10 de fevereiro de 2010

Discos Marcantes do Rush






Rush - 2112 (1976)

Origem: Estados Unidos
Produtor: Rush and Terry Brown
Formação Principal no Disco: Geddy Lee - Alex Lifeson - Neil Peart - Hugh Syme
Estilo:Progressive Rock
Relacionados: King Crimson/Yes/Genesis/Jethro Tull
Destaque: 2112
Melhor Posição na Billboard:61o


Quando gravitava no mundo do mercado independente, o Rush era uma banda com uma linguagem mais próxima do hard rock do Led Zeppelin e do Cream. Ao se tornar proeminente no mundo da música, a ponto de chamar a atenção da Polygram, depois do lançamento do seu primeiro disco, em 1974, o ingresso num selo de visibilidade internacional coincidiu coma entrada de Neil Peart na banda. Com efeito, como é notório, nunca na história do rock, um baterista foi capaz de mudar a linguagem de um conjunto como ocorreu com este trio canadense, fundado em 1968. Além de exímio percussionista, senão o melhor empunhando um par de baquetas, seu diletantismo e interesse pela literatura hugoana da escritora russa naturalizada norte-americana, Alisa Rosenbaum, lhe investiu da qualidade e excelente e criativo letrista. Para quem acha que o baterista é o sujeito que anda sempre com os músicos, Neil se tornaria a fugura seminal na banda. Nesse momento histórico, quando o progressivo parecia estar andando em círculos, o Rush decidiu mergulhar fundo no cânone desse gênero. Dessa forma, vieram à lume os clássicos Fly By Night e Caress of Steel. Esse último, por sinal, se tornaria uma peça decisiva no futuro do trio canadense. Concebido como um disco conceitual, com faixas de dimensão épica, cotado para ser uninimidade de crítica e público, acabou soçobrando em matéria de vendas. Preocupada com o resultado do disco, os executivos da gravadora resolveram interferir na direção musical do próximo trabalho. Ou seja, em outras palavras,Geddy Alex e Neil teriam que elaborar algo mais comercial. Divididos entre alçar vôo ou ficarem engessados por um dilema puramente mercadológico, eles optaram por uma salomônica conclusão: dividiram o disco em duas partes; cada uma iria satisfazer a ambas as partes. Desta feita, 2112, de 76, a despeito do arroubo conceitual, o lado "progressivo" ficaria no lado A (isso no tempo do vinil), com a suíte — de extremo e exemplar virtuosismo — de mais de vinte minutos que dá nome ao disco — uma historia palavrosa e fantástica (e com direito à curiosa citação da Abertura 1812 de Tchaikovsky no começo), dividida em sete partes, sobre um herói trágico que busca redescobrir a mágica dos sons num sombrio tempo futuro, esta concebida por Peart. O lado B, por sua vez, mais imbricadas à pena de Alex e Geddy, são canções à parte do fulcro da primeira parte e, como queria a Anthem, mais "comerciais". entre elas, Tears, que conta com a participação de Hugh Syme nos teclados, e que seria colaborador do Rush a partir de então. A tarefa de gincana logrou êxito, e 2112 seria o primeiro disco de ouro do trio, que venceu a queda de braço com os produtores, ganhando assim copa franca par mandar dentro do estúdio dali para a frente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário