A maioria dos freqüentadores de shows considera um exagero vestir a camiseta da banda que está se apresentando. Os fãs do Iron Maiden, como em quase tudo, são uma exceção a esta regra. A lotação total – 15 mil pessoas
– do anfiteatro “Jiffy Lube Live”, na Virgínia, Estados Unidos,
pareciam estar usando uma camiseta da banda, a maioria mostrando o
mascote zumbi da banda, Eddie. Eles também cantam como se fossem um só,
um exército vocal, que chega a abafar a banda durante a canção de 1992,
“Fear of The Dark”. O Iron Maiden
se sobrepõe, todos os seis integrantes respondem com uma frenética
agilidade que desmente suas idades na casa dos cinqüenta e alguma coisa.
Nesta última data nos Estados Unidos – num
total de 25 – a área do backstage estava um formigueiro, uma operação
quase militar. Antes do show, o compacto e muscular vocalista, Bruce Dickinson,
está sentando conversando numa sala aconchegante. Ele é um atípico e
único rocker. Um esgrimista de nível internacional, que possui licença
de piloto de avião comercial,
e escreveu dois livros e um roteiro de filme. Vestido em um short
militar e numa camisa de manga curta, ele come um sanduíche com ketchup,
e pondera sobre a disparidade entre a popularidade do Maiden e sua
baixa exposição na mídia. Isto talvez possa ser devido a banda ter
evitado ser fotografada, preferindo que Eddie os representasse nas capas
dos seus 15 álbuns de estúdio?
“Eu não vejo porque alguém
iria querer nos fotografar”, ele devaneia. “Não é como se fossemos
embriões de George Clooneys. Nós realmente não queremos ser
reconhecidos, exceto pelo que fazemos. Esta coisa da celebridade, quer
dizer, Lindsay Lohan… Para que ele serve? Eu olho para isso e ergo
minhas mãos em desespero. Talvez sejamos um tipo de antídoto para isso”.
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Fonte desta matéria (em inglês): The Telegraph
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