16 de dezembro de 2010

Scorpions: Rudolf Schenker elogiando banda brasileira


A lendária banda SCORPIONS  está em sua última turnê. Uma das maiores bandas do rock está se despedindo, infelizmente, em grande estilo. O lançamento do álbum “Sting In The Tail” e a sequente turnê mundial “Get Your Sting And Blackout Farewell Tour” marca o fim da banda alemã. Em entrevista ao portal francês Radio Metal, Rudolf Schenker, guitarrista e um dos fundadores do grupo, fala da turnê de despedida, apontando a idade como um dos fatores para pararem, pois eles “não querem morrer em frente ao público”. Comenta a cena atual do metal ao dizer que está em boas mãos e elogia uma banda brasileira. Confira alguns trechos da conversa.
Você acredita que a banda conseguiu dizer tudo o que era possível ou você tem em mente algumas frustrações em coisas que você não teve tempo de experimentar? Eu acho, por exemplo, da direção musical que vocês tiveram com o “Humanity Hour 1”. Muitas pessoas estavam esperando por uma sequência.
Tudo foi dito. Quando saímos com o “Humanity Hour 1”, o LINKIN PARK saia na mesma época com o seu “Minutes to Midnight”, que teve o mesmo tipo de orientação. Então tudo foi dito! Nós já dissemos: “gente, por favor, certifiquem-se que vocês estejam fazendo tudo certo”, em seguida entrou a crise. Então, depois disso tudo foi dito. Por que você teria que dizer tudo depois e depois? Então eu disse a melhor maneira de se fazer um álbum de rock e positivo, “vamos agitar”. Vamos jogar fora essa coisa de dinheiro e crise e vamos agitar. Então começamos a escrever e de alguma forma as coisas vieram juntas, como “Raised on Rock”. “Spirit of Rock” e “The Best Is Yet To Come”, que já foram da sessão do “Unbreakable”. Tudo veio junto e de alguma forma percebemos que somos nós! Esse é nosso mundo, isso é nossa música de nossas vidas, essa é também, talvez, a razão do por que dissemos que seria a nossa última turnê e o último álbum, pois dissemos tudo.
SCORPIONS inspirou mais de uma geração de músicos. O quê você acha da nova cena do metal?
Eu direi uma coisa. Não concordo com muitas pessoas que estão dizendo que os músicos antigos sempre foram os melhores. Eles foram muito bons naquela época, mas eu acho que os músicos jovens encontram seu próprio jeito de fazerem suas músicas. É claro que tivemos nossos heróis também como Jimmy Page ou JIMI HENDRIX. Nós sabemos que nós inspiramos muitas bandas como VAN HALEN, ok, não é uma banda nova, é velha, mas também GREEN DAY, NICKELBACK e SYSTEM OF A DOWN. Nova cena significa novas pessoas. Eu acho que o RAMNSTEIN, não me pergunte sobre isso mesmo que ela não seja tão nova, 3 DOORS DOWN é uma banda muito boa também... e o NIGHTWISH! A cena está mudando tanto! EDGUY é uma ótima banda também! Há tantas bandas surgindo com um som novo, novos toques, é bom!
Então você acha que a música está em boas mãos?
família do rock é uma família muito unida. Eles não estão abertos para novas coisas, eles tão acreditando na “antiga nova escola”, sem perguntas quanto a isso. Eu descobri recentemente que nós tínhamos fãs tão jovens por conta que agora eles voltam para as coisas antigas de seus pais dizendo “Ei o quê é isso? É fantástico! Ei, escute isso! SCORPIONS? Eles ainda estão tocando? Vou lá!”. Então, sim, eu acho que está em boas mãos. Enquanto há guitarristas... Na verdade o rock é atitude, é pura atitude! Há tantas maneiras que você pode fazer com guitarras e baterias. Recentemente nós fomos convidados em um local chamado Manifesto, um clube de São Paulo. Eu vi uma banda do Brasil, esqueci o nome [N.T.: segundo a Radio Metal, Rudolf se referia ao ANGRA, mas vale fazer uma ressalva. Provavelmente Rudolf se referia ao evento “Stay Heavy Metal Stars” que contou com as participações das bandas brasileiras HANGAR e TORTURE SQUAD. Talvez ele se referiu ao TORTURE SQUAD, já que adiante ele comenta que a banda tocou no Wacken], mas eles foram fantásticos! Eu lembro a última vez que eles tocaram no Wacken [N.T.: o HANGAR nunca tocou no Wacken e o Torture já, tanto é que está presente no DVD “Live At Wacken 2007 - 18 Years In History”]. Eles tocam o inacreditável, o baterista é inacreditável, eles estão fazendo música num modo diferente, o baterista poder ser o herói agora, eles estão tocando tão rápido! Sua música é rápida e poderosa, o vocalista foi fantástico. Sempre há algo.
Entrevista completa (em inglês) no link abaixo.
Fonte desta matéria (em inglês): Radio Metal

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