3 de fevereiro de 2010

Discos Marcantes de Joni Mitchell IV







Joni Mitchell - Hejira(1976)

Origem: Estados Unidos
Produtor: Joni Mitchell
Formação Principal no Disco: Joni Mitchell - Larry Carlton - Abe Most - Neil Young - Chuck Findley - Tom Scott: - Victor Feldman - Jaco Pastorius - Max Bennett - Chuck Domanico - John Guerin - Bobbye Hall
Estilo: Folk Jazz
Relacionados: Neil Young/Jaco Pastorius/The Band
Destaque: Furry Sings The Blues
Melhor Posição na Billboard:13o


Após o sucesso de Court And Spark, Joni Mitchell se desinteressou tanto pelo pop setecentista quanto da velha cena folk que lhe alçou ao estrelato, no fim dos anos 60. a partir dali, a compositora candense iria enfeixar uma série de álbuns direcionados à experimentações musicais, além da colaboração com músicos de jazz (principalmente o fusion), como Herbie Hancock. Não que isso descaracterizasse o estílo típico de Joni, mas a partir da então, ela iria lançar discos com uma linha anti-comercial (como acontecera com Tim Buckley). O elepê posterior, The Hissing of Summer Lawns, a despeito de ser ligeiramente experimental, chegou ao quarto lugar na Billboard, fato que fez com que Mitchell se sentisse livre para ir mais longe — o que seria o caso de Hejira. Segundo Joni, todas as canções foram compostas durante uma viagem de carro que ela empreendeu do extremo leste norte-americano até a Califórnia, em 1975. As letras colhem impressões e visões da estrada cujo título do disco é uma forma alegórica de sacralizar a viagem (Hejira é a viagem sagrada que Maomé realizou até Meca), como Refuge of the Roads, Furry Sings The Blues (destaque para a participação especial de Neil Young, que ela havia reencontrado no palco do The Last Waltz, a despedida da The Band) e Coyote. Na verdade, Hejira não é experimental ao ponto de soar hermético, mas tem um timbre bem mais sofisticado que a Joni dos tempos do Blue. Aliás, pelo ar pastoral que ela imprime às canções de Hejira, o disco lembra algo como o próprio Blue passado a limpo, emoldurado pelo contrabaixo de Jaco Pastorius, com efeito o ponto marcante do disco que, ao contrário de The Hissing of Summer Lawns, não se sairia bem nas paradas — embora ironicamente seja o trabalho mais inspirado, autoral e audacioso de Joni Mitchell.

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