8 de abril de 2011

Parte 24 - Onde Estão


Como podemos ver, a vida dos Rolling Stones  é literalmente cada palavra que o badalado slogan Drugs, Sex 'n' Rock 'n' Roll, possa querer englobar. As aventuras de Brian, Mick e Keith representam ao máximo tudo que seu pastor evangélico local teme e recrimina, e muito mais até do que ele possa imaginar. Ao mesmo tempo, a música executada por eles, abriu as portas para a cultura negra em diversos continentes, até então vista como inferior.
Como capitulo final, achei que poderia ser interessante mostrar aonde estão alguns dos personagens que participaram desta historia. Portanto, abaixo segue uma relação de alguns nomes de pessoas, sejam de maior ou menor relevância nesta historia, e alguma informação sobre seus destinos.
Andrew Loog Oldham
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Andrew que sempre foi estressado e vivia à base de pílulas, depois de deixar os Stones continuou da mesma maneira. Seu envolvimento com tóxicos incluiu o uso de cocaína. Na década de setenta produziu discos de Donovan (73) Humble Pie (75), antes de se separar de sua mulher e se mudar para os Estados Unidos onde produziu a banda texana Werewolves (77).
Oldham acabou conhecendo uma atriz do cinema Colombiano, casando-se e se mudando definitivamente para Bogotá, Colômbia, onde tem vivido pelas últimas duas décadas. Ele se livrou de seus vícios a cerca de dez anos e tem visitado regularmente a Inglaterra. Na década de noventa escreveu dois livros, um sobre o ABBA, outro sobre os Rolling Stones.
Paul Jones
Paul depois de dispensar o convite do Brian para ser o vocalista dos Rollin' Stones (o que levou Brian a então convidar Mick Jagger), encerrou seus estudos acadêmicos e se dedicou à sua vida de músico. Ajudou a formar o Mann Hugg Blues Brothers que mudaria de nome e se tornando o Manfred Mann. Depois de relativo sucesso em carreira solo na década de sessenta, Paul passou a se envolver cada vez mais com teatro em setenta. Voltou ao blues em oitenta cantando com o Blues Band. Ganha a vida hoje basicamente como um apresentador de rádio e televisão na Inglaterra.
Dick Hattrell
Dick era amigo de Brian em Cheltenham e fanático por jazz, pegando carona junto com ele até Londres para ver os clubes de jazz. Dick estava com Brian quando assistiram Sonny Boy Williamson2, passando a também se interessar pelo blues. Hattrell morou com Brian, Mick e Keith em Edith Grove até passar mal e ser substituído por Jimmy Phelge. Hoje ele é um agente de várias bandas de blues.
Pat Andrews
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Antes de Brian ficar famoso, Pat era sua namorada e amiga. Viveram e discutiram por vários anos, em uma confusa desarmonia típica na vida de Brian. Ela é mãe de seu terceiro filho Mark Julian Jones, a quem Brian sempre se refere como Julian. Foi o filho com quem mais tempo viveu e com quem mais se envolveu emocionalmente. Pat hoje continua envolvida na vida de Brian Jones, trabalhando junto ao Brian Jones Fan Club. Seu filho Mark Julian Jones também faz parte da diretoria.
Dick Taylor
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Primeiro baterista do Little Boy Blue and the Blue Boys, primeira banda de Mick Jagger, tornando-se depois o primeiro baixista dos Rollin' Stones. Taylor largaria a música para se dedicar aos estudos. No ano seguinte, já com o segundo grau completo em 1963, formou outra banda, The Pretty Things, que galgou considerável sucesso na Inglaterra, Taylor agora tocando guitarra. A banda voltou a excursionar no final dos anos noventa.
Carlo Little
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Conhecido baterista dos Saveges que tocavam para Cliff Richard. Quando os Saveges acabaram, Brian tentou trazer Carlo Little para sua banda. Como os Rollin' Stones não estava fazendo dinheiro, Little quebrou o galho da banda em algumas ocasiões (todas pagas), porém jamais cogitou se tornar um membro. Depois de casar e ter filhos, os gigs como sessionman ficaram cada vez mais escassos. Assim, na década de setenta pegou o dinheiro que juntara e abriu uma lanchonete, vendendo hamburgers e refrigerantes perto do Wembley Stadium. No final do milênio, resolveu arriscar novamente com música e fundou o Carlo Little Allstars. Sua filha é webmaster de um excelente site sobre a carreira do pai e do rock inglês do inicio da década de sessenta em geral.
Mickey Waller
Micky substituiu Charlie Watts como baterista em um gig dos Stones em Chatham, Kent. Trabalhou como sessionman para vários artistas e continua hoje morando em Barnes, subúrbio de Londres, vivendo de direitos autorais pelos serviços prestados nos tempos que tocou com Rod Stewart.
Ricky Brown
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Outro ex-membro dos Savages. Quando Dick Taylor saiu dos Rollin' Stones, Carlo Little sugeriu que Brian contactasse Ricky para o lugar. Como Little, Brown só ficaria com o grupo se o empreendimento fosse lucrativo. Como a banda naquele período em 1962 gerenciado por Brian nunca deu dinheiro, Brown e Little estariam logo tocando para Cyril Davies & the Allstars.Brown conseguiu se manter relativamente ativo e na década de noventa chegou a produzir discos de artistas tão diversos como LaVert, Innerlude, Sac-Sin e Britney Spears. Como músico está tocando com o Carlo Little Allstars.
Adrienne Posta
A cantora que aos 16 anos gravou uma das primeiras canções da nova dupla Jagger-Richard, ainda na década de 60, conheceu Steve Marriot e formou com ele um duo chamado Moments. Quando Marriot veio a formar Small Faces, Adrienne enveredou para o cinema, aparecendo em filmes como "To Sir With Love" e "Here We Go Round The Mulberry Bush". Seu ultimo trabalho conhecido no cinema foi o suspense/erótico "The Adventures of a Private Eye" de 1987.
Mike Dorsey
Dorsey era empregado do Eric Easton, contratado para acompanhar os Stones nas excursões. Dorsey se mudou para Australia e seguiu carreira no cinema e televisão naquele país com relativo sucesso.
Linda Lawrence
Depois de namorar Brian Jones e ser mãe de seu quarto filho, Linda namorou Donovan se mudando depois para a Califórnia. Em 1970 voltou à Inglaterra, encontrando novamente com Donovan. Acabaram se casando e tendo uma filha chamada de Astrella. Seu filho com Brian, batizado como Julian Mark Jones, é referido por Brian sempre como Mark. Porém, pela Linda, sempre como Julian, o que traz uma certa confusão com o filho de Pat Andrews, também conhecido como Julian. A situação ficou ainda mais confusa quando Linda Lawrence, ao casar com Donovan, mudou o nome do menino para Julian Jones Leitch.
Julian Jones Leitch
Julian hoje mora na California, esteve casado, e tem um filho chamado Joolz. É músico e vende seus discos através de seu website, onde afirma que tem muito orgulho em ser filho de Brian Jones.
Joolz Leitch
Joolz Leitch, neto de Brian Jones, não tem ainda nenhum feito se não o de comprovar a teoria da hereditariedade.
Dawn Malloy
Namorada passageira de Brian, enquanto ele morava em Chester Street. Dawn é mãe de seu quinto filho e mora hoje na California.
Suki Poiter
Casou com um empresário de Hong Kong chamado Bob Ho no inicio da década de setenta. Considerada por alguns como uma menina que emanava má sorte, ela reforça esta crença ao morrer ao lado de seu marido, em outro acidente de carro, desta vez ocorrido em Portugal no final da década de setenta.
Robert Frazer
Grande amigo de intelectuais ingleses e poetas americanos, preso ao vício de heroina, Frazer morre em uma overdose em 1976.
Anne Wohlin e Mary Hallett
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A Sra. Mary Hallett continua morando na mesma casa em Cotchford Farm. Esta foto foi tirada em 1999.Anne Wohlin volta a Londres e a Cotchford Farm em outubro de 1969 e depois novamente em 1999. Entre as duas datas, muito amadurecimento e vivência.
Sgt. Norman Pilchard
O notório Inspetor Sargento da Scotland Yard, é o responsável por diversas batidas policiais contra músicos e artistas em Londres. Em outubro de 1972, acabou preso e processado por abuso de poder e obstruir o percurso da justiça. Serviu seis anos de cadeia.
Frank Thorogood
Sumiu do mapa. Seu nome só reaparecendo quando de sua morte. Supostamente, antes de morrer, ele teria confessado ter afogado Brian Jones. Sua família hoje tenta evitar a feitura de um filme sobre a vida de Brian contendo qualquer referencia a esta versão que o implica com a morte do músico.
Tom Keylock
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Sumiu do mapa após a morte de Brian. Se meteu com cinema nos anos setenta e agora freqüenta reuniões de fã clubes do Stones onde ele obtém um certo ar de celebridade por ter convivido tão perto de Brian e Keith por tantos anos. Dá autógrafos e em 1997 deu uma entrevista (paga) onde garante que Frank Thorogood confessou ter afogado Brian Jones. Nenhum dos parentes de Thorogood confirmam esta confissão.

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