30 de setembro de 2010

Slash: guitarrista conta como foi sua audição para o Poison


Jeb Wright (Classic Rock Revisited) recentemente entrevistou o lendário guitarrista SLASH (VELVET REVOLVER, GUNS N' ROSES). Abaixo alguns trechos da conversa.
Nota: alguns trechos desta entrevista foram publicados em uma nota anterior no Whiplash!.
Classic Rock Revisited: Reza a lenda que você fez teste para o POISON mas não passou. É verdade?
Slash:  Sim, eu fiz. Eu estava morando em Los Angeles e tinha acabado de trabalhar numa banda com o Axl, na verdade, que se chamava HOLLYWOOD ROSE. O Steven Adler estava na banda também. Eu simplesmente saí. Disse ao Axl que não agüentava mais e fui embora. Matt, o guitarrista original do POISON, que na verdade era um cara bem legal, estava com a esposa grávida ou eles iam se casar ou algo do gênero. Eles estavam voltando para a Pennsylvania. Ele veio, “Você devia fazer teste para o POISON.” Eu odiava POISON mas naqueles dias você fazia o que tivesse de fazer para continuar. Sendo bem ambicioso como eu era, eu fui e fiz teste para o POISON. Acabei sendo um dos dois guitarristas que ficaram para ser escolhidos. Eu lembro de arrasar com as músicas deles. Não tinha como negar que eu poderia tocar a música deles mas tinha um problema com maquiagem e tal. Bobby Dall me perguntou que tipo de sapato que eu ia usar. Eu fiquei tipo, “O que?” Era meio que óbvio que isso não ia dar em nada. Quando estava saindo do teste, o C.C. Deville estava chegando. Ele estava com maquiagem e uma tonelada de laquê. Eu realmente me lembro de pensar bem ali, “Esse deve ser o cara.” No dia seguinte eu recebi uma ligação do Bobby e ele disse, “Você sabe que você é ótimo e tudo mais mas acho que vamos te recusar e ficar com o outro cara.” Era o C.C. e realmente fez todo o sentido do mundo. Eu estive em algumas bandas depois disso e então começamos com o GUNS N’ ROSES.
Classic Rock Revisited: Vou perguntar isso porque não consigo me conter. Quando o Kennedy será nomeado o novo vocalista do VELVET REVOLVER?
Slash: Há muitos rumores por aí sobre isso. Eu não acho que isso vá acontecer – na verdade, eu sei que isso não vai acontecer. Ele está em uma banda chamada ALTER BRIDGE e eles estão com um disco novo saindo. Estamos fazendo malabarismo entre o ALTER BRIDGE e minha turnê por todo o ano que vem. Estou voltando para Los Angeles no mês que vem para trabalhar com o Duff [McKagan], Matt [Sorum] e Dave [Kushner] e para trabalhar com alguns vocalistas novos para ver no que dá. Não há esforço algum para fazer o Myles entrar para o VELVET REVOLVER.
Classic Rock Revisited: [Um desses] Cantores que eu adoraria ver no seu álbum solo é o... Axl Rose.
Slash: Sabe, vou ser honesto com você, mesmo para deixar isso público, quando eu estava no meio desse processo teve muitos nomes de vocalistas que passaram por minha mente durante o processo. Você vive numa terra de cantores então tudo o que você pensa é nos cantores. A idéia dele passou por minha cabeça em dado momento. Pensei, “O Axl podia cantar demais qualquer uma dessas músicas.” Eu, obviamente, nunca fiz a ligação porque eu queria lançar o álbum ainda nesse milênio.
Classic Rock Revisited: Ele talvez nunca aparecesse.
Slash:  Exato. O outro cantor, e eu mencionei isso antes, era o Michael Jackson. O disco estava sendo feito bem quando ele faleceu. Antes disso acontecer, ele estava se preparando para fazer aqueles shows na O2 em Londres. Eu pensei, “Não seria divertido ter o Michael Jackson numa música de heavy metal?"
Classic Rock Revisited: Você deve estar cansado desse assunto mas tenho de perguntar como você se sente a respeito dos GUNS N' ROSES estarem em turnê e você não ser parte disso. Isso te incomoda?
Slash: Faz muito tempo, cara.
Classic Rock Revisited: Eu sei que faz, mas essa foi sua primeira grande banda. Eu acharia que essa banda sempre seria especial.
Slash: Houve muita coisa até chegar a esse ponto. Quando eu saí da banda muito disso teve a ver com muitas condições que o Axl impôs ao Duff e a mim, uma das quais foi que teríamos de entrar para o novoGUNS N' ROSES dele. Nesse ponto, percebi que já tinha passado da conta; acabou. Não muito depois disso, o Axl acabou montando o GUNS N' ROSES  com quem quer que estivesse nele. Havia tanta amargura nesse ponto que não me tirou do sério realmente; eu não me importava de verdade. Já tínhamos fechado o negócio dele levar o nome e ser totalmente desagradável. A partir daí, eu não me importava realmente com o que ele fazia. Nesse ponto, 15 anos depois, eu estou deixando estar. “Faça isso, cara.” Simplesmente estou feliz dele estar lá.
Fonte desta matéria (em inglês): Classic Rock Revisited

Nenhum comentário:

Postar um comentário