Por Henry Rollins
Traduzido por Nacho Belgrande
Ao longo dos anos 80 e no começo dos anos 90 eu só possuía os equipamentos de som mais rudimentares, e isso se eu tivesse algum. Aqueles foram dias magros, ainda que agitados para mim. Eu estava, na maior parte do tempo, na estrada excursionando, ou compondo, ou gravando. Eu tinha equipamento acumulado daqui e dali. Mais uma vez, se eu pudesse escutar aos discos, eu achava que estava tudo bem.
Isso começou a mudar quando eu comecei a passar mais tempo no estúdio e ouvindo material num par gigantesco de alto-falantes Altec Lansing que estavam num estúdio no qual trabalhávamos muito. Eu comecei a pensar em o quão ótimo seria ter algo como aquilo em minha sala. Naqueles dias eu nem tinha uma sala, mas eu sonhava acordado com um belo ambiente para audição.
Meus colegas de banda e eu comprávamos a maioria de nosso equipamento em um lugar chamado Russo Music Center, em Trenton, Nova Jérsei. Ainda está lá. Russo era o pit stop de nossas infindáveis voltas ao redor do mundo. Nosso cara lá era Dan Brewer. Ele e eu tínhamos uma piada recorrente sobre caso eu algum dia fizesse algum dinheiro, eu ligaria para ele e ele me arrumaria um robusto equipamento de som.
Em 1991, eu recebi um pequeno adiantamento e liguei para Dan. Eu disse a ele que eu tinha alguns fundos para entrar em ação. Eu acabei com um sistema muito bom – talvez não o melhor, sonicamente falando, mas ele me durou muitos anos e mandava muito bem: um par de falantes Tannoy de 12 polegadas com um subwoofer de 18 polegadas, um pré-amplificador Carver parafusado ao rack, e um crossover Rane. Não riam – eu disse que não era algo de audiófilo. Para mim, era mais do que eu jamais tinha pensado em ter.
Cerca de 13 anos atrás eu comecei a fazer o upgrade. Eu subi de maneira constante com grande entusiasmo à medida que ia descobrindo o que era possível. Como você sabe, uma vez que você tenha ouvido um sistema verdadeiramente bem-elaborado e equilibrado, você compara todas as experiências auditivas àquela.
Houveram muitos daqueles momentos parecidos com pular na água trincando de gelada quando eu descobri quanto alguém chega a pagar por um cabo. Se os varejistas de produtos para audiófilos ganhassem um dólar para cada vez que alguém olhou para um cabo na mão deles como se fosse uma «cobra» Mamba preta e perguntaram, enquanto o sangue some de seus rostos que agora são uma máscara de horror e descrença, ‘Quanto você disse que isso custa?!’ Tinha muito disso.
Eu tenho cinco sistemas em minha casa. O que eu mais passo tempo em frente é talvez amador para pesos-pesados do hi-fi como vocês, mas eu gosto muito dele: alto-falantes Wilson Audio Sophia 3s, amplificadores e pré-amplificadores MCIntosh, um toca-discos Rega Planar 3, e um CD Player Rega Valve Isis. No fim de 2012, esse sistema vai se mudar para uma sala diferente, e Brian da Brooks Berdan Ltd., em Monróvia, Califórnia, virá com sua enorme equipe e vamos começar tudo de novo.
Okay, essa foi a parte autobiográfica. Agora, eis a filosófica. «...»
Essa matéria pode ser lida na íntegra no site do LoKaos Rock Show, no link abaixo.
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