19 de março de 2011

Rosanah Rocks: como uma Deusa, também no Rock

Você ja ouviu cantoras líricas em banda de metal certo? Já ouviu também mulheres belissimas mandando ver um gutural da melhor qualidade sem deixar dever pra homem nenhum, mas e quando uma cantora pop resolve fazer um projeto rock? Comcerteza não fica devendo nada as estrangeiras, por isso idealizado pela cantora Rosanah e pelo guitarrista Bebeto Daróz o projeto “Rosanah Rocks” passeia entre o blues e classic rock fazendo uma releitura de clássicos como Janis Joplin, Tina Turner, Aretha Franklin, Heart, Led Zeppelin, Joan Jett, Bonnie Tyler entre outros. A voz poderosa de Rosanah unida a sua irreverência e popularidade trazem à banda grande criatividade.


A cantora, que tem sucessos em mais de 850 rádios no país, se une aos músicos Bebeto Daróz (guitarrista/ violonista de bandas como Libra (Sony Internacional), Possessonica e “Suínos Tesudos” (Sony/BMG), Ives Pierini (baixista da banda Black Dog) e Mark Vinny (baterista e percussionista das bandas Credenciados e Jack Laser) nesse projeto que inclui também músicas autorais dentro do estilo. Conversei com essa turmapara saber o que vem por ai!
Bebeto Daróz, Rosanah, Ives Pierini e Mark Vinny
Bebeto Daróz, Rosanah, Ives Pierini e Mark Vinny
Muitos artistas pop e de outros estilos costumam divulgar em suas entrevistas o gosto pelo rock. Os fãs algumas vezes se surpreendem, outras vezes não. É possivel fazer rock´n´roll de qualidade passando por cima de preconceitos? Como fãs somente de rock estão recebendo o Rosana Rocks tendo a frente uma cantora que é famosa, principalmente, por um trabalho pop de muitos anos?
Rosanah: Meu trabalho pop anterior tem muito do rock mesmo porque o timbre de voz metálico que me foi dado por natureza não deixa dúvidas: minha maior influência como cantora é o rock'n'roll. Para quem não sabe a maioria dos fãs que me acompanham conhecem e curtem muito o melhor do rock.
Bebeto: Esse projeto surgiu espontaneamente, depois de termos feito uma jam, tocando sons do Heart, Janis, Led e etc assim, a enfase foi sempre o som, e a nossa diversão. Para mim o maior atrativo foi a oportunidade de tocar com uma grande cantora,do ponto de vista musical. Mesmo o público de rock mais pesado, que é normalmente desconfiado, se entusiasmou de cara pelo projeto.
Ives: Os fãs do rock tem estado cada vez mais receptivos em relação a essa questão, menos radicais... as influências dela sempre tiveram rock and roll em larga escala... então não soa como falso ou forçado, porque ela sabe o que está fazendo, e faz com propriedade...
Mark: Mesmo aqueles mais céticos a princípio, acabam se rendendo ao talento da Rosanah; De fato, há aqueles que ficam com um pé atrás, mas isso, por um lado, é bom, pois só vem atiçar sua curiosidade.
Trabalhar com musicos diferentes ajuda no processo de composição do RR ? Existe a possibilidade de um músico do RR acompanhar em uma tour pop ou vice-versa?
Rosanah: Os músicos do RR já acompanham tours e vice-versa, o show da Rosanah Fienngo que o público conhece tem a força e energia do rock. Então, tudo o que rola no palco combina e se mescla no som e visual!
Ives: Pra quem toca rock & Roll executar uma composição pop não é um desafio técnico muito grande, agora para um musico que trabalhe exclusivamente com música pop e não tiver o rock na veia é mais complicado... Mark, Bebeto e eu já vivemos essa experiência tocando no show Pop com a Rosanah no interior de São Paulo no inicio desse ano e foi bem tranquilo...
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O primeiro show no Calabouço - RJ - foi bem recebido e muitos pediram para que você cantasse "Como uma Deusa". Como foi sua impressão sobre?
Rosanah: Sem falsa modéstia, me sinto orgulhosa e feliz por receber essa manifestação de carinho gratuito, de um público geralmente exigente ao que se refere à qualidade artística de seus cantores prediletos. Esse pedido de "O Amor e o Poder" pra mim é muito importante e gratificante, desse público roqueiro que eu respeito muito.
Mark: Essa música é um hino! Não há show da Rosanah em que ela não seja pedida!
Todos na banda possuem trabalhos paralelos, tocam na noite, ou tem contrato/contato com gravadora. Já houve algum tipo de retaliação por parte da turma que toca com vocês em outros projetos?
Ives: Muito pelo contrário... a galera da Black Dog Brazil que é minha outra banda e estamos juntos há mais de uma década são grandes músicos, curtiram demais o lance de eu estar nesse trabalho... eles acham que o mundo do rock ganhou uma cantora de alto nível, e que pode ser bom pois atrairá mais a atenção do grande publico e da midia para o gênero.
Mark: De maneira alguma, acho que eles ficam orgulhosos por nós.
Será possível ouvir uma música do RR em alguma trilha sonora de novela, ou a demanda ainda é somente para pop? Existem alguma intenção nesse sentido? Uma vez que uma música da Rosana está na novela Tititi da R.Globo.
Rosanah: Boa pergunta!!!!!!! Claro que sim. Basta a gente conseguir abrir uma "porta" e quem sabe possamos levar com a gente por essa porta outros roqueiros que estão aí na estrada há tanto tempo tentando um lugar na mídia e ao sol ops! Quer dizer à "lua", já que adoramos a noite...
Mark: Quem sabe...? Espero que sim!
A banda faz releitura de clássicos, quando ouviremos tambem as músicas autorais? Disco?
Rosanah: Estamos preparando mais músicas autorais para fazer um CD e um DVD do show.
Mark: Creio que em breve. Na verdade, já tocamos uma música nova no show do Calabouço.
Se fosse encomendada uma música para algum comercial, novela, mini-série, como vocês acham que soaria isso: 1 - se vender ao mercado; 2 - uma possibilidade de mostrar que no rock nao tem somente adolescente alienado.
Rosanah: Acho que hoje em dia é a gente quem faz o mercado... ninguém mais está preocupado com opiniões ou conceitos. As coisas estão tão diluídas que se você notar, não dá tempo de ficar questionando muito o que é certo ou errado... hoje o timer é implacável e a velocidade da informática faz com que as pessoas fiquem espertas. Quem for mais criativo consegue se destacar. Acho que o que falta para o rock no Brasil é espaço na mídia que na maioria das vezes só valoriza o que é genuinamente brasileiro. Sempre que posso tento fazer com que a mídia dê mais atenção a esse estilo, que por ser estrangeiro, sofre o preconceito nesse país de baixa cultura musical... basta ligar o rádio pra constatar essa verdade. Sonho com o dia em que a mídia trate com mais respeito e carinho essa galera roqueira que são músicos e cantores incrivelmente bem preparados e talentosos... qualidades que independem do seu estilo. A internet está acabando com esse preconceito e globalizando tudo.
Ganhei o prêmio "Divas Awards 2010" (sem jabá) em quatro categorias: MELHOR CANTORA NACIONAL – MELHOR TEMA DE NOVELA (com "The Greatest Love of all", tema da novela TI TI TI da TV Globo); MELHOR REGRAVAÇÃO. Mas a que mais me agradou foi a categoria de MELHOR AGUDO/HARMONICO, porque sou a única cantora brasileira que ganha um prêmio de cantoras americanas - deixando para terceiro lugar divas como Mariah Carey, Cristina Aguillera, e outras. Isso prova que a música é universal e que o Brasil tem que começar a se preparar para julgamentos inevitáveis, sem protestar, porque as coisas e pessoas estão sendo colocadas nos seus devidos lugares.
Bebeto: Alternativa 2. Música é trabalho, um trabalho feito com amor mas é trabalho. O músico passa anos da vida compondo de graça, ser pago por isso é um reconhecimento do valor desse trabalho.
Ives: Cara, somos do rock and roll e não estamos de bobeira, todos temos anos de estrada, poderiamos fazer qualquer coisa sob encomenda, somos músicos, além de apaixonados pelo Rock n roll... acho que se encomendarem alguma coisa para o Rosanah Rocks devem estar querendo Rock... e rock só sabemos fazer o de verdade... quem conhece o cenário rock sabe que o que menos tem são adolecentes alienados... na grande maioria são jovens de uma faixa formadora de opinião com emprego e renda, geralmente com boa formação cultural que não se rendem a cultura de massa... além do que achamos que não temos nada pra provar ou mostrar, pra sociedade em relação ao rock and roll...
Mark: Acredito que, ainda que fosse uma música encomendada, esta representaria algo verdadeiro da nossa parte; então, a segunda opção seria a correta.
Rosana, alguma vez, algum produtor,diretor artístico ou alguém de gravadora te alertou, ou alegou que fazer rock´n´roll poderia de alguma forma prejudicar seu nome, reputação ou carreira? Se sim, como você costuma lidar com esse tipo de abordagem.
Rosanah: Parece até que você conhece minha história (risos)... Geralmente gravadoras no Brasil já tem um perfil para você antes mesmo de ouvir sua opinião, antes mesmo de entenderem a essência do artista. Já criam um conceito geralmente errado sobre seu trabalho. Quando comecei minha carreira como cantora profissional, aos 13 anos de idade, ouvi exatamente isto: "Olha Rosanah, sabemos que você é roqueira nata, canta muito bom rock'n'roll e gosta do que faz, mas achamos que o mercado não aceita muito bem esse estilo de música... eu bati o pé... protestei... na primeira vez achei aquilo um absurdo, mas depois entendi... essa atitude é também uma questão cultural... mesmo... infelizmente não vivemos em um país visionário. Poucos por aqui entendem o que significa "Era de Aquarios".
Deixe mensagem para aqueles que querem saber mais sobre a banda:
Rosanah: Bebeto, Ives, Markus e eu, estamos unidos para simplesmente trocarmos energias boas através do rock'n'roll seja ele hard, metal, etc... "enquanto algo te faz feliz viva intensamente seus momentos"... é o que estamos tentando fazer. A banda agradece o interesse das pessoas pelo projeto.
Bebeto: Esse show é especial porque tem um pouco da bagagem de todos nós. Rosanah tem uma história cantando rock n roll pré-carreia pop, Ives tocando na Black Dog, Mark na Flaming Youth, e eu a frente da Possessonica. Quem deixar o preconceito de lado vai se divertir com um passeio pelo que há de melhor no Hard / Rock N’ Roll!.
Mark: Rosanah é rock!! (risos).
Contatos para shows e eventos, pagina web, manager, etc:
@Rosanah_Fienngo –twitter

Contatos pra show é com a Patricia Moschini (22817401 / 81672115) pmoschini@gmail.com.

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