14 de outubro de 2009

Discos Marcantes do Emerson, Lake & Palmer





Emerson, Lake & Palmer - Tarkus (1971)

Origem: Inglaterra

Produtor: Greg Lake

Formação Principal no Disco: Keith Emerson – Greg Lake – Carl Palmer

Estilo: Rock Progressivo

Relacionados: Yes/ Jethro Tull/ King Crimson

Destaque: The Only Way

Melhor Posição na Billboard: 9o


Produto de um determinado contexto histórico na história do rock, o Progressivo se tornou um estilo bastante peculiar dentro do gênero onde floresceu. Foi também o momento em que o experimentalismo e o ecletismo musical chegou à regiões limítrofes dentro da música. Nesse sentido, os arranjos flertavam com outros estilos, com o jazz e com o erudito. Esse foi o caso do Emerson, Lake And Palmer. Tarkus. o segundo disco do trio, ao contrário do álbum de estréia da banda, é bem mais coeso. Herda daquele (um disco compopsto basicamente de paráfrases de temas clássicos, que vão de Bartók até Johann Sebastian Bach) apenas a estrutura de suíte e uma espécie de livre reelaboração da forma-sonata numa estrutura rapsódica, mais precisamente no lado A. Ou seja, um misto entre o rigor do clássico e a improvisação do rock. Em mais de vinte minutos de música, Tarkus é uma complexa e descritiva piece de resistance que se subdivide em sete partes intercaladas em temas cantados e instrumentais. Narra a história, como se fosse um micro-romance de formação de um monstro fantástico (metade tanque, metade tatu), sua viagem até o local onde ele se bate contra uma esfinge numa justa apocalítica e surreal e, no fim, a sua partida. Além da estrutura que remete ao modelo clássico, Keith Emerson usa outros conceitos típicos do erudito como wagneriano conceito de motivos condutores (o terma do nascimento reaparece modificado no fim da suíte). De Tarkus, apenas Stones Of The Years, a segunda parte, foi utilizada como single. E se a primeira parte do álbum é praticamente uma concepção individual — criada por Emerson, o lado B tem mais a cara de Greg, com exceção da fascinante The Only Way, uma quase uma tocata para voz e órgão. Infinite Space é um impromptu onde o piano fica martelando um Fá Maior o tempo todo. Are You Readdy, Eddy, é um boogie woogie que destoa totalmente do estilo progressivo do ELP. É uma brincadeira com o engenheiro de som: sempre que eles pediam algo para comer, ele (Eddy Offord, que também trabalhou nos discos do Yes) aparecia com a mesma bandeja de sanduíches de sempre. No fim, Greg repete a resposta que Eddy sempre dizia: "eles só tem isso com queijo e presunto"... .

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