2 de outubro de 2011

Rock In Rio: por que não dá para gostar do Glória


Eu fui um dos felizardos que estiveram no Rock in Rio neste último Domingo. Mas, diante de shows maravilhosos, me encontrei perplexo (no mau sentido) diante do show do Glória.
Passado o choque inicial, passei um tempo refletindo sobre porque esse show foi tão ruim. Gostaria, então, de dividir com os amigos do Whiplash as principais razões pelas quais eu acredito não ser possível gostar do "Glória". Vamos lá:
1) Para começar, por causa do nome da banda.
Fala sério! Tenho certeza que em alguma entrevista, em algum lugar, alguém deve ter uma boa justificativa para esse nome, mas o fato é que ele é horrível para uma banda de metal. E o pior é que existem muitas técnicas consagradas para dar nome a bandas. Por exemplo, usando a anatomia humana você poderia criar vários nomes legais como: “Pulmão”, “Medula Óssea”, “Fígado” ou “Fêmur”. Doenças também funcionam bem: “Cancro Mole”, “Cólera” e “Ebola”, por exemplo. O que eu estou querendo dizer, é que praticamente qualquer nome seria melhor do que “Glória”. Bem, a exceção talvez seja “Aleluia”. Mas acho que vocês já entenderam.
2) Os nomes dos integrantes que estão ou já passaram pela banda
Alguém precisa falar para o Maurício Vieira que não adianta nada encher o corpo de tatuagens exóticas, falar grosso e fazer pose se o seu nome artístico é “Mi”. Ou o “Gee Rocha”, que também já passou por lá. Ou mesmo “Fil” que foi o baterista.
Gente, não dá! Banda de metal mesmo tem integrantes com nomes como “Caveira”, “Demônio”, “Tonhão”, “Zé”, etc. Ou porque não, simplesmente, “Maurício”?
3) Cover do Pantera
Achei que eles fizeram excelentes covers do Pantera. O problema é que quando essa é a única coisa que presta no seu show e o único motivo de você não sair linchado por 100 mil pessoas no Rock in Rio, talvez exista alguma coisa errada, não é mesmo?
4) As letras das músicas
O Glória é a banda que mais envia mensagens contraditórias para os fãs. Eles entram cheios de pose e peso, fazendo cara de mau e agitando cabeça. Mas ao mesmo tempo em que eles cantam coisas como: “Vai se foder, quem disse que eu era só seu / Vai se foder, otário venceu! / Vai se foder, essa é pra quem esqueceu! / Vai se foder, e agora é tudo meu!”, a gente também tem que ouvir pérolas como: “Peguei meus sonhos / Desenhei no ar / Irei voar / Pra te encontrar”. Desculpe, mas não dá!
5) O vocal do guitarrista Elliot
Não tenho nem muito que comentar sobre isso. Tenho ouvido dizer que ele faz “vocal melódico” (achei que todos os vocais fossem melódicos. Estranho...) e que isso é um diferencial da banda, mas é como se o vocalista do NX-Zero estivesse cantando em cima de uma base feita com uma mistura de liquidificador, triturador de carne e microfonia. Não casa muito com a música e é mais uma mensagem contraditória para os fãs. Horrível!
Bem essa é a lista. Fiquem à vontade para incluir suas idéias abaixo.
Para falar a verdade, a única coisa que presta nessa banda é o Eloy Casagrande. E acho que vou chamar ele para tocar na minha banda também porque pelo jeito ele está aceitando qualquer convite por aí!
Brincadeiras à parte, você talvez diga que o problema sou eu, que não entendo nada de música, não estou dando apoio para o metal brasileiro e estou sendo preconceituoso com uma proposta diferente. Isso não é verdade. Dou total apoio para o metal brasileiro e estou ansioso para que apareça a próxima grande banda nacional. O fato é que eu (e sei que não estou sozinho nessa) sei do que gosto. E, francamente, acho o Glória uma merda.
E tenho dito!

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