24 de dezembro de 2009

Discos Marcantes do The Dictators








The Dictators - Go Girl Crazy! (1975)

Origem: Estados Unidos

Produtor: Murray Krugman, Sandy Pearlman

Formação Principal no Disco: Ross "The Boss" Funicello – Scott Kempner – Stu Boy King – Dick Manitoba – Andy Shernoff

Estilo: Rock

Relacionados: The Stooges/The Sonics/New York Dolls

Destaque: Weekend

Melhor Posição na Billboard: Não encontrado

O Protopunk foi mais um movimento apocalítico do que integrado: não se poderia dizer que havia em comum em bandas de características aparentemente díspares como os Stooges, New York Dolls ou gente como Richard Hell ou Patti Smith Band. Na verdade, o protopunk se trata de uma visão anacrônica a respeito de um fenômeno que surgiu a partir do rock de garagem dos anos 60 e passou por exmeriências isoladas ao longo da primeira parte dos anos 70. O rótulo, aliás, foi criado por um repórter da Rolling Stone para definir o som garageiro do Question Mark & the Mysterians. Dentro desse pseudo-movimento, portanto, tudo que parecia um ensaio para o que seria o movimento punk no fim da década (o primeiro disco dos Ramones viria em abril de 1976) e, dentro dessa visão em retrospectiva, a despeito de toda as disparidades, boa parte do material lançado anteriormente passou a se designar como tal. Ao mesmo tempo, grupos que originalmente foram rechaçados ou totalmente subestimadospor crítica e público logo se tornaram pioneiros do punk 'da noite para o dia'. Pois uma dessas bandas "avant la lettre" que surgiram no cenário musical do rock são os nova-iorquinos The Dictators. Fundados por Andy Shernoff e The Boss Friedman, em meados de 1973, junto com Scott Kempner, Stu Boy King e Dick Manitoba chegaram, dois anos depois, a um estúdio para gravar o seu primeiro disco, Go Girl Crazy!. O disco, como não poderia escapar ao elemento intrínseco à turma do chamado protopunk, passou desapercebido, e o The Dictators resolveu se separar logo depois. Talvez para sorte do quinteto, a glória viria à cavalo pouco tempo depois, quando o punk eclodiu em Nova Iorque, Londres e Los Angeles numaprogresão fulminante. Junto com Mark "The Animal" Mendoza, a banda resolveu retomar as atividades com Andy Shernoff — demissionário de primeira ordem, foi convidado a retornar, porém nos teclados. Se de qualquer maneira, Go Girl Crazy! pode ser considerado um disco precursor do movimento, ele estava um pouco longe do que viria a ser o espírito do Do It Yourself: não era iconoclasta de todo, não era compulsoriamente tosco (arranjos de músicas como The Next Big Thing ainda têm alguma relação com a sonoridade do rock mainstream que os punks repudiavam. Mas pela crueza e pela característica de canções curtas, vocais ligeiramente viscerais (temas hard pop a la The Who que, de forma inexplicável, tinham cara de hit, como Weekend, além da divertidíssima paródia dos Beach Boys (I Live for) Cars and Girls) e covers tão inusitados quanto divertidamente avacalhados (I Got You Babe e California Sun, dos Rivieras, bem como os Ramones iriam fazer com Let's Dance, um ano depois, e que os próprios Ramones também regravariam, no Leave Home), os intrépidos precursores Dictators, embora subestimados à princípio, já davam mostras do que estava por vir.

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