Biografia
Em 1977, na cidade inglesa de Sheffield, dois jovens programadores de computadores, Martyn Ware e Ian Craig Marsh, resolveram montar uma banda, inspirados no Kraftwerk. Após alguns meses de economia, compraram um antigo teclado Korg e começaram a estudar o equipamento, já que não entendiam nada de música.
Assim, nasceram o The Dead Daughters, que ensaiaram para uma festa de 21 anos de um amigo. Nessa época, o cantor era Adi Newton. O grupo, aliás, havia mudado de nome: The Future. Mas o futuro deles continuava opaco…
O Future chegou a gravar algumas demos e até viajaram para Londres, na esperança de conseguirem algum contrato.
Ninguém gostou muito do som do grupo, especialmente pela falta de guitarras no som e Adi acabou pulando fora. Posteriormente ele formaria o Clock DVA. E aí apareceu o homem que iria mudar o rumo da banda: Phil Oakey.
Oakey também não tinha muita experiência musical - era enfermeiro. Jamais tinha pisado num palco ou testado sua voz, mas Martyn achou que ele teria grandes chances, pois tinha um belo corte de cabelo e se vestia muito bem.
Oakey já conhecia o The Future e acabou aceitando o convite. O problema é que eles não tinham mais grana para investir em equipamentos, a não ser um saxofone de Oakey.
Tudo começou quando Phil ouviu uma melodia e dela escreveu uma letra que acabou resultando no primeiro compacto, Being Boiled. Nessa altura, eles já eram The Human League, nome tirado de um jogo de ficção-científica chamado Star Force. “Being Boled” apareceu na primeira demo gravado pela banda, junto com “Circus of Death” e “Toyota City.”
Acabaram conseguindo contrato com um pequeno selo escocês chamado Fast Records, de Bob Last e lançaram o compacto Being Boled.
O compacto atraiu uma grande atenção, apesar das poucas cópias prensadas e teve ótimo apoio da crítica. Dessa maneira, o grupo resolveu fazer seu primeiro show, o que aconteceu no dias 12 de junho de 1978, no Bar 2 no Sheffield’s Psalter Lane. A apresentação foi traumática, em parte pela precariedade dos equipamentos e pela pouca técnica dos músicos.
O medo de tocar ao vivo acabou sendo solucionado quando apareceu Adrian Wright, que mexeu na parte visual da apresentação, colocando telões no palco, mostrando trechos de séries de televisão e filmes.
O grupo acabou aceitando um convite para abrir os shows de Siouxsie and the Banshees. Porém, eles temiam que seus sintetizadores fossem destruídos pelos raivosos fãs punks, que certamente iriam arremessar tudo em cima deles. Temendo algo pior, mandaram construir uma parede de fiberglass no palco. Alguns críticos viram isso como uma manifestação artística do trio, dizendo que o Human League queria manter um certo distanciamento da platéia. Ah, se eles soubessem a verdade…
Em abril de 1979 é lançado o segundo compacto, The Dignity of Labour, bem mais experimental e com pouco apelo comercial. No entanto, o grupo começou a negociar com alguns selos maiores e acabaram assinando com a Virgin, que havia prometido total liberdade criativa a eles. E, como forma de agradecimento, chamaram Bob Last para trabalhar como empresário do trio.
O grupo acabou tendo uma estréia de fogo já contratado por um selo grande, abrindo as apresentações de ninguém menos que Iggy Pop. Eles haviam lançado o compacto “I Don’t Depend on You”, que causou uma pequena tensão entre o grupo e o selo, já que as músicas não possuíam solos de guitarra. O grupo reclamava que a “total liberdade” não era bem verdade e tinham que adicionar alguns instrumentos. Em contrapartida, exigiam que essas faixas fossem lançadas como se fossem de um grupo chamado The Men.
Foi dessa maneira que entraram em estúdio para gravar o primeiro LP, Reproduction. O disco foi gravado em três semanas durante o mês de julho.
Quando o disco foi lançado, não obteve muito sucesso comercial, em parte devido ao som extremamente eletrônico e recebeu algumas resenhas boas e outras ruins e fracassou com baixas vendagens. O melhor momento do disco era a canção “Empire State Human”, que se tornou o primeiro compacto do LP.
As pífias vendagens acabaram fazendo com que a Virgin cancelasse a turnê européia do grupo, que fariam em novembro, quando abririam para os Talking Heads.
O grupo entrou no ano de 1980 com um EP chamado Holiday ‘80, com covers de Bowie e uma canção chamada Marianne. O EP acabou fracassando nas paradas e no desespero, a Virgin lançou “Marianne” em um compacto de sete polegadas para tentar vender algo. Não deu muito certo…
No dia 15 de maio, o grupo começou uma turnê de 12 datas pelo Reino Unido, abrindo em Newcastle e fechando no dia 29 de maio, em Wakefield. Adrian Wright era agora um membro do Human, convertido a um quarteto. Nesse mesmo mês é lançado o segundo disco: Travelogue.
Travelogue estreou bem nas paradas inglesas, na 16ª posição e mostrava um grupo ainda investindo nas experimentações, mas com uma roupagem mais acessível.
Porém, a falta de maiores sucessos e a pouca grana que cada membro recebia (aproximadamente 30 libras semanais) começaram a causar rusgas internas. Martyn e Phil não se suportavam e Ian Craig não aceitava mais Adrian como membro do grupo. E tudo piorou quando Gary Numan conseguiu o topo da parada com seu novo single. Como resultado, Ian e Martyn deixaram o Human League. Não foram poucos o que decretaram a morte do grupo.
Mas Phil foi previdente e antes do primeiro passo, chegou a um acordo legal com os dois para manter o nome da banda e uma pequena porcentagem dos lucros do próximo disco e excursão.
Ian e Martyn acabaram montando o British Electric Foundation (BEF), uma companhia que tinha como missão lançar novas bandas, caso do novo grupo dos dois, o excelente Heaven 17.
E Phil? bem, ele fez algo totalmente impensável ao convidar duas jovens dançarinas para integrarem a nova formação do Human League. Phil as encontrou na boate Crazy Daisy, de Sheffield. Joane Catherall (morena) e Susan Sulley (loira) eram as novas caras da banda.
Quando a turnê européia começou, as platéias foram hostis com as duas meninas.
Ironicamente, elas eram fãs da banda e tinham comprado suas entradas para os shows. Quando eles se apresentaram na Alemanha, os fãs ficaram revoltados em não ver a formação original do grupo e eles foram vaiados. Uma tremenda prova de fogo para a nova reencarnação do Human League. Ao vivo, a banda acabou usando alguns tapes que haviam sido preparados por Martyn Ware.
A turnê não fez muito sucesso, mas mesmo assim, o grupo se trancou no Monumental Studios, onde o Heaven 17 estava compondo seu primeiro disco, o clássico Penthouse & Pavement.
Essas demos foram bancadas por Simon Draper, um velho fã do grupo. O primeiro resultado dessas gravações foi “Boys & Girls”, número 47 nas paradas.
Oakey teve então a idéia de agregar mais dois músicos ao grupo, Ian Burden e Jo Callas, ex-Resillos.
Draper pediu que a banda continuasse a trabalhar no estúdio e de lá saíram com outro sucesso ainda maior, “The Sound of the Crowd”, número 20 nas paradas.
O sucesso começou a chegar muito forte quando “Love Action”, bateu no terceiro posto das paradas de compacto.
Por tudo isso, a banda estava bastante otimista com o novo disco. Otimistas sim, mas não esperavam, com certeza, tamanho sucesso.
Quando Dare! saiu, o grupo ganhou as manchetes do mundo todo. Phil Oakey conseguira o inimaginável: pegar uma banda dada como morta e fazer dela um tremendo sucesso.
A histeria atingiu níveis inacreditáveis, quando Simon Draper convenceu Phil a tirar um quarto compacto do disco, “Don’t You Want Me”, para aproveitar a época de Natal, apostando que a canção teria grande êxito. E como: “Don’t You Want Me” foi número 1 na Inglaterra e o Human League era a grande sensação do ano.
Curiosamente, Phil não gostava da música e a achava com pouco apelo comercial. Pois o compacto - amparado em um belo vídeo - vendeu 1.430.000 de cópias, um dos 25 mais bem sucedidos da história do rock.
A gravadora rapidamente começou a relançar os antigos discos do Human League tentando ganhar ainda mais sobre o sucesso e em 1982 sai um disco de remixes, Love And Dancing, creditado a The League Unlimited Orchestra, enquanto a banda saía em uma grande turnê.
Após o final dos shows, o grupo lançou um novo compacto, Mirror Man, segundo lugar nas paradas. O céu era o limite.
Em 1983, o Human League já era um super-grupo e quando lançaram um novo compacto, (Keep Feeling) Fascination - novamente segundo lugar nas paradas e oitavo nos Estados Unidos - a banda começou a sofrer um bloqueio criativo. O primeiro problema foi a saída do produtor Martin Rushent, que estava irritado com a banda, que “requentava” algumas fórmulas, ao invés de progredir.
Sem o que lançar, a Virgin pegou uma canção nova, “I Love You Too Much”, e a lançou junto com o EP Fascination, com os remixes de “Fascination” e “Mirror Man”, apenas para o mercado norte-americano. Conclusão: o EP foi um dos campões de importação na Inglaterra, naquele ano.
A banda sofria uma pressão tremenda para fazer um segundo hit mundial. A banda ficou dois meses trancada no estúdio e Simon Draper chamou o produtor Hugh Padgham. Ele havia recém-produzido o disco Synchronicity do The Police, e a eterna “Every Breath You Take”. A missão dele era orientar o grupo em uma nova direção.
Quando Hysteria saiu, um clima de decepção tomou conta de fãs e da gravadora. O disco conseguiu a terceira posição nas paradas, mas o disco não agradou muito e logo estava fora das paradas.
A grande canção do disco era “Louise”, mas o clima de fracasso era evidente. Por isso, o grupo se reuniu no início de 1985 na casa de Phil Oakey com o produtor Colin Thurston, que havia produzido Reproduction. Jo Callas anuncia que irá deixar o grupo e é substituído por Jim Russell, ex-Associates.
Nesse meio tempo, Phil Oakey lançou um disco em parceria com o lendário produtor Giorgio Moroder chamado Philip Oakey & Giorgio Moroder, que conseguiu apenas o número 52 nas paradas. A idéia inicial da gravadora era chamar Moroder para produzir a banda.
A banda passaria outro ano em branco e muitos davam o grupo como encerrado. Mas, a banda voltou com disco Crash, amparado no hit “Human”, que estreou na sétima posição das paradas. A canção deu ao grupo o primeiro lugar nas paradas norte-americanas, repetindo o feito de Dare! e revitalizando a carreira do grupo.
Após uma grande turnê, Ian Burden anunciou que estava de saída e a banda sumiu durante o ano de 1987.
Com o silêncio, a Virgin colocou no mercado a coletânea Greatest Hits, terceiro posto nas paradas e no ano seguinte, os dois primeiros discos são lançados em CDs pela primeira vez.
Novo disco só em 1990 com Romantic?, um fracasso em todos os sentidos.
O baque foi tão forte que eles ficaram cinco anos sem lançar mais nada. Naturalmente acabaram dispensados pela Virgin, em 1992, o que arrasou o trio. Na mesma leva, a gravadora também dispensara o Heaven 17, encerrando uma era gloriosa das bandas new waves.
Em 1994, um pequeno selo chamado East West, de propriedade da Time Warner Company, anuncia que assinou com o grupo, após assistirem alguns ensaios e ouvirem as novas canções.
No dia 31 de dezembro daquele ano lançam um novo compacto, Tell Me When, batendo na 7ª posição, mais do que banda e selo esperavam naquele momento, especialmente após participarem do programa televisivo Top Of The Pops.
Ironicamente, a mesma música havia sido recusada pela Virgin, em 1992, que lamentava o “sucesso” de sua antiga contratada.
Em 1995 sai Octopus, primeiro disco em cinco anos. Produzido pelo tecladista Ian Stanley, ex-Tears for Fears, um antigo fã do grupo e que soube valorizar os vocais de Phil Oakey e a ajudar a elaborar arranjos inspirados, que não se ouvia desde Dare!.
Uma grande volta, sem dúvida alguma.
Após Octopus, o grupo lançou ainda algumas coletâneas, e apenas mais um disco de estúdio e isso em 2001: Secrets.
O disco fez algum sucesso e mostrou a velha classe da banda em 16 novas canções, mostrando que tinham envelhecido com dignidade e ainda conseguiam cativar com novas canções.
Em 2005, o grupo passou pelo Brasil, onde realizou alguns shows e conquistou os antigos fãs com muita simpatia e seus antigos hits.
Assim, nasceram o The Dead Daughters, que ensaiaram para uma festa de 21 anos de um amigo. Nessa época, o cantor era Adi Newton. O grupo, aliás, havia mudado de nome: The Future. Mas o futuro deles continuava opaco…
O Future chegou a gravar algumas demos e até viajaram para Londres, na esperança de conseguirem algum contrato.
Ninguém gostou muito do som do grupo, especialmente pela falta de guitarras no som e Adi acabou pulando fora. Posteriormente ele formaria o Clock DVA. E aí apareceu o homem que iria mudar o rumo da banda: Phil Oakey.
Oakey também não tinha muita experiência musical - era enfermeiro. Jamais tinha pisado num palco ou testado sua voz, mas Martyn achou que ele teria grandes chances, pois tinha um belo corte de cabelo e se vestia muito bem.
Oakey já conhecia o The Future e acabou aceitando o convite. O problema é que eles não tinham mais grana para investir em equipamentos, a não ser um saxofone de Oakey.
Tudo começou quando Phil ouviu uma melodia e dela escreveu uma letra que acabou resultando no primeiro compacto, Being Boiled. Nessa altura, eles já eram The Human League, nome tirado de um jogo de ficção-científica chamado Star Force. “Being Boled” apareceu na primeira demo gravado pela banda, junto com “Circus of Death” e “Toyota City.”
Acabaram conseguindo contrato com um pequeno selo escocês chamado Fast Records, de Bob Last e lançaram o compacto Being Boled.
O compacto atraiu uma grande atenção, apesar das poucas cópias prensadas e teve ótimo apoio da crítica. Dessa maneira, o grupo resolveu fazer seu primeiro show, o que aconteceu no dias 12 de junho de 1978, no Bar 2 no Sheffield’s Psalter Lane. A apresentação foi traumática, em parte pela precariedade dos equipamentos e pela pouca técnica dos músicos.
O medo de tocar ao vivo acabou sendo solucionado quando apareceu Adrian Wright, que mexeu na parte visual da apresentação, colocando telões no palco, mostrando trechos de séries de televisão e filmes.
O grupo acabou aceitando um convite para abrir os shows de Siouxsie and the Banshees. Porém, eles temiam que seus sintetizadores fossem destruídos pelos raivosos fãs punks, que certamente iriam arremessar tudo em cima deles. Temendo algo pior, mandaram construir uma parede de fiberglass no palco. Alguns críticos viram isso como uma manifestação artística do trio, dizendo que o Human League queria manter um certo distanciamento da platéia. Ah, se eles soubessem a verdade…
Em abril de 1979 é lançado o segundo compacto, The Dignity of Labour, bem mais experimental e com pouco apelo comercial. No entanto, o grupo começou a negociar com alguns selos maiores e acabaram assinando com a Virgin, que havia prometido total liberdade criativa a eles. E, como forma de agradecimento, chamaram Bob Last para trabalhar como empresário do trio.
O grupo acabou tendo uma estréia de fogo já contratado por um selo grande, abrindo as apresentações de ninguém menos que Iggy Pop. Eles haviam lançado o compacto “I Don’t Depend on You”, que causou uma pequena tensão entre o grupo e o selo, já que as músicas não possuíam solos de guitarra. O grupo reclamava que a “total liberdade” não era bem verdade e tinham que adicionar alguns instrumentos. Em contrapartida, exigiam que essas faixas fossem lançadas como se fossem de um grupo chamado The Men.
Foi dessa maneira que entraram em estúdio para gravar o primeiro LP, Reproduction. O disco foi gravado em três semanas durante o mês de julho.
Quando o disco foi lançado, não obteve muito sucesso comercial, em parte devido ao som extremamente eletrônico e recebeu algumas resenhas boas e outras ruins e fracassou com baixas vendagens. O melhor momento do disco era a canção “Empire State Human”, que se tornou o primeiro compacto do LP.
As pífias vendagens acabaram fazendo com que a Virgin cancelasse a turnê européia do grupo, que fariam em novembro, quando abririam para os Talking Heads.
O grupo entrou no ano de 1980 com um EP chamado Holiday ‘80, com covers de Bowie e uma canção chamada Marianne. O EP acabou fracassando nas paradas e no desespero, a Virgin lançou “Marianne” em um compacto de sete polegadas para tentar vender algo. Não deu muito certo…
No dia 15 de maio, o grupo começou uma turnê de 12 datas pelo Reino Unido, abrindo em Newcastle e fechando no dia 29 de maio, em Wakefield. Adrian Wright era agora um membro do Human, convertido a um quarteto. Nesse mesmo mês é lançado o segundo disco: Travelogue.
Travelogue estreou bem nas paradas inglesas, na 16ª posição e mostrava um grupo ainda investindo nas experimentações, mas com uma roupagem mais acessível.
Porém, a falta de maiores sucessos e a pouca grana que cada membro recebia (aproximadamente 30 libras semanais) começaram a causar rusgas internas. Martyn e Phil não se suportavam e Ian Craig não aceitava mais Adrian como membro do grupo. E tudo piorou quando Gary Numan conseguiu o topo da parada com seu novo single. Como resultado, Ian e Martyn deixaram o Human League. Não foram poucos o que decretaram a morte do grupo.
Mas Phil foi previdente e antes do primeiro passo, chegou a um acordo legal com os dois para manter o nome da banda e uma pequena porcentagem dos lucros do próximo disco e excursão.
Ian e Martyn acabaram montando o British Electric Foundation (BEF), uma companhia que tinha como missão lançar novas bandas, caso do novo grupo dos dois, o excelente Heaven 17.
E Phil? bem, ele fez algo totalmente impensável ao convidar duas jovens dançarinas para integrarem a nova formação do Human League. Phil as encontrou na boate Crazy Daisy, de Sheffield. Joane Catherall (morena) e Susan Sulley (loira) eram as novas caras da banda.
Quando a turnê européia começou, as platéias foram hostis com as duas meninas.
Ironicamente, elas eram fãs da banda e tinham comprado suas entradas para os shows. Quando eles se apresentaram na Alemanha, os fãs ficaram revoltados em não ver a formação original do grupo e eles foram vaiados. Uma tremenda prova de fogo para a nova reencarnação do Human League. Ao vivo, a banda acabou usando alguns tapes que haviam sido preparados por Martyn Ware.
A turnê não fez muito sucesso, mas mesmo assim, o grupo se trancou no Monumental Studios, onde o Heaven 17 estava compondo seu primeiro disco, o clássico Penthouse & Pavement.
Essas demos foram bancadas por Simon Draper, um velho fã do grupo. O primeiro resultado dessas gravações foi “Boys & Girls”, número 47 nas paradas.
Oakey teve então a idéia de agregar mais dois músicos ao grupo, Ian Burden e Jo Callas, ex-Resillos.
Draper pediu que a banda continuasse a trabalhar no estúdio e de lá saíram com outro sucesso ainda maior, “The Sound of the Crowd”, número 20 nas paradas.
O sucesso começou a chegar muito forte quando “Love Action”, bateu no terceiro posto das paradas de compacto.
Por tudo isso, a banda estava bastante otimista com o novo disco. Otimistas sim, mas não esperavam, com certeza, tamanho sucesso.
Quando Dare! saiu, o grupo ganhou as manchetes do mundo todo. Phil Oakey conseguira o inimaginável: pegar uma banda dada como morta e fazer dela um tremendo sucesso.
A histeria atingiu níveis inacreditáveis, quando Simon Draper convenceu Phil a tirar um quarto compacto do disco, “Don’t You Want Me”, para aproveitar a época de Natal, apostando que a canção teria grande êxito. E como: “Don’t You Want Me” foi número 1 na Inglaterra e o Human League era a grande sensação do ano.
Curiosamente, Phil não gostava da música e a achava com pouco apelo comercial. Pois o compacto - amparado em um belo vídeo - vendeu 1.430.000 de cópias, um dos 25 mais bem sucedidos da história do rock.
A gravadora rapidamente começou a relançar os antigos discos do Human League tentando ganhar ainda mais sobre o sucesso e em 1982 sai um disco de remixes, Love And Dancing, creditado a The League Unlimited Orchestra, enquanto a banda saía em uma grande turnê.
Após o final dos shows, o grupo lançou um novo compacto, Mirror Man, segundo lugar nas paradas. O céu era o limite.
Em 1983, o Human League já era um super-grupo e quando lançaram um novo compacto, (Keep Feeling) Fascination - novamente segundo lugar nas paradas e oitavo nos Estados Unidos - a banda começou a sofrer um bloqueio criativo. O primeiro problema foi a saída do produtor Martin Rushent, que estava irritado com a banda, que “requentava” algumas fórmulas, ao invés de progredir.
Sem o que lançar, a Virgin pegou uma canção nova, “I Love You Too Much”, e a lançou junto com o EP Fascination, com os remixes de “Fascination” e “Mirror Man”, apenas para o mercado norte-americano. Conclusão: o EP foi um dos campões de importação na Inglaterra, naquele ano.
A banda sofria uma pressão tremenda para fazer um segundo hit mundial. A banda ficou dois meses trancada no estúdio e Simon Draper chamou o produtor Hugh Padgham. Ele havia recém-produzido o disco Synchronicity do The Police, e a eterna “Every Breath You Take”. A missão dele era orientar o grupo em uma nova direção.
Quando Hysteria saiu, um clima de decepção tomou conta de fãs e da gravadora. O disco conseguiu a terceira posição nas paradas, mas o disco não agradou muito e logo estava fora das paradas.
A grande canção do disco era “Louise”, mas o clima de fracasso era evidente. Por isso, o grupo se reuniu no início de 1985 na casa de Phil Oakey com o produtor Colin Thurston, que havia produzido Reproduction. Jo Callas anuncia que irá deixar o grupo e é substituído por Jim Russell, ex-Associates.
Nesse meio tempo, Phil Oakey lançou um disco em parceria com o lendário produtor Giorgio Moroder chamado Philip Oakey & Giorgio Moroder, que conseguiu apenas o número 52 nas paradas. A idéia inicial da gravadora era chamar Moroder para produzir a banda.
A banda passaria outro ano em branco e muitos davam o grupo como encerrado. Mas, a banda voltou com disco Crash, amparado no hit “Human”, que estreou na sétima posição das paradas. A canção deu ao grupo o primeiro lugar nas paradas norte-americanas, repetindo o feito de Dare! e revitalizando a carreira do grupo.
Após uma grande turnê, Ian Burden anunciou que estava de saída e a banda sumiu durante o ano de 1987.
Com o silêncio, a Virgin colocou no mercado a coletânea Greatest Hits, terceiro posto nas paradas e no ano seguinte, os dois primeiros discos são lançados em CDs pela primeira vez.
Novo disco só em 1990 com Romantic?, um fracasso em todos os sentidos.
O baque foi tão forte que eles ficaram cinco anos sem lançar mais nada. Naturalmente acabaram dispensados pela Virgin, em 1992, o que arrasou o trio. Na mesma leva, a gravadora também dispensara o Heaven 17, encerrando uma era gloriosa das bandas new waves.
Em 1994, um pequeno selo chamado East West, de propriedade da Time Warner Company, anuncia que assinou com o grupo, após assistirem alguns ensaios e ouvirem as novas canções.
No dia 31 de dezembro daquele ano lançam um novo compacto, Tell Me When, batendo na 7ª posição, mais do que banda e selo esperavam naquele momento, especialmente após participarem do programa televisivo Top Of The Pops.
Ironicamente, a mesma música havia sido recusada pela Virgin, em 1992, que lamentava o “sucesso” de sua antiga contratada.
Em 1995 sai Octopus, primeiro disco em cinco anos. Produzido pelo tecladista Ian Stanley, ex-Tears for Fears, um antigo fã do grupo e que soube valorizar os vocais de Phil Oakey e a ajudar a elaborar arranjos inspirados, que não se ouvia desde Dare!.
Uma grande volta, sem dúvida alguma.
Após Octopus, o grupo lançou ainda algumas coletâneas, e apenas mais um disco de estúdio e isso em 2001: Secrets.
O disco fez algum sucesso e mostrou a velha classe da banda em 16 novas canções, mostrando que tinham envelhecido com dignidade e ainda conseguiam cativar com novas canções.
Em 2005, o grupo passou pelo Brasil, onde realizou alguns shows e conquistou os antigos fãs com muita simpatia e seus antigos hits.
Informação geral | |
---|---|
Origem | Sheffield, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Gêneros | New Wave Synthpop |
Período em atividade | 1977 - hoje |
Página oficial | http://www.facebook.com/thehumanleague?sk=app_7146470109#!/thehumanleague |
Integrantes | |
Joanne Catherall Philip Oakey Susan Ann Sulley | |
Ex-integrantes | |
Ian Burden Jo Callis Ian Craig Marsh Martyn Ware Philip Adrian Wright |
Discografia
Singles
- 1978: "Being Boiled"
- 1979: "The Dignity of Labour EP (Instrumental)" / "Empire State Human"
- 1980: "Holiday '80 EP" / "Only After Dark"
- 1981: "Boys and Girls" / "The Sound of the Crowd" / "Open Your Heart" / "Love Action" / "Don't You Want Me?"
- 1982: "Mirror Men"
- 1983: "(Keep Feeling) Fascination"
- 1984: "The Lebanon" / "Life on your own" / "Louise"
- 1986: "Human" / "I Need Your Loving" / "Love Is All That Matters"
- 1990: "Heart like a Wheel" / "Soundtrack to a Generation"
- 1994: "Tell me when" / "One man in my Heart" / "Filling up with Heaven"
- 1996: "Stay with me tonight"
- 2001: "All I ever wanted"
Álbuns
- 1979: Reproduction
- 1980: Travelogue
- 1981: Dare
- 1982: Love and Dancing (Remix-Álbum)
- 1984: Hysteria
- 1986: Crash
- 1990: Romantic?
- 1994: Octopus
- 2001: Secrets
- 2011: Credo
Outros
- 2002: The Golden Hour of The Future (Recordings by The Future and The Human League)
- 2002: Dare / Love And Dancing - 21st Anniversary Edition
- 2003: The very best of
- 2005: Live at the Dome
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