Em outro texto meu batizado
como “Do Reggae ao Heavy Metal: de onde vem o gosto musical?”, vimos que
o gosto musical pode vir de um lugar e desembocar em outro totalmente
diferente.
Mas
as mudanças e influências não pararam por aí. Depois que entrei no
mundo do rock, muita coisa ainda mudava em meu gosto pela música e muita
coisa ainda me influenciava, mesmo sem eu me dar conta disso. Quando
você está no mundo do mainstream o principal fator de influência é
invariavelmente a mídia. Que te diz o que ouvir, o que fazer e como
agir. Porém, mesmo depois que você passa a fazer parte (e a curtir) do
underground, você não está completamente livre. Mesmo no mundo do Heavy
Metal existem muitas forças te empurrando para determinadas direções e
te dizendo como você deve se portar. Ainda mais se você for um
adolescente, facilmente sucumbirá a essas forças.
Até então, tudo
normal. Mas também comecei a detestar tudo o que não se encaixava no
rótulo “Metal” e também a odiar o que fosse denominado “New Metal”.
Afinal, “esse tal de novo metal não é metal de verdade, é coisa de
poser. Morte ao falso metal!” – já bradava Joey DeMaio. Em suma estava
me tornando um troo. Até mesmo o Slipknot
que eu gostava tanto, passei a odiar e vendi (ou troquei, não me
lembro) os dois CDs deles que eu tinha. Nem mesmo Hard Rock era bem
quisto por mim. Bastava ler em uma resenha de algum álbum de banda que
eu não conhecia e via que o gênero não era metal, eu nem chegava perto
para ouvir, por mais que o redator tenha escrito muitos elogios à banda
em questão. Afinal, se não podia ser chamado de “Metal”, não devia ser
coisa boa.
Passei a me vestir todo de preto, sempre com camisetas
estampando os logos das bandas que mais apreciava, assim como a maioria
dos headbangers. Ou seja, estava me vestindo conforme uma “moda”. Além
disso, deixei meu cabelo crescer na altura dos ombros, também conforme a
moda. Apesar de ainda ter saudades de minhas longas madeixas, o
problema é que meu cabelo não era (e não é) muito propenso para isso e o
resultado só agradava a mim mesmo. Mesmo assim, mantinha o cabelo
comprido.
Independente
de qual estilo lhe agradar mais, o importante é manter a cabeça aberta
para a música. Mas “manter a cabeça aberta” não significa que você tem
que gostar de tudo, significa que você pode dar chance a qualquer coisa e
ter o direito de gostar ou não. Se lhe apetecer, ótimo! Senão
paciência. Desde que você não queira ouvir porque não acha bom e não
pelo simples fato de não ter certa denominação. Afinal, livremente de
qualquer rótulo só existem dois tipos de músicas: as boas e as ruins.
Contudo,
é bom dizer que, mesmo tendo a cabeça aberta e sendo livre de qualquer
influência ou regras, meu estilo preferido continua sendo o Heavy Metal e
minhas bandas favoritas ainda são SAVATAGE, ANGRA, OZZY, DREAM THEATER,
Iron Maiden,
BLIND GUARDIAN, METALLICA, HELLOWEEN, RHPASODY, HAMMERFALL, DIO entre
muitas outras. Enquanto tem estilos que no geral eu não suporto, como
pagode, o tal do sertanejo universitário, ou pop descartáveis.
Fonte desta matéria: Café com Ócio
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