15 de dezembro de 2009

Discos Marcantes do Sparks






Sparks - Kimono My House(1974)

Origem: Alemanha

Produtor: Muff Winwood

Formação Principal no Disco:
Russell Mael - Ron Mael - Martin Gordon - Adrian Fisher - Norman "Dinky" Diamond

Estilo: Rock Pop

Relacionados: Queen/Todd Rundgren/Elton John

Destaque: This Town Ain't Big Enough for Both of Us

Melhor Posição na Billboard: 101o


Os irmãos Ron and Russell Mael nasceram e cresceram no seio da boemia bem-vestida da Los Angeles dos anos 60: Sunset Strip, Pj's, Whisky a Go-Go, Johnny Rivers, Beach Boys, Trini Lopez, viram o Buffalo Springfield nascer (e morrer) junto com o Love de Bryan MacLean e de Arthur Lee, os Doors de Jim Morrison e toda a cena californiana do folk e do psicodélico, do Dead ao Jefferson Airplane. No entanto, eles detestavam quase tudo daquilo: para eles, aquele folk era soporífero demais. Cedo assumiriam o seu lado anglófilo, preferindo ouvir o que vinha do outro lado do Atlântico, Kinks e Who. Mesmo adotados por Al Grosmann (produtor de Dylan e Peter, Paul And Mary) e Todd Rundgren, não fizeram muito sucesso na América. No começo dos 70, se exilaram na Inglaterra. Foi ali que o Sparks começou a sua trajetória internacional. E o sucesso viria justamente a partir da Europa. Russell e Ron, com Adrian Fisher na guitarra e Dinky Diamond na percussão o quarteto daria a luz à sua obra-prima, Kimono My House, em maio de 1974. Quem apostou as fichas neles foi a Island, que tinha larga experiência em aventuras desse tipo — em sua maioria, sempre bem sucedidas. Caso é que o Sparks, dentro (e fora) do espírito de época, baseado num honesto power pop ia um tanto além do cânone, em criações que primavam pelo ecletismo musical que passava por uma reelaboração peculiar do glam (Barbecutie, Lost And Found) e do experimentalismo do Rocy Music e de David Bowie em vocais bizarros a la castratto ( como em This Town Ain't Big Enough for Both of Us) sob os auspícios de Russell, que vagamente lembram (vagamente) Huey Smith And The Clowns. O curioso é ver que, a despeito do enorme sucesso que o Sparks gozava tanto nas Ilhas Britânicas quanto na Alemanha e em boa parte do continente europeu, eles estacaram na metada da lista da Billboard. Só retornariam aos Estados Unidos no fim da década, já em outra gravadora (a CBS, embora a Island distribuisse os discos na Inglatera) mas sem conseguir emplacar como nos tempos do Kimono My House que, aliás, tem uma das capas mais engraçadas de todos os tempos.

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