19 de junho de 2011

The Smiths: entrevista com o guitarrista Johnny Marr

Ex-guitarrista dos Smiths fala sobre o álbum The Queen Is Dead, que  completa 25 anos.
Como não existe mais a Bizz, o Blog resolveu furar a Billboard e a Rolling Stone (mas não a New Musical Express) e entrevistar com exclusividade o legendário compositor sobre o álbum fundamental da banda de Manchester:
Durante a composição de The Queen Is Dead que artistas você estava ouvindo principalmente? Sente que tiveram influência direta no som do álbum?
Johnny Marr: Velvet Underground, também acho que há influência de Stooges em “Never Had No One Ever”.
As coisas aconteceram tão rápido para os Smiths... quando produziam o The Queen  Is Dead você sentiu que ele era tão especial para permanecer tanto tempo como um dos maiores álbuns de todos os tempos?
J. M: Estava apenas tentando fazer o disco certo para nós no momento. O que foi um trabalho grande o suficiente, só achei que era um grande álbum quando foi acabado, mas você não imagina coisas como “melhor de todos os tempos” ou coisa assim.
Você já sentiu, com os compositores que trabalhou mais tarde, uma espécie de “sincronicidade” próxima da que havia entre você e Morrissey?
J.M.: Não sei se houve “sincronicidade”, éramos muito muito próximos e trabalhavamos muito bem juntos.
Pode citar artistas atuais que mostram influência dos Smiths? Não só musicalmente, mas no discurso, com a mistura de ironia e crítica ? Ainda há rebeldes no rock ou só bandas de videoclipe?
J.M.: Não acho que é trabalho de músicos fazer crítica de artistas em público. Não sou um crítico. Acho que há rebeldes no meio, mas talvez não no mainstream. Isaac Brock do Modest Mouse Modest é um dos poucos. Ele é um artista.
Você ouviu alguns desses vários álbuns tributo vários (incluindo Smiths Is Dead)? O que gostou neles?
J.M.: Ouvi algumas versões cover ao longo dos anos. Não sei se estão nestes álbuns. Gosto da versão do Low de “Last Night I Dreamt that Somebody Loved Me”, também a versão de TheTreePeople para “Bigmouth Strikes Again” era boa quando a ouvia.
Os Smiths eram tipo uma gangue. Você sentiu algum medo ou solidão para encarar o início na carreira solo?
J.M.: Tá brincando? Estou sempre rodeado de pessoas. Muitas pessoas às vezes.
Você veio para o Brasil com Pretenders para um grande festival (1988). Que lembranças tem ?Conhece/gosta de música brasileira? Uma volta ao Brasil está em seus planos?
J.M.: Minha viagem ao Brasil foi muito divertida. Conheci algumas pessoas legais e ouvi boa música. Definitivamente voltarei.
Na minha opinião, seu estilo de tocar tem como marca registrada a oposição à distorção. Como você o descreve brevemente?
J.M.: Acho que o som pelo qual sou mais conhecido é claro e de toque melódico. Tento expressar uma emoção forte e às vezes é alegre e, às vezes triste e muitas vezes, as duas coisas. Gosto quando é assim porque é como a vida é.. tento tocar o que sinto na vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário