9 de outubro de 2009

Discos Marcantes do Deep Purple







Deep Purple – In Rock (1970)

Origem: Inglaterra

Produtor: Deep Purple

Formação Principal no Disco: Ian Gillan – Ritchie Blackmore – Roger Glover – Ian Paice – Jon Lord

Estilo: Hard Rock

Relacionados: Led Zeppelin; Black Sabbath; Bachman-Turner Overdrive

Destaque: Child In Time

Melhor Posição na Billboard: Não encontrado

Em meados de 1969, por intermédio de Jon Lord, o Deep Purple aceitou a sugestão do tecladista do conjunto inglês em mergulhar a sua música no experimentalismo e na música clássica. O fator resultante disso foi um trabalho tanto audacioso e complexo, que foi o de amalgamar o erudito com o rock de vanguarda, numa suíte orquestral, intitulada pomposamente Concerto for Group And Orchestra. A peça, um tanto revolucionária (e bizarra) para a época (já que o rock não teve a mínima pretensão de flertar com um estilo tão excêntrico e inextrincável como o clássico e nem este, em sua sisudez, não teve qualquer interesse em bafejar o rés-do-chão do rock) e uma das pioneiras no estilo, consistia em uma sinfonia concertante (orquestra +solista) em três movimentos, gravados com a Royal Phillarmonic Orchestra, sob a regência do maestro e compositor Malcolm Arnold (a bem da verdade, e põe bem nisso, uma idéia apenas de Jon). Além de ter carta branca para o projeto, Lord ainda teve a proteção de Arnold, que lhe permitiu lidar sem sustos com a sisudez de músicos que talvez torcessem o nariz para um gênero tão selvagem como o rock. No mesmo estro, o Purple ainda faria outra ‘sinfonia’ nesse campo, a Gemini Suíte. No entanto, a despeito de lograr êxito e popularidade com o projeto, Ritchie Blackmore e Ian Gillan não estavam lá muito satisfeitos de serem tachados de ‘roqueiros erutitos’. Para mudar de certa forma esse rótulo, ainda que o experimentalismo fosse o norte da banda, para o disco seguinte, a alternativa foi partir para as vias de fato, ou seja, fazer um disco cujo mote fosse o gênero que os notabilizou: assim nasceu In Rock. Outro fator importante: este seria o primeiro disco sem covers. Ainda durante o lançamento do Concerto eles entraram em estúdio para recomeçar os trabalhos. E, se eles queriam uma certa distância do clássico, muito do que Lord aprendeu com Arnold e com outros eruditos, muito do paradigmático nesse estilo iria nortear os arranjos de In Rock. O nome, pois, não era gratuito — sem meio termo, o negócio era agora para ser curto e grosso: baixo, hammonds destilados naquilo que mais fazia a cabeça da turma do psicodelismo musical depois do LSD, o Leslie Speaker (e sob os auspícios de Lord, cujo lavor de joalheiro nos teclados, caracteriza o som de In Rock), marshalls, guitarras em profusão e os indefectíveis falsetos estridentes de Gillan. Contudo, não tão curto e tão grosso, assim. Da herança erudita, podemos vislumbrar o modelo de suíte (em movimentos lento-rápido-lento, que também seria o mote do paradigma do progressivo, via de regra) de peças como Speed King (que tem uma introdução rascante nas guitarras como se chamasse a atenção do ouvinte, como num prelúdio), que ia do rigor clássico à mera improvisação, também misturando a linguagem do rock tradicional com o de vanguarda. E a complexa e antológica Child In Time, certamente a mais conhecida do álbum, com a relação concertante (essa palavra...)entre a guitarra de Blackmore, os teclados de Lord e a base jazzística entre Ian Paice e Roger Glover, e que também se tornaria um dos grandes momentos do Purple no palco a partir de então.


Faixas

1. . Speed King
2. . Bloodsucker
3. . Child in Time
4. . Flight of The Rat
5. . Into The Fire
6. . Living Wreck
7. . Hard Lovin' Man

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