Dave Getz, que tocava com a lenda do rock JANIS JOPLIN nos idos dos 60's, inicia uma sessão de ensaio em sua bateria na sua residência em Fairfax. Getz lançou um novo álbum, ‘Can’t be the Only One’, que traz uma canção de título similar que ele e Janis escreveram em 1968.
Este outono (Hemisfério Norte) nos trará uma das comemorações mais trágicas do rock – o 40º aniversário da morte de JANIS JOPLIN.
Como vocês devem saber, Janis teve uma conexão profunda com o Condado de Marin. Ela estava vivendo aqui, em uma casinha rústica, hippie em Larkspur's Baltimore Canyon, quando morreu de overdose de heroína em um quarto de hotel em 4 de outubro de 1970. Ela tinha apenas 27 anos. E neste ano completaria seu 67º aniversário.
Dave Getz, o baterista da Big Brother and the Holding Company, banda original de Janis, está inadvertidamente homenageando o aniversário com o lançamento de “Can’t be the Only One”, uma canção que ele e Janis escreveram em 1968, pouco antes de “Cheap Thrills”, um dos 500 maiores álbuns de todos os tempos de acordo com a Rolling Stone, que fez com que ela se tornasse uma grande Estrela do Rock.
“Algumas pessoas me lembraram que este é o 40º aniversário da morte de Janis”, Getz disse, de sua residência em Fairfax. “Eu nem mesmo pensei nisso quando decidi gravar a canção, e nem foi tentando explorar o aniversário que estou lançando isso agora. Eu apenas pensei que deveria colocar esta canção no mundo, para fazer parte da minha música. É algo que tenho que dizer.”
No verão de 1968, Janis e a Big Brother estavam em um ensaio em Manhattan quando Getz apareceu com um pequeno riff de Blues no piano que se tornaria a base de “Can’t be the Only One”.
“Eu disse, ‘Ouçam isto,’ e todos começaram uma Jam em cima desta base,” ele relembra. “Janis disse ‘Ei, eu gosto disso. Vou escrever umas palavras para ela.’”
E foi o que ela fez. No verso de um flyer de uma festa onde a Big Brother havia se apresentado um ano antes. Bem nesta época, enquanto os críticos em Nova York estavam falando mal da Big Brother, alegando que eles não estavam no mesmo nível de Janis enquanto músicos, ela convocou seus companheiros de banda em seu quarto no Chelsea Hotel para dizer a eles que ela estava os abandonando para seguir uma carreira solo.
“Nós sabíamos que aconteceria,” Getz recorda. “Tínhamos este temor havia algum tempo. Foi duro. Quando penso nisso agora, sabendo o que sabemos, eu gostaria que tivéssemos pressionado ela para ficar um pouco mais. Mas sabíamos que aconteceria, e estávamos todos cansados.”
No meio da turbulência professional e da decepção pessoal, Getz jogou a letra em uma caixa, onde a mesma permaneceria pelos próximos 40 anos. “Eu mostrei essa letra provavelmente umas 100 vezes às pessoas como peça de memorabilia,” ele diz. “Até que um dia, eu li novamente e comecei a pensar nela nos termos do que conheci sobre Janis e sua história, e me ocorreu que não eram apenas palavras sem um significado, que ela apenas largou lá. Era completamente autobiográfico, totalmente pertinente e relevante à época na qual ela estava deixando a banda e subseqüentemente ao que aconteceria a ela. Foi incrível. Foi uma daquelas epifanias".
‘Eu nem mesmo pensei naquilo quando decidi gravar a canção...,’ disse Dave Getz, segurando uma foto tirada em 1968, dele tocando bateria com a cantora Janis Joplin. ‘Eu apenas pensei que deveria colocar esta canção no mundo, para fazer parte da minha música.’ Ela viu que sua própria tragédia estava prestes a se revelar.”
Por um olhar mais próximo, a canção é um chacoalhão emocional e instantâneo de uma Janis Joplin infeliz em um ponto de virada fatídico em sua vida e carreira. “Ela ainda sentia dor e solidão apesar de todos os elogios,” disse Getz, e aquele sofrimento era despejado em suas letras. “Muita tristeza no mundo, então adicionarei minha parte,” ela escreveu. “Tire este coração solitário desta garota solitária.”
Em outra linha, ela negocia com o lado sombrio da fama. “Chegar tão alto, querido, não posso evitar de me queimar. Vinte e cinco anos de sofrimento (ela tinha 25 em 1968) e você acha que agora eu aprendi.”
Quatro décadas após desta letra presciente ter sido escrita, Getz finalmente sentiu uma urgência para gravar a canção, que era tempo de fazer parte do legado da BIG BROTHER AND THE HOLDING COMPANY assim como eles foram parte dos dias de glória com Janis.
No ano passado ele entrou em estúdio com uma banda de músicos escolhidos à dedo, que foi chamada de Dave Getz Breakaway, para gravar a faixa. Ironicamente, Kathi McDonald, que substituiu Janis na Big Brother há tantos anos atrás, cantou os vocais principais. Duas versões da canção “Can’t be the Only One” estão no CD que traz outras oito canções que Getz escreveu.
Este outono (Hemisfério Norte) nos trará uma das comemorações mais trágicas do rock – o 40º aniversário da morte de JANIS JOPLIN.
Como vocês devem saber, Janis teve uma conexão profunda com o Condado de Marin. Ela estava vivendo aqui, em uma casinha rústica, hippie em Larkspur's Baltimore Canyon, quando morreu de overdose de heroína em um quarto de hotel em 4 de outubro de 1970. Ela tinha apenas 27 anos. E neste ano completaria seu 67º aniversário.
Dave Getz, o baterista da Big Brother and the Holding Company, banda original de Janis, está inadvertidamente homenageando o aniversário com o lançamento de “Can’t be the Only One”, uma canção que ele e Janis escreveram em 1968, pouco antes de “Cheap Thrills”, um dos 500 maiores álbuns de todos os tempos de acordo com a Rolling Stone, que fez com que ela se tornasse uma grande Estrela do Rock.
“Algumas pessoas me lembraram que este é o 40º aniversário da morte de Janis”, Getz disse, de sua residência em Fairfax. “Eu nem mesmo pensei nisso quando decidi gravar a canção, e nem foi tentando explorar o aniversário que estou lançando isso agora. Eu apenas pensei que deveria colocar esta canção no mundo, para fazer parte da minha música. É algo que tenho que dizer.”
No verão de 1968, Janis e a Big Brother estavam em um ensaio em Manhattan quando Getz apareceu com um pequeno riff de Blues no piano que se tornaria a base de “Can’t be the Only One”.
“Eu disse, ‘Ouçam isto,’ e todos começaram uma Jam em cima desta base,” ele relembra. “Janis disse ‘Ei, eu gosto disso. Vou escrever umas palavras para ela.’”
E foi o que ela fez. No verso de um flyer de uma festa onde a Big Brother havia se apresentado um ano antes. Bem nesta época, enquanto os críticos em Nova York estavam falando mal da Big Brother, alegando que eles não estavam no mesmo nível de Janis enquanto músicos, ela convocou seus companheiros de banda em seu quarto no Chelsea Hotel para dizer a eles que ela estava os abandonando para seguir uma carreira solo.
“Nós sabíamos que aconteceria,” Getz recorda. “Tínhamos este temor havia algum tempo. Foi duro. Quando penso nisso agora, sabendo o que sabemos, eu gostaria que tivéssemos pressionado ela para ficar um pouco mais. Mas sabíamos que aconteceria, e estávamos todos cansados.”
No meio da turbulência professional e da decepção pessoal, Getz jogou a letra em uma caixa, onde a mesma permaneceria pelos próximos 40 anos. “Eu mostrei essa letra provavelmente umas 100 vezes às pessoas como peça de memorabilia,” ele diz. “Até que um dia, eu li novamente e comecei a pensar nela nos termos do que conheci sobre Janis e sua história, e me ocorreu que não eram apenas palavras sem um significado, que ela apenas largou lá. Era completamente autobiográfico, totalmente pertinente e relevante à época na qual ela estava deixando a banda e subseqüentemente ao que aconteceria a ela. Foi incrível. Foi uma daquelas epifanias".
‘Eu nem mesmo pensei naquilo quando decidi gravar a canção...,’ disse Dave Getz, segurando uma foto tirada em 1968, dele tocando bateria com a cantora Janis Joplin. ‘Eu apenas pensei que deveria colocar esta canção no mundo, para fazer parte da minha música.’ Ela viu que sua própria tragédia estava prestes a se revelar.”
Por um olhar mais próximo, a canção é um chacoalhão emocional e instantâneo de uma Janis Joplin infeliz em um ponto de virada fatídico em sua vida e carreira. “Ela ainda sentia dor e solidão apesar de todos os elogios,” disse Getz, e aquele sofrimento era despejado em suas letras. “Muita tristeza no mundo, então adicionarei minha parte,” ela escreveu. “Tire este coração solitário desta garota solitária.”
Em outra linha, ela negocia com o lado sombrio da fama. “Chegar tão alto, querido, não posso evitar de me queimar. Vinte e cinco anos de sofrimento (ela tinha 25 em 1968) e você acha que agora eu aprendi.”
Quatro décadas após desta letra presciente ter sido escrita, Getz finalmente sentiu uma urgência para gravar a canção, que era tempo de fazer parte do legado da BIG BROTHER AND THE HOLDING COMPANY assim como eles foram parte dos dias de glória com Janis.
No ano passado ele entrou em estúdio com uma banda de músicos escolhidos à dedo, que foi chamada de Dave Getz Breakaway, para gravar a faixa. Ironicamente, Kathi McDonald, que substituiu Janis na Big Brother há tantos anos atrás, cantou os vocais principais. Duas versões da canção “Can’t be the Only One” estão no CD que traz outras oito canções que Getz escreveu.
Para a posteridade, ele emprestou a letra original de Janis, escrita à mão para o Marin Rocks, o museu da história do rock a ser aberto em San Raphael no outono. “Houve oportunidades de gravar a canção no passado, mas por alguma razão, minha mente nunca esteve naquele ponto de enxergar a importância da canção e a possibilidade de fazer algo realmente bom com isso,” Getz disse. “Mas agora eu a gravei como eu acho que a Big Brother a teria tocado.”
Fonte desta matéria (em inglês): Paul Liberatore
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