” e “Dream On”, para ter um momento mais leve.
Pete Agnew: Algumas canções apresentam um resultado surpreendente. Há alguns anos gravamos um DVD ao vivo em Curitiba (Live in Brazil de 2007) e foi difícil para mixar a canção “Love Leads To Madness”, por exemplo. A plateia berrou bastante. Ficamos surpresos e descobrimos que há bastante tempo a música foi trilha sonora de uma novela no Brasil.

Se vocês tivessem que indicar um disco do Nazareth para um novo fã qual seria o escolhido?
Pete Agnew: Seria uma coletânea. Acho difícil indicar um álbum. O Nazareth tem muitos discos. A melhor maneira é mostrar os maiores sucessos para deixar as pessoas escolherem os estilos que oferecemos.
Pete Agnew: É o fenômeno da renovação. Muitas bandas da nossa geração passam por isso. Nos nossos shows observamos muitos jovens, mas no fundo da plateia é fácil perceber os vovôs tomando cerveja (risos). No Brasil encontramos muitos admiradores jovens. Quando as garotas bonitas nos pedem autógrafos sempre dizem: “Meu avô é seu fã” (risos).
Dan, depois de quatro décadas você ainda canta como nos primeiros discos do Nazareth. Como conseguiu manter a boa qualidade da voz?
Dan McCafferty: O que me influenciou a cantar foi a soul music. Gosto de Otis Redding e James Brown. A partir destas influências consegui desenvolver a voz e manter a forma. Mas não existe nenhum segredo.
Pete Agnew: É bom ter um dos melhores amigos como melhor cantor de rock do mundo (risos). Não vou citar nomes, mas os cantores da nossa época não cantam mais como antes.

Nenhum comentário:
Postar um comentário